Capítulo:03

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Eu tive uma noite terrível, parecia que estava vivendo naquela casa de horrores, as olheiras estão profundas.

Eu passo uma maquiagem pesada para disfarçar um pouco.

Estou com uma dor de cabeça terrível e esqueci de comprar remédio ontem quando sair.

Eu não sinto vontade de sair do quarto então fico ali mesmo ligo na recepção e pergunto se meu café pode ser entregue no quarto.

Estou na varanda quando alguém bate na porta, caminhei até lá e abrir e quando penso que a moça que vi ontem a noite me enganei bonito era Micael.

— Bom dia, senhorita. Como foi sua primeira noite na cidade? Espero que tenha tido uma noite tranquila. –Ele coloca a bandeja em cima da mesinha de cabeceira.

—Bom dia, seu Micael. Dormir feito um anjo obrigada. – Eu menti, não preciso explicar para ninguém sobre mim.

—Pela carreta que acabou de fazer, vejo que sente dor de cabeça em. –Ele fica observando ela.

— Só estou com um pouco de dor de cabeça. Falando nisso você tem algum número de alguma farmácia? Eu gosto de ter sempre medicamentos em mãos e acabei esquecendo de comprar quando sair. – Eu dou um sorriso tentando disfarçar a dor.

— Têm uma caixa de primeiro socorro lá embaixo com vários remédios por causa de algum hóspede precisa. Eu vou buscar e já volto. – Ele vai na direção da porta que está entreaberta.

Eu me sento e começo a comer uma uva depois o pedaço de mamão, a fatia de pão tem gosto de pão de forma caseiro e por último o pão de queijo. Tomo meu café e penso que nunca mais tive um café da manhã tão gostoso como hoje.

Quinze minutos depois ele estava de volta com uma caixa na mão de  primeiro socorros tem escrito com letras bem grande.

Ele entrou coloca a kit em cima da mesinha e abre enquanto pergunta se a dor de cabeça é forte ou de leve falo que forte e ele me entrega uma cartela de comprimidos.

— Você toma um se a dor persistir você toma uma a cada seis horas. –Ele fecha a maletinha.

— Obrigada, seu Micael. – Eu agradeço e tomo o comprimido.

—Nada de  senhor porque não sou tão velho e temos quase a mesma idade  senhorita Ayla. – Ele dá uma risada.

—Ok. Então me chame só de Ayla. E mais uma vez obrigada. – Eu falo porém com os dois olhos bem abertos.

Eu fico pensando e tento não pensar muito, tenho que destrai minha mente se não vou acabar ficando louca aqui sem fazer nada.

Será que tem algum lugar que venda livro nessa cidadezinha pequena? Às dez e meia me levanto já que a cabeça deu uma aliviada.

Eu me levanto, coloco uma calça moletom, uma blusa e tens e desço.

Estou caminhando pelo corredor e só então percebo o quanto é elegante e ao mesmo tempo tão simples e acolhedor.

Por fora  ela é pintada na cor amarela e avermelhada, já por dentro os corredores estão no tom quase dourado.

Já o meu quarto tem uma cama de casal, um banheiro pequeno mas que cabe perfeitamente uma pessoa, uma geladeira e uma cômoda.

Eu vejo várias pessoas ali pelo visto, não são só os hóspedes que tomam café aqui mais as pessoas da cidade também.

Eu avisto o seu Micael e tem alguns senhores então decidi não ir até lá melhor me manter bem afastada.

Eu fui caminhando pela cidade até perguntar para uma moça se ela sabe de alguma loja que vende livros.

Ela explicou como chegar na loja agradeci pela gentileza dela e fui seguindo na direção que ela falou onde ficava a loja.

Eu cheguei na loja e só encontrei um livro que gostei, o restante era só romance e não gosto. Porque esses romances de livros são pura ilusão.

Eu só conheci duas pessoas que se amavam de verdade que foram meus pais porque o resto são tudo uma mentira criada na cabeça das mulheres e elas acreditam.

Acabei comprando um livro chamado história cruzada achei bem interessante.

Eu caminho sem pressa pela cidade, mas sempre atenta para ver se não tem ninguém me seguindo.

Passo em frente uma loja de doces e acabo entrando vejo algumas opções e acabo comprando uma caixa de chocolate,um saco de bala,uma caixa de jujuba e vou pro caixa pagar.

Eu comi esses doces na época que meus pais eram vivos e balancei a cabeça para não lembrar do passado.

Enquanto caminho vejo as senhoras conversando do lado de fora de suas casas conversando com os vizinhos, no meu ponto de vista vejo que eles são unidos.

No entanto as aparências enganam né mesmo esses que dão uma de bonzinho são os piores que existem na face da terra.

Já de volta na pensão peso para Micael guardar as sacolas na recepção e vou almoçar já são meio-dia.

Eu vejo as opções que tem e sirvo o que mas me chamou a atenção o cheiro está maravilhoso.

Eu nunca comi algo tão gostoso a pessoa que fez essa comida tem mãos de fada porque o sabor parece de outro mundo.

A sobremesa então nunca comi um pudim de laranja maravilhoso, não resisti e pedi outro.

Eu estou ansiosa e ao mesmo tempo morrendo de medo de ser descoberta aqui. Porque viver uma vida fugindo não vai ser fácil e o medo de ser encontrada a qualquer momento só piora.

Eu falo um pouco de inglês e espanhol não é muito, mas já é um começo. Sair do país sem chance porque primeiro que não tenho a documentação necessária, segundo não tenho dinheiro e terceiro como vou viver num país estranho se não conheço ninguém?

— Oi, Ayla o que achou do almoço? – Ele sorriu.

— Olá, simplesmente está maravilhoso. – Eu vejo uma senhora ao seu lado me encarando.

Meu Deus, será que ela me reconheceu? Eu só estou paranóica como ela vai me conhecer.

— Que bom que gostou. Deixa eu apresentar a minha mãe a mulher que dá vida a essas delícias. Mãe essa é Ayla, nossa hóspede chegou ontem e pelo que falou vai passar uma temporada na cidade. Ayla lhe apresentou a famosa dona Carmem e juntos nós dois tocamos os negócios da família juntos. – Ele dá um beijo na mãe.

— Prazer em conhecer a senhora, parabéns pelas delícias que faz e esse pudim está dos deuses. Eu nunca comi pudim de laranja. –Eu sou sincera porque não comi mesmo.

— Seja bem vinda a cidade Ayla agora me dê licença que preciso voltar para cozinha depois conversamos. – Ela vai na direção da cozinha.

Já de volta no meu quarto coloco as coisas em cima da cômoda e só então vejo que meu livro ficou na recepção.

Eu ligo para saber se deixei lá mesmo a moça atende e fala que sim desligo para volta para buscar.

— Está indo buscar isso por um acaso?– Ele dá uma risada.

—Sim. – Eu pego a sacola dele.

— Se você quiser lê é só me falar, tenho um quarto só de livros com certeza você vai gostar. Tem vários de romance entre outros. – Ele observa ela fazendo careta e acha estranho.

— Eu não gosto de livros de romance, acho tudo uma besteira ler algo que não existe. –Eu agradeço ele e vai embora.

Eu tomo banho e coloco uma legue e uma blusa comprida para não mostrar minhas cicatrizes que tem na minha costa.

Assim que terminei de me trocar me deito e começo a ler o livro fiquei tão focada na leitura que não vi nem a hora passar.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora