Eu estou ansioso pela chegada da minha vó ela vai vir no último sábado do mês já estou morrendo de saudades da minha velha.Eu hoje tive a confirmação que o amigo do Pedro e ele vai chegar amanhã à noite.
Eu também conversei com a Ayla e ela já concordou em contar sua história aos que forem participar dessa mega operação para derrubar esse maldito.
Eu estou tão ansioso para colocar minhas mãos naquele bandido que quase não consigo dormir à noite.
— Você que vê como ficou o presente do Micael? – Ela sorri orgulhosa do seu trabalho.
— Claro que quero né flor. – Eu acabo rindo.
Eu não sei o que tenho porque a cada hora chamo ela de um apelido diferente: é flor, querida, minha linda.
Eu me pergunto qual vai ser o próximo sei não acho que estou me apegando demais a essa moça.
Eu nunca fui assim antes nem quando namorei foi um namoro rápido, apenas três meses.
Ela terminou comigo porque encontrou alguém melhor que eu segundo as palavras dela.
Eu era muito jovem ainda, porém depois disso não quis saber de me prender a mulher nenhuma e estou vivendo muito bem sem elas até hoje.
Eu fico de boca aberta quando vejo o quadro já pronto essa mulher tem outros talentos que a minha pessoa não sabe ainda?
— Ayla ficou lindo, mesmo o Micael com aquela cara feia você deu um jeito de deixá-lo bonito. – Eu fico admirando o quadro.
— Deixa de falar besteira o Micael, ele é lindo. – Ela sorri.
— Você acha ele lindo Ayla? – Eu me pergunto se ela sente algo por ele.
— Claro que ele é aposto que as mulheres daria qualquer coisa para namorar ele. – Ela pega o quadro para embrulhar.
— Eu preciso assinar alguns papéis, você precisa de ajuda para fazer o embrulho? – Eu não quero, mas ouvi ela elogiando o Micael.
— Não dou conta sozinha. – Ela fica admirada pelo seu trabalho.
Eu saí e a deixei namorando o Micael pode namorar ele Ayla não se você quiser: Micael isso, Micael aquilo e sei lá mais o que.
Eu entro no escritório e sirvo um pouco de bebida porque estou com ciúmes dela? Afinal ela é livre e pode achar quem ela quiser bonito ou bonita não é da minha conta.
Eu fico sem entender o que estou sentindo nesse momento, e a única pessoa que penso e a vovó.
Eu pego o celular, procuro seu número na agenda e ligo para ela e a mesma não atendeu. Será que aconteceu alguma coisa?
Eu sempre que ligo ela me atende, no segundo toque ligo novamente e no terceiro toque ela me atendeu.
— Por que não me atendeu? – Eu encosto minha cabeça na cadeira.
— Oi, pra você também não foi assim que eu lhe eduquei menino cadê os modos em? – Ela coloca no viva voz.
— Oi, vovó saudades da senhora. – Eu tomo o resto da bebida.
— Como você está ? E o que aconteceu é que sua voz parece desanimada. – Ela passa hidratante no corpo.
— Não só saudades da senhora mesmo vovó. Você poderia adiantar sua vinda pra cá né já que não tem nada que lhe prender aí mesmo. – Eu mudo de assunto para ela não fazer perguntas desnecessárias.
— Eu vou pensar no seu caso qualquer coisa chegou por aí. Agora me diga uma coisa: como é a moça que trabalha com você? – Ela se lembra do dia que a mesma atendeu sua ligação.
— Ela e você vão se dar bem porque ela parece você no quesito me obrigar a comer o que não gosto. – Eu acabo rindo.
— Eu espero que você esteja comendo e não fazendo o que fazia quando criança ou você não acha que eu sabia que você dava para sua cachorrinha. – Ela dá uma gargalhada.
— Sério que você sabia vovó? – Ele fica passado com a confissão da vó.
— Claro que é verdade. Você achava mesmo que me enganava meu menino e agora você faz isso acha que não sei que está acontecendo algo e você não que me falar. – Ela pega o celular e vai para sala.
— Que vovó mas esperta que tenho sou um sortudo mesmo. Tem tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas isso não vem ao caso agora. – Eu penso na minha Ayla em como seria seus beijos.
Eu só posso tá louco Pietro para de pensar nessas coisas até porque ela é cheia de traumas e se você for avançar a mesma pode até ir embora.
— Você está aí meu neto? Pietro tá tudo bem, querido? – Ela fica preocupada de algo ter acontecido.
— Oi, vó, estou sim só pensando alto aqui me desculpe. A senhora falou o que mesmo? – Eu passo a mão pelo cabelo.
— Eu estou achando que finalmente alguém está roubando o coração do meu fazendeiro preferido. – Ela dá uma gargalhada.
— Vovó preciso desligar, estão me chamando beijos, amo a senhora. – Eu desligo sem dar tempo dela falar.
Eu não quero que minha vó fique no meu pé falando que estou isso, estou aquilo até porque não tenho tempo para isso.
Eu espanto meus pensamentos e começo a trabalhar assim vou distrair a mente e não vou pensar nela.
Eu adianto alguns documentos até porque quando os garotos chegarem não vou ter tempo.
Porque quando eles chegarem a única coisa que vou focar é em ir atrás do Ramiro.
Uma investigação como nas antigas iria me fazer um bem danado até porque assim não ficaria pensando tanto na Ayla.
Eu me pergunto será que isso vai acontecer mesmo acho difícil até porque é por ela que vou fazer isso então não tem como não pensar naquela danada.
"Não te fies do tempo nem da eternidade,
que as nuvens me puxam pelos vestidos
que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
o lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo…
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te digo"…
Cecília Meireles
Eu não acredito que estou lendo um poema na internet meu Deus a coisa tá ficando séria mesmo.
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O fazendeiro delegado
RomanceAyla viu sua vida ser destruída quando estava começando entrar na adolescência. Ela viu seu seu pai perder a vida para logo em seguida ver sua mãe sendo abusada pelo homem que ela trabalhou por tanto tempo. E o mesmo homem que tirou a vida de seus...