Capítulo:11

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Eu me chamo Pietro Silveira de Castro. Tenho trinta e sete anos.

Eu era delegado na cidade do Rio de Janeiro porém hoje vivo na minha fazenda devido aos problemas de saúde tive que deixar o meu cargo de delegado.

Eu confesso que foi muito difícil na época deixar a profissão que adorava. No entanto, foi necessário porque trabalho nenhum vale mais que a minha saúde. 

Hoje vivo a minha vida na fazenda com a vó Ana até que ela vai embora porque já passou da hora dela se aposentar né.

A moça que vai ficar em seu lugar se chama Ayla é a mesma que está na pensão do meu amigo Micael.

Eu a vi algumas vezes e acho ela bem estranha, mas ela faz uma comida deliciosa isso não posso negar.

O jeito dela angi parece que está a todo tempo em alerta até na rua  ela  fica olhando de segundo em segundo para trás ou para os lados. 

Estou falando isso porque a vi na cidade uma vez e hoje ela está vivendo na minha fazenda.

Eu quase não falo com ela nem ela comigo, a casa parece um espelho de tão limpa ela faz as mesmas coisas todos os dias sem precisar.

Eu falo para ela só limpa a cada três dias, porém ela não me ouve então deixo ela.

O almoço cada dia como algo diferente e isso está me deixando mal acostumado, porém não preciso falar para ninguém.

Eu noto que ela come muito pouco e às vezes ela nem almoça, porém não falo mais nada ela não é uma criança já passou dessa fase.

Eu hoje acordei com dor então vou trabalhar um pouco no escritório peço para ela me levar um chá às nove e meia.

No horário certo ela chegou e eu estava focado no trabalho que nem olhei para ela.

Assim que terminei o relatório coloco o notebook de lado e só então vejo que ela trouxe biscoito junto com o chá.

Eu provei um e está maravilhoso chega a derreter na boca, tomo meu remédio com o chá e volto ao trabalho.

Eu começo a sentir o cheiro de comida vindo da cozinha e estou me controlando para não me levantar e ir até lá prova.

Na hora do almoço vejo aquelas delícias na mesa como com vontade ela como sempre vai embora e fico  sozinho sinto tanta falta da vó Ana aqui comigo.

Eu volto ao trabalho e não vejo o tempo passar me levanto para ir a cozinha buscar água vejo ela sentada no topo da escada.

Eu fico observando ela escondido ela massagear a testa na certa está com dor de cabeça.

Assim que ela se levanta desce aí sim apareço na sala e pergunto se ela está bem.

— Você está passando mal?– Eu até já sei que ela vai mentir.

Eu pergunto novamente e ela só fala que está bem e quando dá um passo ela desmaia.

Eu sou rápido e a seguro antes que ela bata a cabeça no chão e com isso  sinto uma  pontada na minha coluna ignoro e pego ela em meus braços e levei para o sofá.

— Ayla acorde, Ayla, Ayla, o que você tem menina. – Eu a seguro nos meus braços.

Eu falo para ela se alimentar direito e ela não me ouve essa teimosa.

Eu fico admirado com o peso dela se ela pesar cinquenta quilos pesa muito.

Eu toco seu rosto e está quente era só o que me faltava ter que cuidar de uma mulher doente nunca fiz isso na minha vida e agora me vejo nessa situação.

Eu vou até a cozinha, pego a caixa de primeiro socorro em cima do armário e uma garrafa de água e volto para sala. 

Eu coloco um pouco de álcool no algodão e aproximo do nariz dela três vezes para ela reagir. 

Após ela abrir os olhos a mesma apaga logo em seguida desmaia novamente. 

Eu tento dar o remédio para ela, porém não consigo fazer com que ela tome e agora o que faço?

Eu penso e nada. Pensa Pietro, pensa a não nem pensar que vou fazer isso até porque seria falta de ética da minha parte. Por outro lado, se não fizer isso, como ela vai tomar o remédio?

Eu pego o remédio, coloco na boca  dela, tomo um pouco de água e vou me aproximando dela e coloco a água em sua boca.

Assim que ela tomou me afasto rápido pego as coisas e guardo depois vou até seu quarto abro a porta e vou buscar ela.

Porra! Porque tinha que acontecer isso logo agora e comigo ainda mais hoje que não me sinto bem até aparecer…

 Eu não quero falar besteira até porque ela não tem culpa de ficar doente logo hoje. Porque ninguém sabe o dia que vai passar mal. Eu bem sei disso.

Eu a coloco na cama e vou até o guarda-roupa pegar uma toalha limpa ao abrir vejo que ela não tem quase nada! Caralho!!! 

De onde saiu essa mulher? Eu preciso saber quem é ela porque a minha intuição me fala que há um mistério por trás dela.

Segui até o banheiro, pego uma toalha úmida e coloco na sua testa, e a outra vou passando  nos braços e no pescoço dela.

Quem diria senhor Pietro Silveira de Castro que iria chegar o dia em que você iria cuidar de alguém doente e ainda uma mulher.

Se alguém me falasse que com meus trinta e sete anos de idade iria cuidar de uma mulher doente, eu mandaria a pessoa procurar um psiquiatra.

Eu pego a coberta e cobro ela o seus lábios estão um pouco ressecados, coloco um pouco de água  em um pedaço de algodão e passo sobre eles.   

Eu coloco a mão em sua testa e o remédio não fez efeito, ainda parece que fez aumentar a febre já faz mais de meia hora que ela tomou o medicamento.

Eu deixo ela ali e caminho até o escritório é melhor ligar para o meu médico.

Assim que ele atender explico o que está acontecendo ele ficou de dar uma passada aqui assim que fechar seu consultório na cidade.

No entanto, ele falou que só pode vir depois que terminar de atender seu último paciente que está marcado para às 17:00 horas.  

Eu sei que ele só vai chegar aqui lá para o começo da noite e até lá tenho que me virar aqui sozinho com ela e seguir as orientações que ele passou.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora