Capítulo:25

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Eu vejo a Ayla chorando e fico sem entender nada, a única coisa que queria era pegar ela e colocar no meu colo e secar suas lágrimas. No entanto fico quieto para não assustar ela.

— Ayla, fiz algo de errado? – Eu penso que ela está chorando por minha causa.

Eu nunca vi ela chorando antes claro que sei que ela chora porque não sou cego e percebo seus olhos inchados.

— Me desculpa Pietro. Você não fez nada, eu que sou uma boba mesmo. – Ela sorri.

— Mas algo aconteceu se não a senhora não estava chorando. Fale, você sabe que sou seu amigo Ayla. – Eu penso em mil possibilidades.

— É que desde que meus pais morreram ninguém nunca cuidou nem se preocupou comigo e você está sendo um verdadeiro cavalheiro. Sabe que eu tenho muita dificuldade de acreditar nas pessoas e se for homem pior ainda. E você é o primeiro que estou tentando confiar de verdade. – Ela seca suas lágrimas.

Eu queria poder arrancar toda dor que ela carrega, porém não consigo não sei como explicar mas sinto que tenho que lhe proteger.

Eu prometo que vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para lhe proteger e quem acabou com sua família vai pagar caro.

— Eu entendo você Ayla, mas acredite que ainda existem pessoas com boas intenções no mundo.  Eu vou provar para você que pode confiar em mim. – Eu seguro sua mão.

— Obrigada. Você já está me mostrando que é um cavalheiro porque outro em seu lugar não estaria nem aí ao me ver doente. – Ela toma um pouco de água.

Eu fico feliz que ela já está começando a confiar em mim e quero que ela acredite 100%.

Eu meio que no automático levo minha mão ao seu rosto e seco  suas lágrimas.

— Você não demonstra Ayla mas é tão frágil e ao mesmo tempo forte. Eu vejo tudo isso em você mesmo quando está doente fica dando uma de durona. Eu quero que a partir de hoje me veja como uma pessoa que vai lhe defender de tudo e de todos. Porque a partir de hoje serei seu protetor e a de quem ousar a tocar no fio de cabelo seu sem sua permissão. – Eu abraço ela.

Eu não sei o que está havendo comigo, abracei ela e no começo ela fica sem saber o que fazer, porém em seguida sinto seus braços me abraçando.

Eu não sei o que fazer para ela parar de chorar, a única coisa que consigo fazer é ficar ali até que ela se acalme e acabei chorando também.

Poxa eu não sou de ferro caramba! O melhor tudo que essa mulher sente parece que transmite para mim. Por que será? 

Eu limpo meu rosto antes que ela veja não quero que ela pense demais o que está acontecendo com você, Pietro?

— Por que não conheci você antes Pietro? Talvez não teria sido abusada pelo aquele maldito…. – Ela percebe que falou o que não devia e empurra ele.

Eu não fico em choque com a confissão dela porque já sabia o que tinha acontecido porque li o diário dela. No entanto ela não sabe desse detalhe quem sabe não lhe falarei algum dia.

— Ayla, você está me falando que foi abusada? E não minta para mim porque o que você acabou de falar é muito sério e quem fez isso com você tem que pagar pelo crime. – Eu tento manter a calma por ela.

Eu vejo pânico em seu olhar  não sei se por medo pelo que  ela acabou revelando sem querer  ou por achar que vou culpar ela.

— Esquece o que falei Pietro. – Ela tenta sair de onde está sem sucesso.

— Esquece nada, fale comigo Ayla por favor. Me conte quem fez isso com você. Porque você sabe que isso é muito grave. Só me responda uma coisa: você era menor quando foi abusada? – Eu espero ela responder.

Eu vejo ela indecisa se fala ou não comigo até entender a reação dela e o que ela passou nas mãos daqueles desgraçados.

— Sim, eu era menor de idade.– Ela começa a chorar novamente.

— Calma Ayla agora você está segura e prometo que vou fazer de tudo para que esse maldito que fez isso com você pague caro. – Eu abraço ela forte.

Eu abraço ela enquanto a mesma chora não sei por quanto tempo ficamos ali e quando ela já está calma segui com ela para sala.

— Ayla agora que você se acalmou me explica tudo que aconteceu, você consegue? Você lembra como era esse homem? Eu vou mandar esse maldito para cadeia e jogar a chave fora isso eu juro a você. – Eu sinto meu sangue fervendo nas minhas veias.

Eu fico cego de ódio com o maldito que tirou sua inocência como pode uma coisa dessa meu Deus.

— Pietro ele vai me encontrar e me leva de volta pra quele lugar eu não quero prefiro morre do que voltar aquele maldito lugar. – Ela fala de cabeça baixa.

— Ayla, você consegue me falar como é esse homem? – Eu só preciso saber o nome dele e mais nada o resto é comigo.

— Pietro você não vai conseguir nada. Porque quem vai desconfiar de um homem podre de rico é dono de uma rede de lojas no centro de São Paulo. Ele se chama Ramiro Vieira. Agora me diga você acha que vão acreditar em mim ou no homem rico? – Ela ri para disfarçar seu medo de ser expulsa dali.

— Lhe garanto que vou conseguir pegar esse maldito Ayla pode levar o tempo que for. – Eu peço para que ela me conta tudo.

Eu espero o tempo dela e oro para que ela me conte tudo já sei mais quero ouvir de sua boca.

Assim que ela começa a falar seguro suas mãos para lhe passar confiança e fiquei ali ouvindo a cada detalhe que ela contava com riqueza meu ódio só aumentava.

Eu choro ali com ela sinto sua dor a cada palavra que ela fala sua dor transborda pelo seu choro e não aguentei acabei chorando ali com ela.

Eu não posso tirar sua dor mais posso e vou me vingar desses malditos abusadores de mulheres.

Eu agora já tenho nome e sobrenome do maldito ele é rico e eu sou mais ainda.

Pois me aguarde Ramiro Vieira que vou te derrubar e você não vai saber de onde veio esse ataque. Porque agora tomei as dores da Ayla para mim e vou fazer você pagar caro por ter destruído a família dela.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora