Capítulo:06

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Eu continuo lendo o livro que comprei e me dá tanta raiva com o que a personagem sofre primeiro por ser negra e segundo não ter direito de usar nada que os brancos usam.

Eu deixo o livro  de lado e ligo a televisão porém não passa nada demais.

Eu preciso ir vendo algo para trabalhar depois que a dona Carmem voltar de sua viagem. 

Vejo a hora então resolvi sair para comprar um jornal pra ver se tem alguma  trabalho eu espero que depois de comprar seja mais fácil.

Eu  peço um sorvete a moça e pego o jornal pago  e fui na direção da praça e graças a Deus não tem quase ninguém, só algumas senhoras caminhando.

Os dias vão se passando rápido e amanhã dona Carmem já está de volta ao mesmo tempo que estou feliz fico triste.

Eu respiro fundo e começo a preparar o almoço já que só tenho hoje e amanhã para estar aqui fazendo essas delícias.

— Ayla, mas tarde preciso conversar com você. – Ele volta com a bandeja para o salão.

Eu fico pensando no que será que ele quer conversar comigo depois do expediente.

Eu fico nervosa e acabo me queimando quando pegou a panela de macarrão e bem na hora alguém entra e me ajuda. 

— Obrigada. – Eu me viro e dou de cara com aquele homem que outro dia almoço aqui o amigo do Micael.

— Você está bem moça? – Ele pega a caixa de primeiro socorro que fica em cima do armário.

— Estou bem sim obrigada. Só a panela que escorregou das minhas mãos nada demais. – Eu continuo a fazer o que estava fazendo, já passei por coisas piores e até agora não morri.

Eu finjo que nada aconteceu, continuo a fazer o que estava fazendo ele tenta me ajudar porém não deixo.

Ele fica falando só porque não presto atenção em nada, estou tão tensa que peço para ele sair e me deixar fazer o meu trabalho.

Eu respiro aliviada por está só refaço tudo novamente e graças a Deus não aconteceu mais nenhum acidente.

Eu no final limpo a cozinha e coloco os pratos no lugar e agora só ir para o quarto e tomar banho e relaxar um pouco.

Eu vejo onde me queimei e foi bem em cima da minha cicatriz e só quando me sento sinto ardendo e doendo e acabo fazendo uma careta quando eles entram.

— Ayla, você está bem, o Pietro me falou que você se queimou. Eu só conseguir vir falar com você agora me desculpe por não ter vindo antes. Você precisa ir ao médico para ver se não teve lesão grave. – Ele se aproxima dela.

— Estou bem, não foi nada demais o seu amigo não deveria ter lhe falado nada já que estou bem. – Eu acabo rindo para não chorar.

— Ayla não seja teimosa, estou vendo que sente dor. – Ele tenta lhe ajudar. 

— Eu vou para o meu quarto e não se preocupe comigo, não preciso da ajuda de ninguém, sempre me virei sozinha. Já terminei tudo aqui agora me dê licença. – Eu me levantei e sai deixando eles para trás.

Eu segui o caminho de cabeça baixa sem olhar para ninguém um casal me pergunta se tem quarto vago e falo que não sou dona do local.

Eu falo para eles tocarem o sino na recepção que alguém vai atender eles.

Ao entrar no meu refúgio me sento no chão e deixo toda aquela tensão de lado, fico ali por alguns minutos e só depois que vou tomar banho para cuidar da queimadura.

Eu tiro minhas roupas e sigo para o choveiro só de lingerie caramba me queimei feio.

Tomo banho, lavo com cuidado o local e depois que termino fico só de calcinha e sutiã para não deixar a roupa ralando em cima.

Eu acho que fui grossa com Micael, o coitado só queria me ajudar e acabei fazendo merda sem ele e nem o amigo dele ter culpa de nada.

Eu pego o celular e mando uma mensagem para ele me desculpando com ele, afinal ele só queria me ajudar e com certeza ele faria isso por qualquer pessoa.

— Micael, quero me desculpa por ter sido grossa a pouco com você só que não estou acostumada com as pessoas me ajudando perdão pelo meu comportamento. – Eu deixo o celular carregando.

Eu comprei um celular usado depois que cheguei aqui na cidade para pesquisar sobre aquele maldito e para saber se ele fez alguma denuncia sobre meu desaparecimento.

— Só vou lhe perdoar se você aceitar ir tomar um sorvete comigo. Você cuidou direitinho da queimadura? Estou me sentindo culpado. – Ele entregou alguns documentos para seu amigo.

— Você está se apaixonando por aquela moça Micael? – Ele observa a reação do seu amigo 

— Claro que não, Pietro, só acho o jeito dela tão estranho a algo nela que me deixa intrigado. Ela está procurando trabalho se você soube de alguém que esteja precisando me fale. Ela me falou que faz de tudo um pouco e como você já sabe ela é uma ótima cozinheira. – Ele guarda os documentos no cofre.

Eu não sei se devo aceitar ou não o convite dele, será que ele tá querendo algo a mais? Porque não tenho nem quero nada com ele nem com nenhum outro homem. 

— Não obrigada. Eu prefiro ficar no meu quarto, não gosto de sair e se você estiver com interesse em algo mais pode tirar o cavalinho da chuva. – Eu me deito e acabo dormindo.

Eu acordei já passava das dez da noite caramba dormi mais do que esperava e a noite vai ser longa se bem que este sono que tiro está me fazendo bem já que a noite não consigo dormir direito.

Eu pego um suco na geladeirinha e o bolo na bolsa e faço um lanche já que perdi a hora do jantar.

Após terminar pego um lanço vou para varanda  me sento na cadeira e fico observando o céu azul estrelado.

Eu faço algumas pesquisas e nenhuma notícia sobre o meu desaparecimento graças a Deus.

Eu penso que aquele cara não vai deixar minha fuga assim ele com certeza está a minha procura claro que ele não é besta colocar a polícia no meio.

Até pode já que tem polícia que trabalha para aquele desgraçado já que não encontrei nada tento relaxar.

Eu tenho certeza que ele mandou os capangas dele para o destino que usei o nome que ele colocou no meu documento, aquele monstro. Porque não sabe ele que estou mais perto do que ele possa imaginar. 

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora