Capítulo:14

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Eu estou com meu corpo pesado, respiro fundo e volto para a cama onde a senhorita dorme tranquila e graças a Deus a febre dela já baixou.

Eu fico pensando no que ela vai achar quando acordar amanhã e ver que está na minha cama.

Porque tenho certeza que ela vai surtar e se eu estiver ao seu lado vai ser pior já que ela não confia nos homens.

Eu penso e quando está quase amanhecendo o dia sair do quarto deixando ela ali não quero que ela pense besteira.

Eu quero conquistar a confiança dela e não deixar ela com medo de mim.

Cubro ela e sair deixando ela ali não vou conseguir dormir mesmo então vou até o guarda-roupa pego uma bermuda, camisa e cueca e vou tomar banho no quarto de hóspedes.

Eu relaxo um pouco em baixo do chuveiro e sinto meu corpo um pouco mais leve.

Após terminar  trocar de roupa e me deito um pouco na cama às cinco desço e vou preparar um café hoje vou preparar o nosso café.

Eu não sou um cozinheiro de mãos cheia, porém consigo me virar e sei fazer o básico. 

Eu pego pão de queijo e começo a colocar na assadeira e levo para o forno.

Após colocar a água do café no fogo gosto de um café nem muito forte nem fraco. Assim que termino coloco tudo na mesa.

Eu vejo a hora e são quase sete da manhã, ontem a essa hora ela já estava de pé fazendo seus afazeres.

Pego uma bandeja para colocar o café para Ayla enquanto vou tomando o meu.

Eu termino depois de pronto subo com seu café  no meio da sala quase  a bandeja cair no chão.

— Isso Pietro parabéns mané quase deixou tudo cair. – Eu acabo rindo sozinho.

Eu chego em frente a porta do meu quarto seguro a bandeja com uma mão e a outra abro a porta.

Coloquei  na mesinha do lado da cama seu café e toquei sua testa para ver se ela ainda estava com febre.

Poxa ela ainda está um pouco quente o que está havendo que sua febre não baixa Ayla?

Eu me levanto quando ela começa a se mexer na cama e fico esperando que ela abra os olhos.

Espero porém ela não acordar, fico pensando se acordo ela ou não porque a bonita não come nada desde ontem.

Eu acabo optando por acordá-la para ela se alimentar um pouco.

— Ayla acorde para comer alguma coisa. Ayla você está me ouvindo? –  Eu a chamo e ela começa a resmungar.

—  Só mais um pouco e já vou fazer as coisas. – Ela virá para o outro lado.

Eu não sei o que fazer, nunca cuidei de ninguém sozinho, tinha sempre alguém para fazer isso.

Na época que eu era delegado, quando alguém da equipe se feria em alguma operação era levado para o hospital.

Eu agora estou aqui sem saber o que fazer meu pai amado me ajude e ajude principalmente essa moça a ficar melhor logo.

Pego o remédio de febre para ela tomar me sento ao seu lado e chamo ela para assim ela acordar.

— Ayla, Ayla acorde para tomar seu medicamento por favor. – Eu mexo em seu braço.

Ela começou a se mexer novamente e abre os olhos e em seguida os fechou e massageia a testa com certeza tá com dor de cabeça.

Eu fico só observando ela e quando ela respira fundo reclamar da dor e nem percebeu que está no meu quarto e não no dela.

Porque se não ela já teria dado um pulo da cama e conhecendo o pouco dela baixaria a cabeça envergonhada no mesmo segundo.

— Bom dia, senhorita Ayla. Tome seu remédio a dor vai aliviar e a febre vai baixar. – Eu puxo conversa para ver se ela desperta.

— Senhor Pietro, o que faz no meu quar… — Ela para de falar ao ver que não é o seu e sim o do chefe.

Eu a vejo vermelha e com certeza não é por causa da febre e sim de vergonha.

— Não precisa ficar com vergonha, senhorita. Você passou mal ontem lhe dei remédio só que sua febre não baixava de jeito nenhum então liguei para   meu médico e ele mandou colocar você na beira para ver se baixava a febre. À noite ele veio examinar você e colheu material para fazer alguns exames e deixou outros para você fazer. – Eu explico tudo para ela e a mesma fica ali desconfiada.

— Me desculpa por ter lhe dado trabalho, senhor Pietro. A meu deus que vergonha prometo que isso não vai mais acontecer. – Ela se descobre para sair e fica em choque quando percebe que não está com suas roupas.

Eu estou me segurando para não cair na gargalhada porque o jeito dela é muito engraçado, pelo menos para mim.

Pietro não seja inconveniente ela já está constrangida demais para você achar graça e não esqueça que você tem que conquistar a confiança dela. Eu penso comigo mesmo.

—  A senhorita  não tem que se desculpar porque não sabemos o dia que vamos ficar doente. E não tem porque você sentir vergonha. Pois eu faria o mesmo por qualquer pessoa. E não se preocupe porque antes de trocar suas roupas coloquei o lanço e não vi nada senhorita. – Eu penso nas cicatrizes que vi, porém ela não precisa saber que eu sei.

— Obriga… Obrigada senhor Pietro. Eu nem sei onde enfiar minha cara de vergonha. – Ela abaixa a cabeça.

—  Me chame só de Pietro. O Senhor está no céu. – Eu dou uma risada para acabar com o clima tenso que tá. 

— Vou tentar. – Ela toma o remédio que ele lhe entregar.

Eu espero que a partir daqui ela comece a mudar esse jeito vergonhoso dela porque vou fazer de tudo para ajudar ela.

 — Agora tome seu café e não quero ver nada nessa bandeja porque tenho certeza que você não comeu quase nada ontem isso se comeu alguma coisa né. De hoje em diante vou ficar de olho na senhorita e obrigá-la a se alimentar direito. Está me entendendo Ayla?– Eu coloco a bandeja no seu colo.

— Você está exagerando, senhor….  Ops, você está exagerando Pietro. Eu como na hora certa só costumo comer pouco e quando passo do meu limite  acabo passando mal. – Ela leva uma uva à boca.

Eu já sei o por que dela comer tão pouco com certeza passou necessidade no passado. Ou melhor, quem fez ela sofrer não deixava ou não dava comida para ela.

Eu preciso investigar o passado dela e quem foi o maldito que fez isso com ela e pior matou os pais dela na sua frente quando criança.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora