Capítulo:19

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Eu passo o dia fazendo minhas coisas normalmente, tento esquecer esse aparelho porém não tem como quando começa apertar o meu braço.

— Ayla, você pode fazer um bolo de chocolate recheado? Me deu vontade de comer um e se eu mesmo for fazer vai ser só para gastar os ingredientes. Porque ninguém vai conseguir comer. – Ele  se lembra da última vez que tentou fazer um.

— Por um acaso você só falou isso porque viu os ingredientes em cima da pia? – Eu acabo rindo.

— Mulher como eu iria ver se acabei de chegar? Eu  nem entrei em casa, ainda olha só a minha situação da minha roupa. – Ele limpa sua roupa ou tenta.

— A tá nem notei nada. Pode deixar que vou fazer um bem gostoso. – Eu coloco a máquina para bater os lanços.

— Obrigado. Vou levar o marrom para o estábulo e dar um banho nele. – Ele pegou o cavalo e saiu caminhando.

 Eu seguir para a cozinha e começo a fazer o bolo depois que bato a massa e coloco no forno penso no recheio.

Eu penso e não consigo ter nenhuma ideia, penso em pesquisar na internet aí me lembro que não posso mexer no aparelho.

Logo agora que preciso mexer no bicho não posso deixá-lo lá e vejo o que tem no armário.

Eu vejo uma lata de leite ninho então já tenho o recheio do bolo vai ser de leite ninho deve ficar uma delícia.

Coloco todos os ingredientes na bancada e começo meu preparo.

O bom é que  posso fazer recheio de leite ninho com morango, nutella e até um chocolate mais amargo que vai super combinar. 

Eu pego a caixa de morango na geladeira limpo e deixo um pouco de molho enquanto faço a primeira parte do recheio.

Depois de pronto coloquei  numa travessa e coloco um prático filme por cima para não criar aquelas  película durinha por cima.

Eu corto todos os morangos e vou fazer outras coisas meia hora depois vejo que meu bolo está quase bom.

Eu paro porque o aparelho começou a medir minha pressão novamente só de pensar que vou ter que ficar com isso até amanhã aff.

Eu continuei quando parou de medir e fui colocar enxaguar as camisas brancas do seu Pietro.

Caramba o perfume dele ainda está pela lavanderia afastei meus pensamentos para longe e foco no meu trabalho.

Eu não tenho que pensar nisso até porque o meu passado não permite e se ele souber com certeza vai me mandar embora com alguma desculpa isso sim.

Após terminar volto para cozinha e ao entrar me deparo com seu Pietro comendo e fico só observando.

Eu fico com vontade de rir ao ver ele parecendo uma criança comendo um pouco do recheio com o morango. Pois ele pega o morango e passa no recheio e leva à boca.

— Muito bonito roubando o recheio do bolo. – Eu me seguro para não cair na gargalhada do susto que ele tomou. 

— Caramba, Ayla que me mata de susto mulher. – Ele leva a mão no peito.

— Não, mas se você se assustou é porque está fazendo coisa errada né mesmo grandão. – Eu olho para o forno.

Eu pego o palito espetado  no bolo e vejo que saiu limpo, então tiro do forno e coloco em cima do fogão.

— Nossa, só experimentei para ver se estava gostoso. – Ele leva a colher à boca.

— Sei que você é muito esperto isso sim. – Eu não aguento e acabo rindo.

— Tá bom mamãe vovó, não vou mais mexer em nada serei um bom menino e assim a senhora vai me dá uma fatia generosa desse bolo. – Ele coloca a colher na pia.

— Coitada de sua avó, ela com certeza dava muitos puxões de orelha em você. Vai tomar banho que quando você volta vai poder saborear seu bolo. – Eu pego o bolo e coloco na boleira.

— Muito pelo contrário ela adorava me ver mexendo nas panelas dela até hoje. Daqui a pouco desço madame. – Ele sorri ao lambe o dele.

Eu tenho hora que vejo uma criança no Pietro, apesar de que todos nós temos uma criança dentro de si.

— Sua avó é viva ainda? Perdão não precisa  responder. – Eu não quero que ele pense que estou me metendo na vida dele.

— Depois nós conversamos, aí lhe falo sobre ela. – Ele vai tomar banho.

Eu corto o bolo no meio e coloco o recheio no meio e os morangos, em seguida coloco a parte de cima e joguei o brigadeiro por cima.

Eu só não coloquei granulado porque não tinha e o pouco que tem não era o suficiente então deixei quieto. 

Eu terminei o bolo e deixei em cima da mesa e fui para o meu quarto.

Assim que entro, me sento na cama e o aparelho começa a medir minha pressão novamente.

Eu hoje não consigo dormir, já tenho problema com isso, então a noite vai ser uma criança. Será que vai ter algum problema se eu não conseguir dormir?

Eu fico pensando: será que os pais dele vem visitar ele? Por que será que eles não moram aqui já que a casa é grande e ele não é casado nem nada.

Ayla para se ficar pensando na vida do patrão e pensar na sua porque não está nada fácil mulher.

Foco na sua vingança ou já esqueceu? Eu falo para mim mesmo.

Eu saí dos meus pensamentos quando ouvi alguém batendo na porta me levanto e caminho até lá.

— Vamos lancha senhorita Ayla. Você não pensou que eu iria comer aquele bolo lindo sozinho né? – Ele sorri e caminha ao lado dela.

— Eu fiz para o senhor então pode comer  à vontade. – Eu acabo rindo.

— Lá vem você com esse senhor. – Ele puxa a cadeira e manda que ela se sente.

Eu fico só observando ele ir até a geladeira e pegar o refrigerante não sou muito fã não.

— Eu quem deveria fazer isso e não você afinal esse é meu trabalho ou você que pegar o meu lugar senhor Pietro? – Eu desfaço o riso.

— Imagina eu seria expulso  da cozinha em menos de dez minutos. – Ele pega dois copos.

— Você até leva jeito para cozinhar a comida que você fez quando eu estava doente não tava nada mal. – Eu corto uma fatia do bolo generosa e coloco no prato dele.

Eu servi ele e depois corto uma fatia menor para mim já que não quero exagerar.

Porque cá entre nós amo bolo de chocolate e com cobertura não tem nada melhor.

Eu fico só observando ele comendo e não acredito que ele já está devorando todo o bom.

Porém não falo nada até porque fiz para ele mesmo e sem falar que ele é o dono de tudo mesmo.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora