Capítulo:23

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Eu achei estranha a reação da Ayla ao chegar na pensão do Micael. 

Porque ela estava animada para ver a tia Carmem e quando colocou os pés lá que viu o grupo de homens mudou completamente.

Eu não falo nada só fiquei observando e em menos de cinco minutos ela já estava saindo da cozinha.

— Você está bem gatinha? – Ele olha para ela vindo na sua direção.

— Ela estava reclamando de dor de cabeça por isso não vamos demorar irmão.– Eu não sei porque falei isso mas falei do nada.

Eu não entendo porque menti por Micael mas com certeza ela ficou tensa quando viu esses homens aqui não tenho dúvidas.

— Deve ser por isso que ela não demorou lá com dona Carmem. – Ele passa a mão pelo cabelo.

— Quem são esses caras? Eu não conheço nenhum deles. – Eu fico observando de longe.

Eu sinto algo rolando no ar e meu instinto fala que esses caras estão aprontando alguma coisa.

— Podemos ir agora, Pietro. Se você quiser ficar, posso pegar um Uber.  – Ela olha na direção dos homens.

— Não precisa Ayla, não tenho nada a fazer aqui já na fazenda tem muito trabalho a ser feito. – Eu acabo rindo ao mesmo tempo que tô me despedindo do meu amigo.

Depois que estamos de fora, mando que ela espere que esqueci algo.

Eu entro para pegar nosso café, porém só um  disfarçada para conseguir uma foto daquele grupo de pessoas estranhas.

— Mal saiu já voltou isso tudo é saudade minha? – Ele dá gargalhada.

— Não seu idiota só vi pegar um café pra nós tomar quando chegar em casa. Você vai me ajudar ou não ? – Eu vou na direção do salão.

Eu pego quatro fatia de bolo e coloco no pote descartável e pego alguns pães de queijo que não podem faltar no meu café da manhã.

Enquanto estão todos distraídos conversando tiro   várias fotos com nada uma tem que ficar boa.

— Que mais alguma coisa, senhor? – Ele sorri enquanto coloca tudo numa sacola.

— Não irmão. – Eu pego a carteira para pagar.

— Vai plantar batata Pietro você sabe que não precisa pagar nada né. – Ele entrega a sacola para ele.

— Obrigado irmão. Você e a tia deveriam ir almoçar na fazenda domingo. – Eu caminho na direção da saída.

— Eu mando mensagem confirmando  primeiro tenho que conversar com a mamãe. – Ele fica de pé na porta.

– Ok. Tchau. – Eu segui para onde estava minha moto.

Eu pego o capacete com Ayla e entrego a sacola para ela.

Eu observo ela colocar o capacete toda atrapalhada porém consegue colocar sozinha.

Seguimos o caminho de volta para a fazenda e vou devagar porque sei que ela tem medo.

O que eu levaria meia hora pra chegar, acabei levando quarenta por causa dela porque  quero conquistar sua confiança e não afastá-la.

Eu chego paro a moto no lugar dela e ela desce já tirando o capacete porém o cabelo dela fica preso como não sei.

Eu ajudo ela a soltar seu cabelo depois de quase cinco minutos conseguir.

— Mulher, como você conseguiu prender seu cabelo no capacete? – Eu tiro os fios e jogo fora.

— Não faço ideia. – Ela sorri.

Eu entro junto com ela e vamos direto para sala e só então lembro que não compramos o remédio dela.

— Esquecemos de comprar seu remédio Ayla e você também não lembrou. – Eu coloco as chaves em cima da mesinha de centro.

— Não tem problema depois compro. Agora vamos tomar café que tenho que trabalhar. Eu não quero correr o risco do meu chefe me mandar embora. – Ela coloca um pouco de café na xícara.

— Eu ligo depois e peço para entregar, tenho conhecido na farmácia e ele libera pra entregar. – Eu tomo um pouco de café.

Após tomar meu café pego a receita com ela e vou para o escritório  e passo um whatsapp para a farmácia.

Eu faço o pedido e demora um pouco para ser entregue, não importa até porque só vai ser tomado à noite.

Eu vejo as fotos que tirei e das seis que tirei só duas que ficaram tremida.

Eu mando mensagem para meu parceiro e peço para ele investigar as pessoas que estão na foto.

Porque se algum deles for procurado pela justiça vai tá a foto na lista de procurados.

Eu posso estar enganado mas pela reação dela na certa ela conhece algum daqueles homens ou desconfia de algo então melhor ficar prevenido.

Eu espero ansioso pela resposta do meu amigo e sei que só vou ter essa resposta a noite porque a essa hora com certeza ele está correndo atrás de bandidos.

Eu preencho alguns documentos importantes que são urgentes e depois assino até porque vou precisar enviar ainda hoje.

Após terminar faço um PDF e mando por e-mail já que é preciso para ontem.

Em alguns dias vou precisar viajar até São Paulo para uma reunião de negócio se de certo vou entrar de sócio numa das maiores empresas da cidade.

Porém tenho que ver se são de confiança as pessoas porque não vou investir tanto dinheiro em algo que possa prejudicar minha imagem no futuro Deus me livre.

Eu não confio em ninguém até porque do jeito que tá as coisas hoje em dia temos que desconfiar até da nossa própria sombra.

— Bom dia, parceiro. E aí como você está ? A noite vou dar uma festinha e vai ter várias gatinhas espero você e o Micael aqui. Abraço. – Ele pega as coisas e vai colocando no carrinho.

Eu não acredito que esse idiota vive dando festa quero só ver quando ele vai deixar de ser mulherengo.

Pois vai esperando senhor Hudson porque de pé você vai cansar de esperar a se vai.

Eu não falo nada finjo que nem vi sua mensagem, mesmo se quisesse ir não ia deixar a Ayla aqui sozinha.

Eu mesmo estando aqui no escritório estou sempre de olho nela pelas câmeras: coloquei câmeras na casa desde que tentaram me roubar.

Eu vejo que ela está nervosa e a todo momento respira fundo até penso em ir até lá, porém  desisti porque não quero que ela pense mal de mim.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora