Eu desde que fiquei doente o seu Pietro cuidou de mim fiquei sem saber como agir perto dele.
Porque nunca fui cuidada por ninguém desde a morte dos meus pais.
Eu nem sei o que pensar disso tudo porque desde aquele dia ele está sendo um fofo posso falar assim porque é verdade.
Eu me pergunto porque ele não se casou e não tem filhos porque com certeza a mulher que se casar com ele será feliz e super amada. E se ele tem filho não vive com ele também não pergunto nada.
Ele puxa conversa comigo eu respondo as vezes acabamos rindo juntos da palhaçada que ele faz ou fala.
Eu nunca imaginei que ele já tinha sido um delegado só acreditei quando ele mostrou as fotos.
E hoje estou aqui relutando para acreditar nele do fato dele ser homem ainda mais sendo solteiro o que me deixa com um pé atrás.
— Ayla, amanhã nós vamos na clínica fazer seus exames e não aceito mais suas desculpas. A senhorita já me enrolou demais. – Ele pega o copo na pia.
Eu pelo jeito não vou ter mais como escapar desses malditos exames já não tenho mais desculpas para inventar.
— Tudo bem, seu Pietro. Já não tem jeito né melhor ir de uma vez assim o senhor para de me perturbar por causa desse exame. Aff. – Eu coloco o bolo em cima da mesa.
— Não mesmo se não for por sua vontade vai ser pela minha. Ou você quer que as pessoas na cidade veja a minha pessoa carregando você nos braços igual uma criança? – Ele leva um pedaço do bolo até a boca.
Eu cuspo toda a água que estava na boca fora Jesus amado que mico e sei que ele é capaz de fazer isso mesmo não esqueci o que ele fez quando estava doente.
Porque ele me jogou no seu ombro tão fácil que parecia que eu era um saco de pena. Isso sem falar na vergonha que eu iria passar.
— Tá achando graça em quê? Por um acaso está me achando com cara de palhaço? – Eu me levanto para pegar o pano para limpar minha bagunça.
— Estou rindo de você mesmo Ayla, eu nunca me diverti tanto como nesses últimos dias. – As gargalhadas se ouvem à distância.
— Devo cobrar por fazer a vossa alteza rir tanto? – Eu levo o pano de volta para a área de serviço.
— Pagarei com maior prazer bela dama. Agora falando sério Ayla, você tem que fazer os exames que o médico pediu. Porque você sabe que temos que cuidar da nossa saúde. É bom com nada uma vez no ano fazer um check-up geral. – Ele coloca a toalha em volta do pescoço.
— Eu não gosto de hospital, muito menos de alguém me tocando. – Eu baixei a cabeça não quero que ele me faça perguntas.
— Ayla, esse seu comportamento é estranho geralmente quando alguém fala isso é porque passou por algum tipo de trauma. Eu já vi muitas vezes esse tipo de reação, e muitas das vezes as pessoas que passam por qualquer tipo de violência não denunciam por medo. Eu estarei aqui se algum dia você precisar desabafar pode confiar em mim. Sei que não é fácil chegar assim e confiar quando não se tem confiança. No entanto, muitas vezes um estranho pode ajudar mais que um conhecido. – Ele fala de um jeito que ela não desconfia que ele já sabe tudo que lhe aconteceu.
— Eu estou ótima senhor Pietro e para o senhor ficar tranquilo amanhã mesmo vou fazer esses benditos exames. – Eu vou até a pia lavar os copos.
Eu não sei tá parecendo que ele sabe de alguma coisa, será que o seu Pietro descobriu o meu passado? Já que ele é delegado.
Calma Ayla isso é só coincidência não tem como ele sabe e ficar paranóica agora só vai alimentar ainda mais a desconfiança dele.
Porque ele não pode trabalhar como delegado mas o seu faro continua apurado disso tenho certeza.
— Lá vem você com essa história de senhor novamente Ayla. Eu não sou tão velho assim, não só tenho sete anos a mais que você. – Ele toma um pouco de seu suco.
— Você tem trinta e sete anos? Eu pensei que você tinha uns trinta e quatro por aí. – Eu fico pensando ele sendo mais velho nem parece.
Eu estou com a aparência de ser mais velha que ele, qualquer um que nos visse juntos pensaria isso.
Ayla, você está muito maltratada minha filha, eu penso comigo mesmo. No entanto, não tem como não se acabar na minha idade até porque quem passa por maus tratos, vive cheia de preocupação, medo e sem dormir não tem outra aparência a não ser de uma pessoa acabada.
— Obrigado. Mas tenho trinta e sete mesmo. E você pare de brincar com a comida e coma porque está do mesmo jeito. Você não quer que eu faça avião igual uma criancinha não né. O quê? – Ele percebe que ela ficou pensativa demais.
— Eu estou sem apetite, Pietro. E não sou nenhuma criança para receber comida na boca. – Eu começo a comer só para ele não ficar falando no meu ouvido o resto da tarde.
— Mas tem que comer Ayla já ouviu aquele ditado saco vazio não pára em pé? – Ele fica encarando ela.
— Está bem, vou comer com nada um pouco assim você não pega no meu pé né mesmo. – Eu como mesmo sem querer.
Eu fico surpresa dele cozinha está gostosa a comida que ele fez.
No final acabo comendo tudo talvez porque ele me obrigou ou porque eu gostei do seu tempero. Mas que diabo estou pensando.
— Viu como não foi difícil comer tudo. Eu gosto de ver assim. – Ele sorri.
— Claro, você não parou de falar, né, Pietro, então comi. – Eu tomei o restante do suco.
Eu peguei o prato para levar a pia e lavar, porém ele pegou de minha mão e levou e começou a lavar.
— Você vai ficar de repouso até ficar 100% boa Ayla. Até lá cuidarei de tudo exclusivo de você. – Ele seca a pia.
Eu fico vendo ele ali e passa tanta coisa na minha mente e sem querer acabo respirando fundo.
— Tá tudo bem Ayla? – Ele fica observando ela.
— Estou sim só pensando demais, desculpe. Eu vou para o meu quarto. – Eu me levanto.
— Ok. Se precisar me chame estarei por perto e se não responder me mande mensagem no whatsapp. – Ele seca as mãos.
— Tá certo. Mas uma vez obrigada por tudo. – Eu seguir para o meu quarto.
Eu entro no quarto e tranco a porta, pego uma muda de roupa e vou tomar meu banho.
Eu lavo os cabelos e fico ali pensativa e penso comigo mesmo, será que ele é diferente dos outros homens?
O Micael também tem sido super atencioso comigo eu não posso chegar assim e já confia neles porque o que passei não foi fácil e até hoje ainda não é.
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O fazendeiro delegado
RomanceAyla viu sua vida ser destruída quando estava começando entrar na adolescência. Ela viu seu seu pai perder a vida para logo em seguida ver sua mãe sendo abusada pelo homem que ela trabalhou por tanto tempo. E o mesmo homem que tirou a vida de seus...