Eu não acredito que peguei no sono e o que me deu de me deitar no colo do Pietro?Eu não sei o que está acontecendo comigo que ultimamente venho fazendo umas coisas que não deveria: uma foi me deitar no colo do Pietro essa foi demais para você dona Ayla.
Eu fico deitada de olhos fechados a dor de cabeça está mais forte agora e logo hoje esqueci de colocar o remédio na bolsa: mas como eu iria saber que iria acontecer tudo isso.
Eu vejo alguém abrindo a porta e sei que é ele seu cheiro não tem como ser confundido.
Eu fico quieta ele nem acende a luz só sinto um lado da cama sendo afundado.
Eu seguro sua mão quando ele se levanta e o mesmo se senta e sinto seu toque aquilo aquece o meu coração.
Eu mal falo que estou com dor de cabeça e ele já foi ver se tem o remédio no carro: ele falou que acha que tem do mesmo do meu no carro.
Eu espero por ele e não passou nem cinco minutos ele já estava de volta.
Eu tomei o comprimido e fiquei ali conversando com ele e o mesmo me explica que já falou com o amigo do Pedro.
Eu espero que dê tudo certo para esse maldito pagar por tudo que ele me fez e a minha família.
Eu fiquei tensa quando ele falou que o Pedro falou para nós dormir aqui porque já era tarde.
Eu não quero que ele se preocupe ainda mais comigo, porém estou com medo de ficar aqui.
— Boa noite, Ayla, posso entrar? – Ele sorri.
— Boa noite, Pedro, pode sim. – Eu puxo o lançou para cima de mim.
— Você está melhor ? – Ele fica de pé perto do amigo.
— A dor de cabeça já está passando.Obrigada pela preocupação. – Eu fico sempre atenta.
— Que bom então vamos jantar, não fiz nada demais só improvisei mesmo. Fiz uma macarronada, filé de frango e salada. Eu juro que da próxima vez faço algo mais gostoso para nós. –Ambos dão risada.
— Melhor que ficar com fome irmão. – Ele sorri.
Eu achei engraçado o modo como ele falou, porém fico quieta no meu canto não quero ser inconveniente.
— Adoro macarronada. – Eu acabo rindo.
— Então vamos comer minha flor. – Ele ajuda ela a se levantar.
— Obrigada. – Eu procuro a minha sandália.
Eu não acho a minha sandália quando ele dá a volta na cama e pega do outro lado.
Eu fico com coração acelerado respiro fundo e balancei a cabeça afastando aqueles pensamentos.
Eu só posso estar sonhando ou melhor ficando louca porque nunca que ele vai me olhar com olhos diferentes, ainda mais sabendo como meu corpo é.
Eu nunca que vou ser feliz, como vou conseguir se vou levar marcas horríveis pelo corpo por resto da minha vida?
Eu segui com eles e o Pietro segurando em minha mão mesmo não precisando.
Após chegarmos na sala de jantar ele puxa a cadeira para eu me sentar e logo em seguida se senta ao meu lado.
— Eu quero ver você comendo toda sua comida em meu bem. – Ele coloca o prato de frente para ela.
— Obrigada querido. – Eu acabo rindo porque não faço ideia do motivo de chamar ele assim.
Eu não tô falando que ando com minha língua sorta: porque querido só pessoas próximas que falam assim com tanto carinho.
— Eu estou achando que muito em breve teremos casamento. – Ele toma um pouco de seu suco.
Eu quase me engasguei com o que o Pedro acabou de falar ou será que estou ouvindo coisas?
— Amo…. – Ele finge uma tosse.
— Deixa eles Pedro não tá vendo que a Ayla está toda sem graça e você ainda com suas besteiras. O que tiver de ser, então come e para de falar. – Ele fala envergonhado por ter chamando ele de amo.
— Caramba, eu sabia que tinha algo diferente em você, Cleiton. E você seu vacilão porque nunca me contou que ele era seu namorado? Porra! Achei que nós éramos irmãos. – Ele fica chateado porque seu amigo não confia nele para lhe contar sobre sua sexualidade.
Eu estou passada, porém não pelo o Pedro está namorando um homem mas sim pelo fato do Pietro nunca perceber que seu amigo é gay.
Eu percebi desde o dia que vi, se a pessoa não prestar atenção mesmo nunca perceberia que ele é gay porque ele não dá sinal nenhum.
Eu mesmo só desconfiei porque naquela noite ele mesmo sem perceber deu alguns sinais.
— Eu desejo toda felicidade a vocês dois e você Pedro não tem que namorar escondido. Na minha opinião você tem que ser feliz porque não importa o que os outros pensam e sim você. Existe preconceito? Sim e muito principalmente com os gays o que eles passam não é brincadeira mas ainda existe pessoas de bom coração. – Eu me lembro de um rapaz que o pai levou para o filho aprender a gostar de mulher naquele maldito lugar.
Eu vejo aquele rapaz sendo jogado em cima de mim, e o homem me mandou fazer dele um homem e mostra para o filho que ele precisava de uma puta para ele virar um homem de verdade.
Eu corro da mesa só de lembrar daquela cena sinto vontade de vítima só deu tempo chegar na porta coloco tudo pra fora.
— Flor, vou levar você ao hospital. – ele segura seus cabelos para não se sujar de vômito.
— Não precisa vou ficar bem, eu só me lembrei de um episódio que aconteceu quando vivia naquele lugar. – Eu levanto a cabeça e vejo os dois ali com cara que se sentem culpados.
— Você tá assim com nojo de nós, Ayla? – Ele pergunta triste.
Eu fico chocada com o que Pedro acabou de falar como assim nojo dele? Só porque ele é gay porque jamais eu vou julgar alguém pela sua sexualidade: porque o amor não escolhe quem a gente vai amar algum dia, se é homem com homem ou se é mulher com mulher o importante é ser feliz e se respeitar.
— Pedro, você tem muito o que me conhece ainda. Porque eu jamais vou ter nojo de alguém só por causa da sexualidade dela. Como vocês já sabem da minha história vou contar algo que não falei ainda só para você e o Cleiton não ficarem pensando besteira. – Eu me sento no banco e eles também.
— Perdão Ayla é que vejo tanta coisa ruim a nosso respeito que tenho até medo. – Ele deita a cabeça no ombro do seu companheiro.
— Bom como vocês já sabem eu era mantida numa casa onde as mulheres eram obrigadas a fazer o que não queria, mas vamos esquecer essa parte vou direto ao ponto. Teve um dia que um homem chegou lá e eu estava no quarto nesse dia aquele maldito me colocou no quarto grande e bonito e falou que eu iria recebe uma missão especial porém não falou do que se tratava. Horas mais tarde entra um homem e com ele um rapaz todo tímido no máximo tinha entre 18 a 19 anos se tivesse. O pai desse rapaz obrigou ele a ter relação com uma mulher e pelo jeito dele estava ali contra sua vontade e nunca tinha visto uma mulher sem roupa. Eu vi que ele não queria estar ali e percebi que ele poderia ser gay. Eu vi aquele rapaz implorando para o pai dele não fazer aquilo porém aquele maldito bateu no filho e jogo ele para cima de mim. Ele falou ou melhor ordenou que só deixasse ele sair quando ele fosse um homem de verdade. Eu fiquei com ele naquele quarto, conversei com ele e o mesmo só chorava em silêncio. Eu consegui fazer ele se abrir comigo e passamos a noite conversando ele falou tudo que sentia e que já tinha nascido daquele jeito que nunca iria mudar. Eu ajudei aquele garoto mesmo estando naquele lugar e fiz ele prometer que não deixaria ninguém fazer o que ele não queria. Como sabia que o lugar tinha câmera ficamos embaixo do lançou para eles pensarem que estávamos fazendo aquilo. Eu para provar para aquele maldito daquele velho desgraçado fiz várias marcas no corpo dele e ele fez no meu só pra enganar eles. Eu fiquei feliz porque eles acreditaram na nossa mentira e essa é toda história. Eu só queria saber o que aconteceu com aquele rapaz até hoje me faço essa pergunta. – Eu levanto a cabeça e vejo o Cleiton chorando.
Eu então percebo o quanto ele é sensível, porém não preciso falar em voz alta, guardo o que penso só para mim.
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O fazendeiro delegado
RomanceAyla viu sua vida ser destruída quando estava começando entrar na adolescência. Ela viu seu seu pai perder a vida para logo em seguida ver sua mãe sendo abusada pelo homem que ela trabalhou por tanto tempo. E o mesmo homem que tirou a vida de seus...