Capítulo: 81

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Eu desde o atentado na frente da delegacia venho tendo ainda mais pesadelo e mesmo sem querer voltei a tomar o medicamento para dormir.

O Pietro contratou mais dois seguranças e arrumou dois coletes para nós usarmos quando sairmos na rua.

Eu venho recebendo ligações de número desconhecido só que não atendo porque tenho certeza que é a Hanna.

E por falar nessa diaba ela está foragida o delegado nos ligou avisando que ela fugiu quando os policiais foram entregar a intimação para ela prestar esclarecimentos.

— Minha flor, preciso ir até o banco, você vem comigo? Preciso pagar o IPVA do carro e pagar algumas contas da vovó.– Ele abraça ela.

— Não amor, estou com um pouco de dor de cabeça melhor ficar. – Eu sinto uma sensação ruim.

— Tudo bem toma um remédio e deite um pouco não vou demorar. – Ele pega a pasta na mesinha.

— Tá bom e você tome cuidado. – Eu acompanhei ele até a porta e nos despedimos com um beijo.

Eu fico observando ele entrar no carro e os seguranças vão logo atrás dele e meu celular começou a tocar em cima da mesa.

Eu vejo que a chamada é privada e desligo não vou atendê segui para a cozinha e começo a preparar o que mais gosto hoje a cozinha vai ser toda minha já que dona Cecília foi atender dois pacientes dela a domicilio. 

Eu faço o almoço que nem vejo a hora passar só quando ouvi alguém abrindo a porta foi que percebi que já são mais de onze horas.

— Hummm. Que cheiro gostoso me deu até fome agora o que você fez de gostoso para nós querida? – Ela vai até a pia lavar a mão.

— Não estou fazendo nada demais. – Eu acabo rindo.

— Imagina se estivesse fazendo algo a mais né minha querida. Agora vamos conversar já que só estamos nós duas aqui. Me fale como você se sente em relação a tudo que está acontecendo? Vejo que você está apreensiva nesses últimos dias. – Ela serve um pouco de suco. 

— Eu estou apavorada dona Cecília, não falo nada para não preocupar o Pietro mesmo assim sei que ele está. Desde aquele dia na delegacia não consigo esquecer parece que estou vivendo tudo aquilo em tempo real e que nunca vai acabar. Eu tenho medo que algo possa acontecer com o Pietro, tenho medo até da minha própria sombra.  Eu tento ser forte mas tem hora que não consigo, às vezes o choro  enquanto o Pietro dorme. – Eu respiro fundo e continuo. 

— Quando me sinto triste, costumo me fechar. Sei que não é o mais aconselhável mas é minha maneira de lidar com a dor que sinto. Eu sei que agora tenho você,padrinho e meu amor. Antes quando não tinha ninguém costumava escrever os meus desabafo. A verdade é que hoje estou triste demais. Às vezes,a dor do meu passado me atinge e eu não consigo evitar de sentir esta tristeza irremediável.
Eu me sinto muito miserável,
pensando se apenas eu me sinto assim. Queria poder arrancar todas as dores do mundo, eu queria que as pessoa
entendessem essas angústias.
Talvez assim, eu pudesse ter alguma esperança de que, em breve, as coisas vão melhorar. –Eu deixo as lágrimas caírem.

Eu desabo e dona Cecília cuida de mim, igual uma criança quando está chorando quando está doentinha.

— Calma, minha querida, tudo vai passar, quando  menos esperar todos que lhe fizeram mal vão pagar caro. Eu estou com você, Pietro e seu padrinho e os amigos do meu menino logo eles vão colocar aquele monstro na cadeia e a Hanna também. – Ela envolve seus braços nela no abraço de mãe ursa. 

— Eu sou muito grata a Deus por ter colocado pessoas tão maravilhosas no meu caminho. Eu nem sei o que seria de mim, se não fosse pelo Pietro talvez não estaria aqui. – Eu passo a mão no meu rosto secando as lágrimas.

— Pode ter certeza que nós estamos muito feliz por você ter chegando em nossas vidas minha querida principalmente meu menino. – Ela sorri.

— Eu acho que o Pietro está demorando demais, será que aconteceu algo com ele? – Eu respiro um pouco mais aliviada depois da conversa com a dona Cecília.

— Banco é assim mesmo, querida demora mesmo por isso evito de ir e quando vou só me estresso. Daqui a pouco ele chega você vai ver. – Ela tomou o restante de seu suco.

— Obrigada por me ouvir sempre que preciso. Eu nem sei como agradecer a você. – Eu abraço ela.

— Não tem que me agradecer filha só quero ver você e meu menino casados e felizes. – Ambas dão risadas.

Eu finalizo o almoço e vou tomar um banho para ver se consigo relaxar um pouco e ver se essa cara de choro desaparece. 

Eu entro no quarto e segui direto para o banheiro ao entrar tiro minhas roupas colocou no cesto de roupa e entro no box.

Eu lavo meu cabelo, passo a hidratação e deixo agindo depois coloco a minha depilação em dia e meus pensamentos estão só no meu amor.

Eu só vou ficar com meu coração calmo quando ele estiver aqui comigo aí sim posso respirar direito.

Eu penso em como tudo isso deu essa reviravolta  o Ramiro apareceu na tevê falando que todas as acusações contra ele era falsa: porque segundo ele as pessoas tem inveja dele e não aceita que ele é uma pessoa do bem e gosta de ajudar os próximos.

Eu fico indignada com a capacidade da pessoa mentir na maior cara de pau!

Eu termino meu banho e sair me sento na cama e fico ali pensativa eu vou até minha mala e pego o caderno onde costumava escrever antes: porque depois que comecei a namorar o Pietro nunca mais precisei escrever mas agora sinto vontade.

          DESABAFO

 Eu escrevo apenas para desabafar não sei o que anda acontecendo comigo. Às vezes, estou bem,outras vezes sinto vontade de chorar.

A tristeza já invadiu o meu coração várias vezes mas ele está sempre lá para aquece com sua boa energia meu Pietro. As vezes sinto sufocada com medo e peço por socorro para  sair dessa  solidão. Solidão que me dá medo, não medo por mim, mas sim pelo homem que amo.

 Estou parecendo uma adolescente, que procura constantemente uma fortaleza para se abrigar dessa mágoa e desse passado triste que não quer passar.

Preciso ser forte agora mais do  que nunca, preciso ser forte para proteger as pessoas que amo e acalma esse meu coração para poder ter  paz e então ser feliz sem medo que algo possa acontecer.

Eu tampo a caneta e coloco do lado do caderno e fico ali deitada e pensando e sinto meus olhos pesados e quando estou cochilando alguém abre a porta e vejo meu amor.

— Amo que bom que você chegou já estava preocupada porque estava demorando. – Eu me sento.

— Acabei de chegar e esqueci meu celular no carro e não tinha como mandar mensagem. – Ele notou seus olhos vermelhos.

— Vamos almoçar você deve tá com fome. – Eu beijo ele.

— Você andou chorando minha flor o que aconteceu? – Ele passa a mão pelo seu rosto com carinho.

— Não foi nada, estou bem amor, vamos comer que estou com fome ou você que tomar um banho antes? – Eu  fecho meus olhos sentindo seu carinho.

— Vou tomar um banho e tirar essa roupa que tá calor. – Ele a beija e vai para o banheiro.

Eu vou até o guarda-roupa e pego uma bermuda e uma camiseta para ele e fico esperando para descemos juntos. 

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora