Capítulo:44

1.1K 77 3
                                    

Eu ouvi a voz dela e já sabia que algo estava acontecendo porque sei que minha flor não liga se algo grave não estivesse acontecendo.

Eu sair disparado no meu cavalo e ao chegar no estábulo deixo o meu cavalo para um dos funcionários tirar a sela e sair correndo nem esperei os meninos.

Eu vou me aproximando da casa quando ouvi seus gritos e ali sabia que aconteceu alguma coisa.

Eu entro e vou direto para sala de onde vem os gritos dela a tevê está ligada e a cena que vejo no meio da sala me deixa desesperado.

Eu fico em choque por alguns segundos até voltar a realidade e ajudar a mulher que amo: ela está de joelhos no chão segurando um pedaço de vidro e com a mão sangrando.

Eu só vejo meus amigos ao meu lado e vou me aproximando dela e fico de joelho de frente para ela.

— Minha flor olhe para mim. Ayla solte esse vidro meu amor sua mão está machucada. – Eu fico tenso ao mesmo tempo, mantenho a cabeça fria para conseguir a atenção dela.

— Eu não quero mais passar por isso, Pietro a minha vida agora acabou de vez. Eu vi ele, eu ouvi ele falando no jornal que roubei seu dinheiro sujo. – Ela aperta ainda mais o vidro.

Eu não entendi nada do que ela falou os meninos me ajuda a falar com ela e nada.

— Ei vai ficar tudo bem você esqueceu que agora você tem a mim? Ayla você não está nessa só minha linda olhe em sua volta estamos todos aqui para proteger você. Ayla você não pode me deixar por favor pare de se machucar assim você está me machucando também. Pois se você sofre eu também sofro, se você chora eu também choro porque sua dor agora também é a minha meu amor. Você faz parte da minha vida desde o momento que você confiou em mim. Então solte esse vidro e venha para os meus braços, minha flor. – Eu quero chorar, porém não posso ser fraco nesse momento.

Eu sinto sua dor e queria poder arrancar toda essa tristeza e dores que ela carrega. 

— Logo tudo isso vai acabar meu bem e aquele maldito nunca mais vai colocar as aquelas mãos imundas em você. Porque se ele tem poder, eu tenho cem vezes mais que ele. – Eu limpo seu corte.

Eu agradeço a Deus por nada sério ter acontecido com ela e por ela ter ligado porque senão vai saber o que teria acontecido se nós tivesse chegado um pouco mais tarde.

Eu não quero nem pensar nisso agora mais do que nunca tenho que ficar de olho nela.

Eu fico ali abraçado com ela e quando olho ela já está dormindo o medicamento demorou um pouco a fazer efeito.

Eu cubro ela e vou conversar com os meus irmãos, esse plano tem que começar amanhã mesmo.

Eu chego na sala e meus irmãos estão discutindo o assunto da Ayla, e quando Joaquim me mostra o vídeo onde aquele maldito está falando da minha flor.

Eu fico puto da vida juro pela minha vida que vou até o inferno atrás de provas contra esse maldito desse Ramiro.

— Nós temos que ser rápido não podemos mais perder tempo quero colocar minhas mãos nesse maldito pra ontem. Vocês estão me entendendo? – Eu ando de um lado para o outro.

— Sim senhor delegado. – Ambos falam.

Eu fico indignado como ele tem a cara de pau de falar que ela roubou quase duzentos mil reais que ele tinha para fazer os pagamentos dos seus funcionários.

Eu combinei tudo com os meninos que vão hoje mesmo para São Paulo com o Cleiton.  Eles vão ficar em uma das casas dele que está vazia assim eles podem montar tudo sem precisar despertar curiosidade dos vizinhos curiosos.

— Vocês podem ir almoçar cambada, com certeza todos estão com fome. – Eu segui até a cozinha.

Eu pego a lasanha e levo para mesa já que estava tudo arrumado já eles se servem e a única coisa que penso é nela.

Eu não consegui comer nada falo para eles ficarem à vontade que vou ver como ela está.

Eu subi a escada e quando chego na frente do quarto abri a porta com cuidado.

Eu a vejo ali dormindo tranquila seguro sua mão e faço carinho e me permite chorar: ultimamente estou chorando demais por meu gosto que ninguém nunca descubra que você está se tornando meu ponto fraco meu bem.

Eu pego meu celular no bolso que começou a tocar e vejo o rosto da vovó na tela.

Eu fico na dúvida se atendo ela ou não e acabo atendendo vou pedir para ela vir pra cá porque estou precisando dela aqui.

— Oi, meu menino, como você está? – Ela fecha sua mala.

— Oi vovó tô bem e a senhora? – Eu vou até a varanda do meu quarto para não acordá-la.

— Pietro que você têm? Por que está chorando? O que aconteceu com você e não me diga que não tá chorando porque não vou acreditar em você. Eu conheço você muito bem garoto fala logo. – Ela fica preocupada com seu neto.

— Vovó eu preciso tanto da senhora aqui comigo por favor venha pra cá logo. – Eu acabo me abrindo com ela.

— Você está chorando por causa da mulher Pietro? Por um acaso você levou um fora dela  filho? – Ela nunca viu seu neto assim antes.

— Eu quase a perdi hoje, vovó as coisas são mais complicadas do que a senhora pode imaginar. Mais juro que vou proteger a mulher que amo custe o que custar. – Eu não falo tudo só o básico até porque não consigo falar no momento e não é conversar para falar por telefone o que tá acontecendo de verdade.

— Eu nem acredito que meu menino está sofrendo por amor. A vovó vai chegar aí amanhã logo cedo viajo hoje de madrugada e já aviso que não precisa ir me buscar. – Ela se despede dele e vai terminar de arrumar suas coisas.

Eu fico feliz dela está chegando amanhã ela desligou e não me falou a hora que iria chegar.

Eu volto para o quarto e alguém bate quando olho vejo o Pedro e Cleiton eles vieram se despedir dela porque já vão embora.

Eu observo eles se despedir dela o Cleiton da um beijo em sua testa e o Pedro faz o mesmo.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora