Capítulo:58

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Eu acordei com alguém me chamando como que fui dormir em pleno dia de trabalho? 

— Oi, minha flor hora de acordar para almoçar a vovó está nos esperando. – Ele beija ela.

— A meu Deus como fui pegar no sono me desculpa amor. – Eu passo a mão no rosto.

— Deixe de besteira só não deixei você dormindo porque você precisa se alimentar direito né  florzinha. Depois você guarda suas coisa deixe em cima de cômoda. – Ele aponta para as sacolas. 

— Eu não mandei você comprar nada para mim. – Eu olho na direção das sacolas.

— Não mais colocou e depois passou a limpo e risco a outra folha que por engano peguei sem ver. – Ele sorri e beija ela.

Eu não acredito nisso ele não deveria ter feito isso também que mandou deixar junto era pra ter jogado no lixo.

— Obrigada, depois você desconta do meu salário. – Eu me pergunto se ele sabe comprar essas coisas de mulher.

— Vou descontar todo seu salário  Ayla. – Ele sorri.

Eu sou pega de surpresa ele me pega em seus braços e seguimos para cozinha tento descer mais ele deixou e só quando chegamos é que ele me coloca no chão.

— Pensei que vocês estavam namorando, já ia  bater na porta. – Ela dá uma gargalhada.

— Bem que eu queria vovó. – Ele beija sua testa.

— Pietro pare com essa conversa e sente-se para almoçar que já passou da hora. – Eu falo envergonhada.

Eu vejo eles colocando suas comidas e me sento e coloco a minha enquanto eles conversam e ri.

Eu já me acostumei com eles, isso me deixa feliz e quando Pietro começa a falar de uma senhora que ele ajudou no mercado me deixa feliz.

Eu tenho um namorado perfeito que está sempre pensando nos outros e ajudando.

Eu fico só ouvindo ele contar sobre a senhora e que ele fez uma compra para ela e seus netos e fico triste quando ele fala sobre a filha dela que é cadeirante.

Eu não sei como tem pessoas que não precisa receber e passar na perícia porque na certa deve ter alguma combinação por trás só pode.

Pois ele fala que ela teve uma filha que foi para São Paulo com uma promessa de ser modelo e nunca mais deu notícias.

Eu só penso naquele maldito do Rimiro e aquela desgraçada que faz tudo por ele maldita seja  Ângela.

Eu me lembro de uma conversa que ouvi sem querer deles onde ela falava sobre atrair as meninas com a promessa de  tornar elas as modelos mais top do mundo: a desgraçada só procura as mais bonitas nas rede sociais.

— Amor você tá pálida. – Ele fica sem entender.

— Não é nada só me lembrei de algo. – Eu tomo um pouco de suco.

Eu como mesmo não tendo mais vontade depois que lembrei do que aqueles malditos fazem.

Eu terminei de comer e eles também o Pietro pega o celular e fica mexendo enquanto a dona Cecília termina de tomar seu suco de morango.

Eu estou tirando os pratos da mesa para colocar na pia e quando pego a travessa de carne vejo uma foto dela.

Eu reconheço no mesmo segundo que a vi a travessa vai parar no chão e quebrou bem no meio.

— Ayla, o que você tem meu amor? Não mexa nisso venha aqui. – Ele leva ela para o outro lado para não se cortar no vidro.

— Pietro, onde você conseguiu essa foto? De onde você conhece a Maria? – Eu acabo deixando as lágrimas caírem.


Flashback do passado

Eu estava sentada ao lado daquele maldito velho asqueroso e em volta outras meninas fazia a mesma coisa porém ela gostavam.

Eu era a única que queria sair dali, como podem elas gostar desse tipos de homens? 

Eu ouvi a voz da Ângela anunciando que a virgindade de uma menina maldita deu um lance de cinco mil reais.

Pois a porta foi aberta e apareceu menina, praticamente eu fiquei ali observando ela e quando vi seu rosto ela chorava.

Eu fiquei com tanta raiva porque pelo jeito dela a coitada foi mais uma vítima que caiu nas mãos do Ramiro. 

Todos ali ficaram loucos para ser o primeiro eu amaldiçoei cada um daqueles que estava ali como pode meu Deus?

Depois fiquei sabendo que ela foi enganada e ficamos amigas e graças a ela consegui fugir.

Pois ela foi a única coisa boa que me aconteceu naquele maldito lugar nós éramos as únicas que não aceitava aquilo porém éramos obrigadas a fazer tudo.

Eu volto então era isso que eu estava tentando me lembrar e não conseguia, tenho que ajudar a Maria devo muito a ela.

— Amo você conhece essa moça? Ela é filha da senhora que ajudei no mercado e eu fiquei de ajudar a descobrir o que aconteceu com ela. – Ele entrega um copo de água para ela.

— Foi ela quem me ajudou a fugir daquele lugar amor, eu não sei como fui esquecer algo tão importante. A Ângela enganou ela como faz sempre com suas vítimas. – Eu explico tudo para ele.

Eu depois de explicar tudo ele manda a foto para Joaquim e pede para ele investigar.

Eu também consigo me lembrar do local só não consigo explicar como eles chegam lá porque é bem complicado.

Eu lembro da fortaleza que é a casa cheia de segurança e com os muros bem altos e os carros só entram com autorização.

Eu consegui fugir no caminhão que foi entregar bebida e quase fui pega mais graças a Deus deu tudo certo.

— Nós vamos conseguir resgatar a Maria amor e ela vai voltar para sua família. – Ele beija ela.

— Tomara amor ela era a única que me dava bem naquele maldito lugar. – Eu respiro fundo tentando não pensar no que poderia ter acontecido com ela.

Eu vou me levantar para arrumar a cozinha, porém sou impedida por Pietro.

— Dona Cecília, deixe isso aí que é meu trabalho não da senhora. – Eu me levanto, porém ele me pega no colo e segue na direção da sala.

— A senhorita vai para o meu quarto e só vai sair de lá na hora do jantar mocinha. – Ele dá um selinho nela.

— Pietro, você não pode fazer isso estou em horário de trabalho. – Eu tento sair do seus braços, porém não consigo.

— Ayla, quando você vai entender que não precisa ficar fazendo as mesma coisa todos os dias em? A senhorita hoje vai passar a tarde com seu namorado. – Ele manda ela abrir a porta do seu quarto.

— Você é muito abusado em deixar sua avó fazendo meu trabalho. Eu não acho isso certo Pietro. – Eu me sento em sua cama depois que ele me deita nela.

Eu não acredito que ele fez isso e a dona Cecília, ficou rindo mais deixa depois vou ter uma conversinha com ela onde já se viu esses dois sei não em.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora