Capítulo:43

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Eu não acredito que o Cleiton é aquele mesmo garoto de anos atrás ele tá tão diferente, forte e malhado sem falar que está lindo não tem mais aquelas espinhas no rosto.

Eu fiquei muito feliz de saber que ele está bem, só fiquei triste quando ele falou que sua mãe faleceu pouco tempo depois do que aconteceu com ele.

Eu penso que nós dois de certa forma temos algo em comum, perdemos nossas mães ele por doença e no meu caso ela foi tirada de mim.

Eu agora estou aqui pensando enquanto termino o nosso almoço porque os amigos do Pietro estão vindo para almoçar já que eles vão embora a noite.

Eu espero que o plano que o Pietro planejo dê certo e os amigos dele consiga pegar aquele maldito porém não vou ficar de fora quero está a pá de tudo.

— Flor você precisa de ajuda? – Ele sorri.

— Se você quiser ajudar será bem vindo, pode cortar os tomates em rodelas finas. – Eu mexo o macarrão.

— Claro que posso minha flor. – Ele pega o tomate na água e lava na água corrente.

Eu observo ele e vejo que cada dia mais Pietro está aprendendo cada vez mais sem falar que ele leva jeito e aprende tudo muito rápido.

Eu fico admirada como ele aprende tudo que ensino e ao mesmo tempo vejo que ele está mais protetor do que nunca.

Eu notei que ele ficou de cara amarrada desde que o Cleiton falou que se fosse preciso eu sair do país ele me ajudava: e ele falou um não tão rápido que eu fiquei sem entender e seus amigos também. 

Eu me pergunto porque ele está me tratando na frente dos outros como se fosse o meu namorado é porque ele não falou que somos só amigos ainda? 

Eu ouço barulhos de motores e buzina chegaram os amigos dele.

— Chegou minha cambada. – Ele dá uma gargalhada.

— Só você mesmo Pietro para chamar seus amigos assim. – Eu tiro a panela do macarrão do fogo.

Eu fico na cozinha e ele vai receber seus convidados e fico terminando de fazer o almoço.

Eu estou focada em fazer minha coisas quando Pedro e Cleiton entram na cozinha que nem percebi.

— Se fosse um ladrão roubava tudo nessa casa e você nem percebia. – Ele sorri.

— Que susto Pedro você não sabe que não pode assustar as pessoas? – Eu levo a mão até meu peito.

— Perdão, gatinha não foi minha intenção. – Ele abraça ela.

— Olá, Ayla, como você está? – Ele abraça ela e lhe entrega uma sacola. 

— Oi Cleiton, estou bem e você? Obrigada pelo presente mas não precisava. – Eu abraço ele novamente.

— É só uma lembrancinha Ayla nada demais prometo que quando vi da próxima vez vou lhe trazer algo especial. – Ele dá um sorriso.

Eu abri o presente que ganhei e me deparo com uma linda pulseira, a coisa mais linda que já vi.

Eu fico emocionada ao ver que tem a primeira letra do meu nome pendurada nela e outras pedrinhas todas coloridas.

Eu sou grata por tanto carinho depois dos outros amigos do Pietro entrar e todos falam comigo o Joaquim pelo visto é o mais brincalhão do grupo. No entanto parece ser o mais protetor também.

Eu fico só na cozinha porque Pietro levou todos seus amigos para dar uma volta de cavalo até que Cleiton entrou nessa aventurar.

Eu termino o almoço e deixo já a mesa pronta e a lasanha no forno e vou tomar um banho já que tá calor hoje.

Eu segui direto pro banheiro do meu quarto ao entrar fecho a porta com chave e tiro minhas roupas e coloquei no cesto de roupa suja.

Eu lavo meu cabelo e por sinal está precisando de um corte tá caindo muito e já tem um bom tempo que ele não vê uma tesoura.

Eu terminei e acabo colocando um short que vai até o joelho e uma blusa de manga e dobro até o cotovelo.

Eu volto  para cozinha e vejo que a lasanha já está pronta. Pois retiro o forno da tomada e deixo a lasanha lá mesmo assim vai continuar quentinha até eles chegarem.

Eu pego a garrafa de água para tomar um pouco quando de repente sinto uma sensação estranha como se algo estivesse acontecendo.

Eu penso no Pietro e seus amigos e se essa sensação estiver relacionada a investigação que eles vão começar? 

Eu fico com aquela coisa estranha e tento me acalmar e não consigo parar de pensar no Pietro e acabo ligando para ele.

Eu não consigo falar com ela só dá fora de área porque logo agora que preciso falar com ele não consigo.

Eu procuro o número do Pedro e não tenho o Cleiton só espero que ele esteja com área até porque o número dele é de outra cidade.

Eu ando de um lado para o outro e quando está quase caindo ele atendeu.

— Oi, Ayla. Sua voz tá estranha o que aconteceu? – Ele percebe sua voz estranha.

— Olá, Cleiton, não aconteceu nada, só quero saber se vocês estão todos bem? – Eu me sento na porta da cozinha.

Eu ouvi a voz do Pietro do outro lado da linha logo ele está falando comigo todo preocupado.

— Minha flor aconteceu alguma coisa? Por que não ligou direto para mim? – Ele olha o celular e vê que está sem área e  xinga.

— Eu não consegui tá dando fora de área. – Eu respiro fundo, porém aquela sensação contínua.

— Ayla você não tá bem o que está acontecendo? Galera vamos voltar está acontecendo alguma coisa com minha flor. – Ele soube no cavalo para retornar para o casarão. 

— Não é nada, estou bem se cuida tenho que desligar. – Eu tomo um pouco mais de água.

Eu faço uma oração em silêncio para que nada de ruim aconteça com as pessoas que estão me ajudando.

Eu vou até a sala e ligo a tevê e fico assistindo o jornal da globo só passa tragédia e quando vou desligar algo me chama atenção.

Eu não acredito no que os meus olhos estão vendo só pode ser um pesadelo o Ramiro está dando uma entrevista o maldito está falando de mim.

Eu não acredito que ele está me acusando de ter roubado seu dinheiro sujo, como pode isso meu Deus? 

Eu não consegui evitar as lágrimas nesse momento, sei que nunca vou conseguir me livrar desse monstro.

Eu não sei o que fazer, só queria morrer e me livrar de todo esse pesadelo e sofrimento que vida de merda! Já estou exausta de tudo isso, desse mundo sem lei onde só os ricos podem tudo.

Eu odeio esse mundo, ou melhor odeio os seres humanos sem coração que habitam nele.

Eu sinto meu coração acelerado e dessa vez está mais rápido do que das outras vezes.

Eu grito o nome do Pietro várias e várias vezes chamo por ele você falou que iria me ajudar.

Eu grito tão alto que ouço minha voz fazer eco na sala meu desespero é tão grande que a única coisa que penso é na morte: de joelho no meio da sala me pergunto se não seria melhor acabar com tudo isso de uma vez. Assim acabaria toda essa angústia e sofrimento que carrego a anos….



O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora