Capítulo:38

1.1K 86 2
                                    

   
Eu me recrimino por ter colocado ela nessa situação por minha causa ela está passando mal e com certeza relembrando aquele passado doloroso.

Eu me despeço dos meus amigos e fiquei de conversar com eles amanhã às dez horas.

Eu volto para carro e seguir para casa do Pedro já que o Cleiton precisa voltar amanhã logo cedo para São Paulo.

Eu não falo nada nem ela seguimos o caminho calados e meia hora depois estaciono em frente a casa do meu amigo.

—  Chegamos, vamos entrar e esperar o Pedro. – Eu seguro sua mão e entramos.

Eu vou até a cozinha do Pedro e pego um copo com água para ela e ficamos ali sem falar nada.

Eu me sinto tão culpado por tudo que ela passou e reviveu hoje o Micael ficou sem entender a reação dela.

Eu não consegui proteger ela como tinha lhe prometido e se algum dia acontecer o mesmo que hoje?

Eu fico agoniado por dentro tento manter a calma para que ela não perceba.

Eu me sento ao seu lado no sofá e abraço ela fazendo carinho em seu braço.

— Já está tudo bem minha flor. – Eu beijo o topo de sua cabeça.

— Obrigada por me tirar de lá, Pietro. – Ela no impulso deita a cabeça na perna dele.

Eu faço cafuné nela e quando olho ela está dormindo fico ali com ela dormindo.

Eu a peguei com cuidado e levei para o quarto que ela ficou da outra vez e nesse momento percebo que ela está um pouco mais pesada do que da última vez que peguei em meus braços.

Eu abro a porta com cuidado para não acordar ela e muito menos deixá-la cair.

Após entrar coloco ela na cama com cuidado tirei suas sandálias e coloco no chão e fico ali admirando sua beleza.

— Não, não, não, eu não quero, me deixar em paz seus monstro. – Ela fica agitada.

— Calma, minha princesa, eu estou aqui com você e nada vai lhe acontecer. Durma tranquila que estou bem aqui ao seu lado. – Eu me deito ao seu lado.

Eu a puxo para os meus braços e faço carinho e aos poucos ela vai voltando a ficar tranquila.

Eu fico aliviado dela ter se acalmando, fico ali com ela e acabo pegando no sono também.

Eu acordo com alguém chamado e quando abri meus olhos vejo o Pedro nos encarando.

Eu olho para ela e a mesma continua dormindo e com cuidado sair da cama para não acordar ela.

— Ela está melhor? – Ele guarda o celular no bolso.

— Agora está sim ela estava agitada mas consegui tranquilizar ela. – Eu fecho a porta com cuidado.

— Que bom irmão não vai ser fácil para ela passar por isso sem uma ajuda profissional não cara. – Ele se senta ao lado do seu amigo.

Eu fiquei observando o Cleiton e o Pedro foi até a cozinha e ficamos sozinhos.

— Bom Cleiton, vou direto ao ponto só quero que antes de lhe contar toda a história você me prometa que essa história vai morrer aqui. Porque essa história envolve outra pessoa. – Eu vejo ele confuso.

— Eu prometo que o que for falando aqui morre aqui. – Ele fala sério.

— Que bom Cleiton. Você viu o que aconteceu hoje com a Ayla na festa tem tudo a ver com o que vou lhe falar. – Eu explico tudo para ele.

— Como pode aquele homem tão distinto ser um monstro, Pietro e eu que iria entrar de sócio dele na próxima semana. Muito obrigado por ter me avisado. Deus me livre de trabalhar com um homem desse porque na certa ele faz muitas coisas erradas por trás de suas empresas. – Ele fica chocado com tudo que ouviu.

— É por isso que quero sua ajuda Cleiton, quero colocar uma pessoa da minha confiança para ficar de olho nele e investiga esse maldito e colocá-lo na prisão. Você pode me ajudar com isso? Se você topar o Joaquim vai ficar à frente da investigação. E não se preocupe que sua empresa não vai sofrer nada. – Eu já tenho todo o plano em mente. 

Eu fico aliviado dele ter concordado comigo o primeiro passo já está dando certo agora só falta conversar com meus amigos amanhã e se de tudo certo na próxima semana estaremos embarcando para São Paulo.

Eu expliquei tudo ao Cleiton que entendeu tudo  e vai me ajudar, fiquei grato a ele por essa força.

Eu vejo a hora e já são quase nove da noite e ela ainda não acordou fico a todo segundo olhando para ver se a vejo vindo e nada.

— Você deveria ir ver se ela está bem porque se não acabar ficando com dor no pescoço. – Ele dá um sorriso.

— É você tem razão, vou lá ver se ela acordou. – Eu me levanto e deixo eles na sala.

Eu segui até o quarto e abro a porta com cuidado e ela continua dormindo. 

Eu me sento na beira da cama e fico ali velando seu sono fico pensando comigo como ela conseguiu aguentar por tanto tempo as maldade daquele maldito.

Eu sei o quanto essa mulher é guerreira só pelo fato dela ser forte para suportar tudo o que passou durante todos esses anos.

Eu me levanto para sair quando sinto que ela segura a minha mão e me sento na cama novamente.

— Que hora é Pietro? A minha cabeça tá doendo. – Ela continua com os olhos fechados.

— Eu acho que tenho o remédio que você toma lá no carro, vou dar uma olhada e já volto. – Eu deposito um beijo na sua mão e sair.

Eu ando rápido e quando chego na sala Pedro fica me olhando ele me pergunta o que aconteceu falo que respondo na volta.

Eu chego no carro e procurei pela caixa do remédio e quando estou desistindo encontro agradeço a Deus por ela estar ali.

Eu volto e vou direto para cozinha e o Pedro me segue até lá.

— Está tudo bem ? – Ele observa a caixa na mão do amigo.

— A minha flor acordou com dor de cabeça. – Eu pego a garrafinha de água na geladeira.

— Vou preparar algo para nós jantar e vocês dormem aqui hoje já tá tarde para sair essa hora lugar pra dormir tem. – Ele pega algumas coisas no armário.

— Obrigado amigo. Eu vou falar com a minha flor. – Eu segui de volta para o quarto onde ela está.

Eu já saí mais tarde por esse caminho e nada me aconteceu graças a meu Deus ele sempre me protegeu.

No entanto, hoje estou acompanhando por ela e acho melhor ela descansar por aqui até porque não quero deixar ela só amanhã.

Eu vou precisar sair cedinho de casa e se já estiver na cidade melhor ainda.

— Posso acender a luz meu bem? – Eu espero sua resposta.

— Pode sim. – Ela se senta na cama.

— Aqui tome logo você vai tá bem daqui a pouco.  O Pedro acha melhor a gente passar a noite por aqui mesmo. Eu falei que ia conversar com você antes. – Eu entrego a garrafinha com água a ela.

— Você quem sabe Pietro, só não quero ficar sozinha. – Ela toma o remédio.

— Não se preocupe, estarei ao seu lado, se for preciso ficarei a noite toda acordado. – Eu acabo rindo.

— Você é um amor, eu nem sei como agradecer por tudo que você está fazendo por mim. – Ela tampa a garrafinha de água.

— Só de ver você bem já fico feliz minha linda. Eu já conversei com o Cleiton e expliquei tudo para ele e o mesmo ficou de nos ajudar. – Eu explico tudo para ela.

Eu mesmo quero colocar as mãos naquele diabo em forma de gente e ele vai se arrepender do dia que encostou no fio de cabelo da minha amada.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora