Capítulo: 16

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Eu acho que estou indo pelo caminho certo pode levar algum tempo para que ela confie totalmente em mim.

Eu entendo esse medo da Ayla porque não é fácil passar pelo que ela passou durante anos nas mãos daqueles malditos.

Essa menina pelo jeito dela agir comeu o pão que o diabo amassou mas deixa que vou pedir para meus amigos da polícia investigar só preciso descobrir um pouco mais de detalhes.

Eu acho graça o jeito que ela fica olhando minhas fotos mas olhando bem ela tem razão bem que poderia ter com nada uma com sorriso né.

— Hora de tomar o remédio moça. – Eu lhe entrego o copo com água e o medicamento.

— Você não deixa passar uma em. Esse remédio me deixa com sono. – Ela toma mesmo sem querer.

— É por seu bem mocinha e não seja uma criança birrenta. – Eu acabo rindo.

— Tá certo papai o senhor quem manda e eu como uma boa filha vou obedecer. – Ela leva a mão à boca para segurar a vontade de rir.

— Ayla, você é uma comédia viu já me fez rir tanto hoje que nem em toda a minha vida  conseguir sorrir como hoje. – Eu me levanto para ir fazer algo para o nosso almoço. 

Eu ligo a televisão e entrego o controle para ela que ficou ali depois que ficamos batendo de cara um com o outro e no final ela acabou aceitando. Porque falei que se ela não me obedecer iria levá-la para o hospital.

Eu joguei verde e colhi madura porque pela reação dela sei que ela não gosta de hospital até posso imaginar o motivo.

Eu desço e vejo o que vou fazer para o almoço, não vou fazer nada difícil porque corro o risco de queimar tudo.

Eu coloco água no fogo para ferver vou fazer um macarrão com molho branco vai ser ótimo.

Vejo que tem carne que sobrou de ontem então pego coloco no forno para esquentar esse pernil que ela fez ficou divino.

Assim que a água ferveu coloquei o macarrão e bem na hora meu celular começou a tocar.

Eu não atendi depois retorno a ligação para aquele moleque.

Na certa tá querendo alguma coisa porque o Micael só me liga para pedir algum favor ou para me chamar pra sair.

Por isso coloquei um toque específico para as chamadas e as mensagens dele.

Eu deixo o forno baixo para não queimar, mexo o macarrão e vou ver o que ele que a essa hora.

— O que você quer a essa hora claro amigo? Eu estou ocupado e você perturbado. – Eu me sento e fico rindo.

— Você está ocupado, sei. Bom, como hoje é sexta que tal nós sair para pegar umas minas? – Ele guarda a chave no bolso.

— Não estou afim e mesmo se quisesse não poderia, já tenho compromisso esse final de semana. – Eu pego uma uva e levo a boca.

Eu não vou sair e deixar a Ayla doente aqui sozinha mais não mesmo.

— Poxa amigo faz tempo que nós não curtimos um final de semana. Você está parecendo um homem casado irmão. – Ele dá uma gargalhada.

— Pare de falar besteira Micael, só não posso sair, deixe para próxima. – Eu jamais deixarei ela aqui doente sozinha para ir pra balada jamais faria isso.

Eu ainda tenho um coração batendo no peito e não sou desumano deixar uma pessoa doente que pode passar mal a qualquer momento nunca se sabe.

Eu esqueço e encerro a ligação falo que preciso cuidar de algumas papeladas assim não preciso falar o motivo de não sair com ele.

Eu escorro o macarrão e deixo em cima da pia, e comecei a fazer o molho.

Eu só espero que ela goste da minha comida não é boa quanto a dela, porém dá para comer melhor que ficar com fome.

Às onze já está pronto e vou ver como ela está e se precisar de alguma coisa.

Eu bato na porta para não deixar  ela sem graças se estiver acordada porém ela não respondeu então entrei e vejo que ela está dormindo.

Eu não sei se acordo ela ou deixo dormindo mas um pouco afinal ela quase não dormiu durante a noite.

Eu vou até o guarda-roupa pegar uma muda de roupa e vou tomar um banho depois que sair acordo ela.

Após tomar meu banho tranquilo quando volto para o quarto ela já não está mais ali dormindo.

Onde ela foi? Com certeza quando acordou ouviu o barulho da água e foi para o quarto dela o melhor deve está fazendo alguma coisa.

Eu tenho certeza disso, aposto minha fazenda como ela está arrumando  algum canto da casa.

Eu desço com cuidado procurando ela e não a vejo na sala, olho na cozinha também não está. Onde ela se meteu?

Eu vou até seu quarto e nada dela, vou ver na área de serviço e lá está ela colocando roupa na máquina.

— O que você está fazendo Ayla? – Eu não acredito que ela mesmo estando doente vai trabalhar.

Pois nunca pensei que existisse uma pessoa mais teimosa que eu achava que era o único e agora descubro que ela é ainda mais. 

— Já estou acostumada a trabalhar doente, seu Pietro. Não é a primeira vez nem a única. – Ela coloca o amaciante na gaveta da máquina.

— Mas aqui não, senhorita. Eu nunca permiti que as pessoas que trabalham para mim venham trabalhar doente. E você não vai ser a primeira você escolhe sair daí agora e volta para cama ou eu mesmo pego você e levo. Qual vai ser? – Eu cruzo os braços.

— Você não faria isso. – Ela desafia ele.

— Vamos Ayla você tem cinco segundos. – Eu não sei o que fazer com essa teimosa.

Eu tenho vontade de pegá-la jogar no ombro e lhe dar umas boas palmadas na bunda.

— Eu já sou  maior de idade  e outra já estou bem melhor Dr. – Ela liga a máquina.

— Eu avisei você não me obedeceu agora não reclame. – Eu pego ela e jogo no ombro.

Eu a pego e jogo no ombro sem nenhuma dificuldade e acerto uma palmada de leve na sua perna.

Claro que não foi com força, foi só de leve porque mulher nenhuma deve apanhar nem ser maltratada. Elas devem ser cuidadas com amor e carinho.

Eu acabo rindo baixinho com ela tentando descer ela se debate querendo se livrar dos meus braços.

— Você é muito teimosa Ayla, falei para que ficasse na cama repousando mas você é desobediente. Você é mais teimosa que uma criança mulher. –  Eu coloco ela sentada sobre a mesa e fiquei  encarando ela.

O nossos olhares parecem conectados ficamos alguns segundos até que ela quebra o contato.

Eu ajudo ela descer e sentar na cadeira já que está aqui vamos almoçar.

Eu coloco tudo em cima da mesa, pego seu prato e lhe sirvo e não vou deixar ela sair dessa mesa sem comer.  

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora