Capítulo:49

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Eu fiquei de boca aberta como que o Pietro foi falar que estamos namorando pra vó dele? 

Eu sei que foi sem querer porque foi tão espontâneo que nem tem como reclamar com ele.

Eu estava com tanto medo, porém estava enganada sua avó ficou super feliz com nosso namoro e o melhor foi que ela falou se ele aprontasse algo falasse para ela.

Pois ela iria dar uma surra nele e o que me deixou chocada ou melhor a nós foi quando ela falou que tá namorando.

Eu fiquei besta, foi a cara de ciúmes do Pietro, até porque a vó dele nem parece ter sessenta anos.

Depois do almoço ele foi pro escritório dele e fiquei com dona Cecília na cozinha ela fez questão de me ajudar mesmo falando que não precisava.

— Querida vamos dá uma volta no arredores da fazenda, quero um pouco de ar fresco. – Ela sorri.

Eu não sei o que responder para ela porque nunca sair de dentro dessa casa.

— Eu acho melhor você ir só não quero atrapalhar e ainda tenho muito o que fazer. – Eu cocei atrás da nuca.

Eu comecei a ficar nervosa só de pensar que tem vários homens lá fora me deixando apavorada.

— Querida, você está bem? – Ela toca seu braço.

— Eu estou bem sim dona Cecília não se preocupe. – Eu pego o copo com água que ela me deu.

Eu me controlo para ela não perceber nada, porém percebo que ela me observando o tempo todo será que psicólogo tem sexto sentido? 

— Você pode até falar que tá querida. Mas o que me parece é que você tem medo do mundo lá fora. Ayla só chamei você para dar uma volta na fazenda e você parece que ligou um modo de se proteger. Lá não tem nada demais só os homens trabalhando. – Ela sente que algo está errado.

Eu não consegui reagir e acabei  saindo deixando ela só e quando estou chegando na porta do meu quarto parei.

Eu não posso me comportar assim com ela, afinal ela tá sendo tão simpática comigo me tratou tão bem e não tá certo esse meu comportamento para com ela.

— Dona Cecília me perdoe pelo meu comportamento é que na verdade eu não…. – Eu ando de um lado para o outro nervosa.

Eu não sei por onde começar a falar porque sei que preciso dar o primeiro passo e já sabia que iria ser difícil.

— O que está acontecendo aqui? Amor, o que aconteceu? – Ele abraça ela tentando acalmá-la.

— Filho nós estávamos conversando numa boa e quando chamei ela para irmos dar uma volta nos arredores da fazenda ela ficou estranha. – Ela fica olhando os dois abraçados.

— Vó me deixar conversar com ela um pouco daqui a pouco nos encontramos com a senhora e explicamos tudo à senhora. – Ele pisca para ela.

Eu fico a sós com ele e me sinto segura, preciso perder esse medo porque como vou conseguir enfrentar aquele homem se sempre fico apavorada.

— Amor você precisa perder esse medo e o melhor jeito é começar andando pela fazenda. Mas você não vai está só estarei com você e a vovó também. – Ele faz carinho em sua mão enquanto fala.

— Eu sei Pietro só que entro em pânico sei lá o que acontece comigo. – Eu deito a cabeça no seu ombro.

— Podemos falar a verdade para a vovó? Assim você pode começar suas consultas com ela. – Ele a beija.

Eu fico pensando, ele está certo o quanto antes começar esse tratamento vai ser melhor para mim. 

Eu só espero que depois que ela souber do meu passado não fique contra o meu namoro com o neto dela.

— Está bem Pietro, você pode falar porque não vou conseguir. – Eu abraço ele forte.

— Estarei com você meu amor, não tenha medo. – Eles seguem para sala de mãos dadas.

Eu me sentei ao seu lado e a todo momento ele segura a minha mão e não solta por nenhum segundo.

— Vocês querem me explicar o que está acontecendo aqui? Por que sei que há algo muito errado por trás de sua reação Ayla. – Ela espera a resposta.

— Vovó vou lhe explicar tudo desde o começo assim a senhora vai entender tudo. Eu peço que a senhora me ouça se fala nada. – Ele começa a falar tudo o que aconteceu com sua amada.

Eu fico ouvindo toda aquela história novamente e fico me segurando para não sair correndo e não sei o que a dona Cecília está pensando.

Eu olho para ela e no mesmo momento abaixei a cabeça com vergonha e meus demônio falam que ela não vai me aceitar.

Eu fico com aquelas vozes falando  pra sair correndo dali porque ela não vai querer uma mulher com o meu passado  para o seu neto.

— E essa é toda a história vovó. – Ele faz carinho na mão dela que está fria.

— Eu não acredito que esse, filha da puta fez toda essa merda e tá por aí pagando de bom homem. Eu juro que se ficar de frente com filho de uma chocadeira juro que arranco as bolas dele aí quero ver se ele ainda vai dá um de macho alfa. Desgraçado maldito! – Ela xinga ele de todos os tipos de nomes e palavrões.

Eu fico pasma com o que ela fala, Jesus nunca imaginou  que uma senhora como ela poderia falar tantos palavrões e nomes feio.

Pois tanto eu como o Pietro não esperava essa reação dela pensei que ela não iria me apoiar porém com essa reação dela, mostrou o contrário.

— Cecília, onde está a minha vó? Porque nunca ouvi a senhora falando palavrões nem xingado como agora vovó. – Ele fica abismado.

— Eu só xingo quem não merece meu respeito Pietro porque quando odeio alguém saia de baixo. – Ela vai até a Ayla e lhe dá um abraço.

— Você pode contar comigo minha querida vou lhe ajudar a superar o que lhe aconteceu não vai ser fácil: porque o que você passou não foi fácil e não vai ficar 100% no entanto vai conseguir seguir a vida com mais tranquilidade. – Ambas se abraçam chorando.

Eu estou feliz, a dona Cecília, está  parecendo uma mãe defendendo seu filho com unhas e dentes.

Os dias com ela está me fazendo bem e com sua ajuda e do Pietro conseguir dá uma volta no arredores da fazenda: não é grande coisa porém já é um avanço chegar até o estábulo.

Eu desde o dia que contei minha história para ela ou melhor o Pietro contou a mesma já marcou para o dia seguinte uma consulta: segundo ela vamos ter consulta três vezes por semana desde então tem sido assim.




O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora