Capítulo:21

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Eu acordo no dia seguinte com alguém me chamando e me assusto quando acerto a minha cabeça no nariz do Pietro: não tive culpa porque ele não deveria ter entrado no meu quarto e me acordar do jeito que ele fez.

Poxa não precisava dele ficar tão próximo a mim não tinha necessidade caramba!

— Poxa Pietro, porque você entrou no meu quarto assim? Agora tá aí com nariz sangrando. – Eu fico nervosa e ao ver o sangue e o aparelho começa a disparar.

— Eu vi porque você não acordou para ir tirar o aparelho e já está quase na hora. – Ele vai até o banheiro.

Eu não acredito que acabei machucando o Pietro mas não tive culpa ele quem veio no meu quarto.

Eu me sento e respiro fundo tentando manter a calma. Essas coisas só acontecem comigo mesmo.

— Você tá bem? Me desculpa só me assustei porque não sabia que era você. – Eu fico me sentindo culpada porque ninguém nunca se preocupou comigo antes.

— Já passei por coisas piores, Ayla essa cabeçada não foi nada, pode acreditar. – Ele sorri.

— Me desculpa Pietro, estou me sentindo culpada. – Eu abaixo a cabeça.

— Eu quem deveria está lhe pedindo perdão por ter entrado no seu quarto sem sua permissão. Vamos esquecer isso, vou lá em cima trocar minha camisa enquanto você se arruma. – Ele sai deixando ela a sós.

Eu escovo meus dentes, em seguida faço um rabo de cavalo e faço uma maquiagem porque Deus me livre estou parecendo uma morta viva.

Eu termino e quando estou pronta vou para sala onde ele já está à minha espera.

— Vamos moça, já estamos atrasados. – Ele pega os capacetes.

— Nós vamos de moto? – Eu fico tensa.

— Sim, Ayla se fomos de carro vamos nos atrasar ainda mais e a moto é mais rápida. Eu prometo que não vai acontecer nada com sua pessoa. E outra é capaz de nós dois  levar uma bronca do Dr, porque ele não gosta de atraso. – Ele sorri.

Eu mesmo morrendo de medo segui ele sem falar mais nada até porque quero tirar esse aparelho logo. Porque é muito chata.

Ele antes de subir na moto coloca o capacete em mim e depois o dele e sobe na moto.

— Não tenha medo Ayla. – Ele da partida.

Eu me segurando firme e seguimos o caminho todo calados, nenhum de nós dois falamos nada.

Chegamos na clínica e quando entro falo com a moça da recepção que vi tira o aparelho.

Enquanto ela procura minha fixa o Pietro está de pé ao meu lado depois de ficar alguns minutos a mesma nos manda aguardar.

Algumas pessoas ali ficam nos olhando e isso me deixa envergonhada:Porque tenho certeza que elas estão achando que sou namorada do seu Pietro.

Eu fecho meus olhos e penso comigo mesmo você não precisa ficar tensa ou se preocupar com o que as pessoas pensam. 

Afinal você sabe que não tem nada com ele e as pessoas podem pensar e falar o que quiserem porque a mente é deles.

— Ayla, Ayla vamos. – Ele chama ela, porém ela não ouve.

Eu sinto uma mão no meu ombro e tomo um susto.

— Desculpe, chamei você e parece que a senhorita estava viajando. Vamos a sua senha já foi chamada. – Ele fica de pé.

— Eu estava distraída. Obrigada Pietro por cuidar e se preocupar comigo quando não tem obrigação nenhuma comigo. – Eu dou um sorriso e segui do seu lado.

Eu entro na sala do Dr, e quando ele nos ver abre um sorriso nos complementando a nós dois.

Ele tira o aparelho e fica olhando e depois ele entrega a enfermeira e manda que eu me sente ao lado do Pietro.

Eu fico na minha não falo nada só fico observando o Dr, Luiz fazendo algumas anotações.

Eu percebo o olhar do Pietro em cima de mim e me lembro o que ele falou na noite anterior.

Porém me faço de desentendida e fico quieta no meu canto e quando penso que ele vai ficar calado me engano.

— Ayla, você não tem nada para falar com o Dr Luiz não? – Ele fica encarando ela.

— Eu não, por quê? – Eu começo a balançar minha  perna direita de tão nervosa.

— Ayla não seja infantil porque você não é. No entanto se você que se passar por uma tudo bem falo eu com o Dr. É o seguinte Dr Luiz, essa criança aqui ela tem dificuldade de dormir a mesma me confessou ontem que não conseguir dormir direito o máximo que consegue é quatro horas e quando consegue. – Ele explica tudo para ele que fica só observando os dois.

Eu não acredito que ele teve coragem de falar para o Dr, e eu pensei que ele estava brincando quando falou que se eu não falasse ele mesmo iria falar por mim. 

Eu fico quieta enquanto ele fala e o médico fica me encarando percebo que ele tem um sorriso no rosto porém desfaça.

Eu queria sair daqui correndo, no entanto se fizer isso ele vai me segurar então melhor ficar quieta.

Assim que ele termina de explicar tudo o médico pergunta a quanto tempo que tenho problema para dormir.

Eu explico por cima porque não quero ter que entrar em detalhes do meu passado porque na verdade desde aquele maldito dia não consigo dormir direito.

Toda vez que fecho meus olhos vejo aquela cena dos meus pais e isso não consigo esquecer.

— Eu vou receitar um remédio para você tomar antes de dormir. – Ele explica tudo a ela e lhe entrega a receita.

— Obrigada, Dr Luiz. – Eu respiro e penso comigo mesmo, será que vai dar certo? 

Eu vou pegar a receita, porém o chefe é mais rápido e pega antes de mim.

O Dr, ficou de avisar se o exame ficar pronto antes do prazo depois que saímos da sala seguimos direto para fora.

Sinto o ar fresco no rosto me faz ter a sensação de conforto e ao mesmo tempo de liberdade.

— Estou vendo que você tem problema de ficar em lugar fechado né Ayla. Parece que você estava numa prisão. – Ele observa cada detalhe nela.

— Você é muito observado  delegado Pietro. Eu estou livre agora. Mudando de assunto podemos ir na pensão do Micael quero tomar café e ver dona Carmem. – Eu quero fugir das perguntas dele.

— Está bem, vamos. – Ele nota que ela está fugindo da conversa.

Eu fico aliviada e seguimos de moto para a pensão e ao chegar tem vários homens ali conversando e tomando café.

Eu fico em alerta e pensando que algum deles podem ser mandado pelo maldito do Ramiro. 

Eu não sei vai que aquele maldito mandou alguém para me procurar aqui nessa cidade também não duvido nada.

E outra que nunca vi essas pessoas aqui deve ser só um grupo de turista só isso Ayla penso comigo mesmo.

— Tá tudo bem Ayla? – Ele vê ela tensa.

— Estou sim só vou falar com dona Carmem e vamos embora. – Eu vou na direção da cozinha.

Eu chego na porta da cozinha e bato e quando ela me ver sorrir vou até ela e lhe abraço, fico poucos minutos ali e vou embora.

Eu chamo seu Pietro para ir embora porque não quero ficar ali nenhum minuto a mais.

O Pietro achou estranho, porém não falou nem perguntou nada, eu fiquei grata por ele ter entendido.

O fazendeiro delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora