Cap.48 - Paróquia/ Festa popular (Parte II)

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Nem Laila acredita que isso pode estar acontecendo... Agora resta saber, como ela vai aceitar. (se é que vai...)

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Mas, não... Não faz sentido algum... Ele... Eu... Depois do que fez... E se desencoraja a seguir tal linha de pensamento. Racionalmente, não fazia sentido algum mesmo.

— Tá tudo bem, Alteza? — Matheo indaga, ao perceber que ela parecia "distante" e ainda corava sem razão aparente.

— Claro, claro... — e "desperta do lapso".

— Gostaria de comer algo ou talvez, um refresco...?

— Seria... bom...

— Permita-me acompanhá-la. — e ajeita o braço para ela, todo cavalheiro.

E lá foram, a perambular pela festa.

Laila ainda sofria poucas abordagens, mas os que se atreviam a se aproximar dela, o faziam com a máxima cautela. Primeiro pela figura inibidora a seu lado, depois por estar participando oficialmente do evento, graciosamente identificada pela coroa.

— À propósito, obrigada. — ela agradece olhando nos olhos de Matheo.

Ele só devolve um sorriso entorpecido por ela. Nem precisava dizer mais nada.

Custava a acreditar que havia conseguido criar mais uma oportunidade de estar com ela sem barreiras ou empecilhos.

Outro que estava sem o queixo era Herbert.

Não é que ele conseguiu? Pensava...

Bem... Que nós conseguimos...? E imediatamente corrige o pensamento, pois sabia o quanto tinha o dedo dele naquele "feito histórico".

Elisa ainda não os tinha visto juntos. Quando, acidentalmente, olhou para o lado, avistou Laila próxima a uma barraca de bebidas. Assim que apertou o passo para saudá-la com o sorriso rasgado, no mesmo segundo recuou, como se tivesse dado de cara com uma assombração.

Foi chegando perto, arredia, a feição desfigurada, ainda incrédula com o que seus olhos testemunhavam.

Laila ria para Elisa, acompanhada de Matheo, do jeito dele, sutil, mas sorrindo.

— Sua Alteza... Senhor...

— Oi, Lis!

— Boa noite, Elisa.

— A senhorita... acabou por continuar... na festa? — e engoliu seco, agoniada com aquela "muralha" a encará-la, e abismada por estarem "juntos", parecendo sem ressentimento algum.

— Sim! — Laila responde, animada. — Bem... Por mais algum tempo, pelo menos... Logo mais, preciso retornar...

— Só se quiser. — e emenda a figura altiva a seu lado, fazendo com que a dama desviasse o olhar assustado para ele.

Laila o encarou.

— Habitualmente não posso me estender muito. A não ser que...

— A não ser que eu tenha negociado uma boa condição pra que fique aqui, até a hora que quiser. Desde que seja comigo, é lógico...

E mais um queixo derrubado se apresentava ali, naquela noite, com Elisa petrificada, sem conseguir mover um músculo sequer com o que testemunhava.

— Bem... Se valer a pena, não é? Quem sabe...? — Laila provoca, encolhendo os ombros.

— Se depender de mim... vai valer cada segundo. — Matheo rebate, sem nenhuma censura. — Gostaria de mais uma bebida, Alteza?

E Laila, outra vez, se pega olhando para ele, embasbacada.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora