Ousado, no mínimo, esse príncipe Orlando. Mas essa é a realidade nua e crua. Quer Matheo queira aceitar, quer não...
❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎
Não sendo suficiente...
— Como é linda aquela menina... Acho que a mulher mais bonita que já conheci. — o príncipe se derrete, virando os olhos, esfregando a língua nos lábios, o que faz Matheo contar até mil para não quebrar o pescoço do infeliz.
— Olha... Preciso estar vivo pra conhecer o sortudo que Fernan irá entregar a mão da filha. — e Matheo se controla, já menos desconfortável. — Queria que meu irmão se candidatasse, mas o coitado não tem a menor chance. Além de ser feio que dá dó. — outro comentário que faz Matheo expirar um sorriso, virando a cabeça para o lado, à disfarçar a indignação com o nobre mais escrachado que já conheceu.
— Quero ser convidado pro casamento, só pra apertar a mão desse felizardo. — Orlando complementa, debochado.
— Lembrarei de advertir Fernan sobre este... desejo, alteza. — Matheo devolve, certo de que o príncipe já estava tendo sua vontade atendida.
— Por favor... Me dê este prazer. — Orlando pede.
— Certamente... Mais alguma coisa?
— Não, obrigado.
— Com licença. — e Matheo troca um aperto de mão com o homem, já deixando a sala ainda surpreso com a postura de Orlando.
Ficou bem perturbado com o que escutou sobre Laila. Era um fato que toda a realeza já a conhecia e a seus atributos. Não havia mesmo como esconder aquela beleza descomunal. Só ficar dia e noite a guardá-la, até tê-la exclusivamente e oficialmente para si, pelo resto da vida.
Mal podia esperar por isso. Ficou ainda mais ansioso por esse dia, que parecia não chegar nunca.
— Herbert?! — e Matheo acha o amigo na dependência da guarda. — Vou voltar.
— Como?
— Quero ir agora.
— Acalme-se, por favor...! Nem acabamos aqui. E tá tarde já...
— Assume aí. Eu volto sozinho.
Herbert o estranhou... Parecia nervoso, mas não conseguia entender o porquê.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não. Nada. Só acho que não preciso ficar.
— Não pode esperar até amanhã?
Matheo o encarou com o típico olhar de poucos amigos.
— Lógico que não. — Herbert responde a sua própria pergunta, esticando os lábios. — Vá, então. Deixa que eu seguro as pontas por aqui.
— Já acertei a recompensa com Orlando. Cinco mil moedas...
— Cinco mil?! De ouro??! — Herbert estava surpreso. — Nem sei como vamos carregar. — comenta, mas nem se preocupando com aquele "problema".
— É só ir buscar e sair fora quando quiser. Mas evite o velho a todo custo.
— Pode deixar...! — e se despediram com um aperto de mão. — Boa viagem.
Matheo pegou a estrada, não antes de passar pela Hospedaria para comer o que estava pronto para o jantar.
Como viajava sem companhia, aproveitou para pensar na vida, lembrando dos flashes da conversa com Orlando. Com certeza, o nobre mais desregrado que conheceu.
Em se casando com Laila, pelo menos sabia que não seria dele o título de príncipe mais escrachado. Sendo o posto de liderança já ocupado com honras e considerável folga por Orlando.
Riu sozinho por umas boas léguas ao se lembrar do diálogo com o príncipe, apesar dos comentários sobre "sua mulher".
Era bem consciente que aquele tipo de comportamento deveria ser uma regra entre os nobres que tinham contato com a Família de LaViera. Só não havia conhecido ainda, alguém com a coragem para falar com todas as letras.
Viajou por toda a noite e dia, chegando na virada de domingo para segunda-feira em LaViera.
VOCÊ ESTÁ LENDO
(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...