Cap.78 - Operação Casamento (Parte I)

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Será que agora vai?! Vamos descobrir... ;-)

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(sexta - quarta-feira)

Laila estava em seu quarto, com a dama de companhia, quando...

— Lis... Você terá de me ajudar em uma missão bastante difícil...

— Ai, minha ama, o que foi agora?

— Talvez a mais complicada de nossas vidas.

— Nossa!! Assim Sua Alteza me põe apavorada.

— Não fique. É algo de muita importância pra mim... Certamente, o acontecimento mais importante de minha vida.

— Meu Senhor... E o que seria, além de tudo...?

— Vou me casar...

— Disso eu sei. Daqui há dois meses com aquele... homem...

— Não fale assim, Lis!! Sabe que gosto dele.

— Mas, ama, não consigo acreditar que vai se casar com aquele... Com esse senhor que fez tão mal a sua Alteza.

— Isso é passado, está bem? Eu gosto muito dele e ele de mim... Por demais até...

— Isso eu tenho que concordar. Nunca vi alguém amar outra pessoa como o senhor Matheo ama Sua Alteza. — e encarava Laila com seu típico semblante romântico.

— E... por esse motivo, Elisa, quero realizar nosso sonho de nos casarmos de forma simples.

— Mas isso é impossível! A Rainha jamais concordaria. — a dama a interrompeu, com a opinião que era um consenso.

— Eu sei. Minha mãe faz realmente questão daquela festa esplendorosa. Mas, na essência, queríamos algo que tivesse mais a ver com a gente...

— E o que Sua Alteza está tramando aí...? — Elisa pergunta, desconfiada.

— Lis, resolvi que me casarei com Matheo em alguns dias!

— Nããão!!! Como assim???!!!

— Falei com Padre Alberto e ele fará a cerimônia dos nossos sonhos.

— Ai, ama... Que coisa mais linda. — emocionou-se, dando um beijo na mão de Laila.

— Estou muito feliz também. Mas isso tem que ser um segredo só nosso. Minha mãe jamais poderá saber disso.

— Claro, Alteza. Esteja certa que não comentarei com ninguém.

— E tem mais uma coisa... — Laila abriu um sorriso largo para Elisa. — Quero que você seja a minha madrinha nessa cerimônia!

E a dama travou no ato. Ficou tão emocionada que levou segundos para reagir ao convite inimaginável.

— Minha ama... Não acredito que está me convidando pra ser sua madrinha. Pelos Céus! Que alegria... — e abraçou Laila, comovida, chorando sem parar.

— Pra mim será um enorme prazer, Lis. Você, mais do que ninguém, participou de todo o meu... nem tão usual relacionamento com Matheo. Até imaginei ter alguma outra amiga, mas decidi que será só você mesmo.

— Minha ama... Que honra.

— Mas temos um desafio grande pela frente... Que é arrumar uma boa desculpa pra convencer minha mãe, enquanto estivermos ausentes daqui, no dia.

— Nossa... — e respirou fundo. — Não faço ideia do que possa ser...

— De qualquer forma, tem que ser em poucos dias, Lis. Por isso, preciso de você mais que nunca a ajudar-me com esta missão. — e apertou firme as mãos da dama entre as suas, em retribuição ao que Elisa sempre fez por ela.

**********

Dia seguinte, um sábado, Matheo foi procurar pela noiva em seu quarto, utilizando a porta externa da varanda, como de hábito.

Laila mal tinha se levantado da cama.

Chegando, deu dois toquinhos no vidro da porta, que a fez abrir, surpresa com a visita inesperada.

— Bom dia, mulher da minha vida! — e já se pôs a agarrá-la intensamente, abraçando sua noiva até tirar os pés dela do chão, como de hábito.

— Bom dia pra você também, meu amor...

Matheo deu um beijo de cessar o fôlego nela.

— Não me lembrava de ter me chamado de "seu amor" assim, com tanta vontade... — e a agarrou outra vez.

Laila ficou olhando para ele, desentendida.

— Ocasiões não faltarão...

— Tenho certeza disso. — e a contemplou com o sorriso só dela. — Herbert achou o lugar...

— Não acredito!— estava perplexa com a rapidez que Matheo cumprira sua parte na missão. Havia incumbido o noivo no meio da tarde do dia anterior.

Ele relatou os detalhes da propriedade que locaria por um dia. Parecia realmente perfeita para a ocasião.

— Vou reservar pra daqui três dias.

— Não!! — Laila voltou a ficar apavorada.

— Não me venha com enrolações...

— Não estou te enrolando. Preciso de um vestido. Além disso, tem minha mãe.

— Minha parte, eu fiz. Essa é sua. Casamos em três dias.

— Pare com isso, Matheo!! Sabe que preciso armar todo um esquema... convincente... pra sair daqui por um dia. E você não se casa sozinho. Lembre-se disso!

— Isso é verdade. Mas espero só mais uma semana. Depois disso... Não respondo por mim...

— Estou feita mesmo. Você de um lado e minha mãe do outro, numa queda de braço pra ver quem é o campeão da impertinência.

— Não gosto de te ver sofrendo assim. — e fez um carinho nela. — Mas não estendo o prazo. Uma semana e você... é... minha...! — intransigente, agarrando-a com a fúria de quem estava prestes a explodir.

— Vá agora! Por favor! Elisa pode chegar...

— Não me preocupo com ela.

— Matheo, é arriscado ficar aqui. A porta não está nem trancada. Qualquer um pode entrar.

— Eu vou. Mas volto logo mais.

— O que eu faço com você, não?!

— Te vejo no almoço. Em nossas versões comportadas. — e deu um beijo de despedida na noiva, no habitual descontrole.

Laila, depois de conseguir à duras penas colocar o noivo para fora, terminou de se arrumar e desceu para o café-da-manhã.

Quando estava sozinha com Elisa, no Grande Salão, se pôs a relatar onde seria a cerimônia.

A dama, eufórica, parecia ser a noiva, prestes a subir no altar.

— Agora, Lis... Só falta a nossa parte. — sussurrando bem baixinho para preservar o segredo. — Preciso que me ajude a encontrar um vestido branco. Pode ser um bem simples, até usado. Não tem problema. O véu... Alguns acessórios de noiva... E o mais difícil... A desculpa pra nos ausentarmos por um dia daqui. — e deu algumas moedas de ouro para a dama providenciar a vestimenta e tudo o mais que achasse necessário.

— Alteza, todo o resto, pode deixar comigo. Mas a desculpa... Estou angustiada... Não faço ideia do que possa ser. Prometo pensar em opções. Mas é muito difícil. Ainda mais, em se tratando de vossa mãe.

— Eu bem sei, Elisa. De qualquer forma, conto com você. Vou levantar também algumas possibilidades e falamos no final do dia, pra colocar as ideias juntas. Quem sabe a gente consiga algo...

— Combinado! 

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Por favor comentem alguma coisa sobre o livro... Qualquer coisa... A história já está acabando e tem gente que não me contou nadinha do que achou... ;-) Obrigada! 

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora