Cap.56 - "La Cita de Los Artesanos" (Parte I)

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Amores,

E o casal inusitado está cada dia mais próximo e interagindo. Apesar das diferenças absurdas de origem, comportamento e ideais...

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(domingo)

Domingo, logo cedo, Laila resolveu tomar café com os pais.

— Pai?

— Sim, tesouro.

— Irei à feira hoje pela manhã.

— Por que não virá conosco...? — questionou a mãe, desconfortável.

— Na verdade, posso voltar com os senhores à tarde. Mas quero ir cedo, para aproveitar as tendas com bastante artefatos.

— Está certo, minha filha. Mas convoque guardas para acompanhá-la, já que Matheo não sabe desta alteração. — pediu a mãe, sem criar caso.

Isaboh estava com pena de Laila pelo incidente do dia anterior. E principalmente pelo grande hematoma que ela trazia na testa.

— Farei agora mesmo.

A Cita de Los Artesanos era uma feira anual que reunia os artesãos da Região e arredores, para exibirem e comercializarem seus trabalhos.

Sempre realizada num domingo de Verão, durava praticamente o dia todo.

Laila adorava esse encontro e aproveitava o ensejo para adquirir toda espécie de parafernália que se tinha notícia. Desde acessórios, jóias e adornos, até objetos para decorar o quarto ou qualquer outro ambiente.

• • •

Deixou o Castelo logo depois do café e se pôs a circular pelas ruelas, com Elisa, parando de tenda em tenda para prestigiar os artesãos, que comercializavam toda sorte de objetos confeccionados por eles e suas famílias.

Pablo estava próximo à Taberna, olhando algumas tendas, quando avistou Laila ao longe, como sempre, cercada e assediada por uma horda de súditos. Dois guardas andavam atrás dela e de Elisa, supostamente fazendo a proteção.

Voltou correndo à Taberna para chamar o amigo, que estava com Herbert e Patrick, ainda saboreando os resquícios do café da manhã, que já haviam se esbaldado além da conta.

— Matheo?

Ele ergueu a sobrancelha.

— Venha ver quem está participando do evento.

Matheo enrugou a testa, desinteressado.

— Se demorar... é capaz que a perca de vista.

E não precisou de mais nada para que ele levantasse do banco num pulo. Pablo foi na frente mostrando o caminho.

Matheo a encontrou em uma ruela secundária, dentro da tenda que vendia colares e pulseiras.

— Já veio pra feira, Alteza?

Laila, imaginando mesmo que não demoraria muito a aparecer, virou-se para ele e abriu um sorriso...

— Bom dia para o senhor também!

— Achei que fosse vir à tarde, com os pais. — e recuou de qualquer intenção de afrontá-la, assustado com o hematoma na testa que parecia ainda mais roxo e inchado que no dia anterior.

— Mudei a programação, hoje pela manhã. — e voltou-se para os artefatos, dando as costas para Matheo. — Acho que vou querer esta aqui. — e apontou para o artesão uma pulseira de pequenas contas azuis e verdes, da cor de seus olhos.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora