Laila e Matheo achavam que, só porque oficializaram a união, a vida ia ser fácil...
Que era só trancar a porta e partir para a curtição...
Ai, ai, ai... As coisas não são bem assim... Confiram o que os aguarda...
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(sábado - segunda-feira)
Matheo deixou o quarto no primeiro raio de sol do sábado.
Laila se despediu dele e voltou a dormir.
Já tinha conseguido descansar um pouco mais aquela noite, apesar dele se mexer o tempo inteiro e dormir sobre ela, o que deixou seu corpo inteiro dolorido.
• • •
Depois do almoço, a Rainha subiu com ela até o quarto.
— Filha... Preciso ter uma rápida conversa contigo.
— Claro.
— Como está prestes a se casar, acho importante que Elisa passe um tempo comigo, para que aprenda a servir um casal.
— Mãe??! Mas... por quê?! — havia ficado pálida com a notícia.
— É importante que ela aprenda a se portar, pois não atenderá somente às suas necessidades. Ela precisa trabalhar a discrição... Além de saber a hora certa de estar presente e de como fazer isso de forma aceitável.
— Mas, nunca pensei... em me afastar... dela.
— E não irá, Laila. Sei o tamanho de seu apreço por Elisa. Eu lhe asseguro que ela estará bem mais preparada, depois desse tempo comigo.
Laila precisava insistir, pois, além do apego à dama, só de imaginar em não ter Elisa a seu lado, naquele momento delicado, em que tinha um marido sem medidas e um estado conjugal a ser omitido de todos, causava-lhe calafrios como nada mais.
— E se for uma parte do tempo? Quem sabe de manhã, enquanto estou na Escola? À tarde e à noite ela...
— Não há como, filha. Isso não funciona. Mas não se preocupe... Enquanto Elisa estiver comigo, dona Eunácia irá acompanhá-la, assumindo temporariamente as incumbências da sua dama.
— Mãe??! Dona Eunácia?!! Mas eu não posso...
— Não cabe discussão quanto a isto, Laila! Será assim e está decidido!
Isaboh foi embora, deixando-a para trás, transtornada.
Meu Deus, estou perdida... Convenceu-se, aflita com o imbróglio em que se meteu, de uma hora para outra.
• • •
Elisa apareceu por lá mais tarde, para ajudar a princesa a se recolher.
— Não vai acreditar no que aconteceu...
— Só de falar assim... Já me ponho apavorada. — Elisa contorceu o rosto.
Sem meias palavras, Laila relatou o que se sucederia às duas até o casamento.
A dama, como praxe, se pôs a chorar copiosamente, sendo consolada pela princesa.
— Mas e se... E se eu falhar, Alteza? E se a Rainha não gostar...?!
— Lis, não existe o menor risco. Não se preocupe. Você ficará comigo. É só um tempo de treinamento. E já conhece minha mãe também... É só fazer tudo do jeito dela.
— Mas... E a senhorita?
— Nunca estive tão lascada, Lis. Não sei, de verdade, o que faço com Matheo.
— O que é que a minha esposa fala de mim??!! — e lá estava ele, invadindo o quarto pela varanda, nem esperando que a dama saísse dessa vez.
— Não te disse, Lis...
— Boa noite, senhor.
— Boa, Elisa.
— Com licença. — e a dama os deixou, toda chorosa.
— Que houve? — no habitual tom intimidante.
— Você não vai acreditar... — sua esposa o encara com o semblante desolado, o que o deixou mais receoso que agressivo.
Laila contou o que se sucedeu.
— Não é possível! — e Matheo descontou a raiva com um soco no chão, fazendo a tábua de madeira debaixo do tapete trincar. Tinha se sentado ali, para ficar em frente à esposa, que estava no sofá.
Ela devolveu-lhe a feição em pânico, angustiada com o ato.
— Desculpe-me. — e deu um beijinho em Laila, que deitou a cabeça no ombro dele. — Prometi não fazer mais...
— Pois, é...
— Mas eu tô irritado com sua mãe.
— E veja se eu não estou lascada de vez.
— Nem se preocupe com isso, meu amor. Eu sempre vou dar um jeito de ficar com você. Sempre... Não importa como.
— Esse é o meu medo... — Laila só podia rir de nervoso.
Matheo a beijou. Logo depois, foi até a porta trancá-la e voltou já arrancando a cinta, desabotoando a camisa, descalçando as botas... Sentindo-se em casa. Bem ao estilo dele...
— Fica aqui comigo. — ele a pegou para sente-la em seu colo. — À excessão disso, teve um bom dia?
— Sim... — estava toda encolhida dentro daquele colo confortável, afagada pelas mãos afoitas, assanhadas, mas inegavelmente dóceis.
— Quer dizer que a minha mulher agora, será vigiada vinte e quatro horas por um cão de guarda providenciado pela mãe.
— Nem me fale. E pra completar... Arrumei um marido volumoso, impertinente e insaciável...
Comentário que por si só desencadeou o sorriso mais malicioso em Matheo, que já foi pegando-a de jeito com um beijo desmedido, arrancando sua camisola e possuindo-a sem limites, ali no sofá mesmo.
Laila ainda se surpreendia com as mais variadas formas de amar as quais, aos poucos, era apresentada pelo marido.
— Já que estamos prestes a ser tolhidos, quero curti-la como nunca essa noite... — Matheo pronunciou, ainda mais impulsivo, pondo-se a amá-la até exauri-la.
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(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...