Cap.80 - Nova Dama de Companhia (Parte I)

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Laila e Matheo achavam que, só porque oficializaram a união, a vida ia ser fácil... 

Que era só trancar a porta e partir para a curtição...

Ai, ai, ai... As coisas não são bem assim... Confiram o que os aguarda...

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(sábado - segunda-feira)

Matheo deixou o quarto no primeiro raio de sol do sábado.

Laila se despediu dele e voltou a dormir.

Já tinha conseguido descansar um pouco mais aquela noite, apesar dele se mexer o tempo inteiro e dormir sobre ela, o que deixou seu corpo inteiro dolorido.

• • •

Depois do almoço, a Rainha subiu com ela até o quarto.

— Filha... Preciso ter uma rápida conversa contigo.

— Claro.

— Como está prestes a se casar, acho importante que Elisa passe um tempo comigo, para que aprenda a servir um casal.

— Mãe??! Mas... por quê?! — havia ficado pálida com a notícia.

— É importante que ela aprenda a se portar, pois não atenderá somente às suas necessidades. Ela precisa trabalhar a discrição... Além de saber a hora certa de estar presente e de como fazer isso de forma aceitável.

— Mas, nunca pensei... em me afastar... dela.

— E não irá, Laila. Sei o tamanho de seu apreço por Elisa. Eu lhe asseguro que ela estará bem mais preparada, depois desse tempo comigo.

Laila precisava insistir, pois, além do apego à dama, só de imaginar em não ter Elisa a seu lado, naquele momento delicado, em que tinha um marido sem medidas e um estado conjugal a ser omitido de todos, causava-lhe calafrios como nada mais.

— E se for uma parte do tempo? Quem sabe de manhã, enquanto estou na Escola? À tarde e à noite ela...

— Não há como, filha. Isso não funciona. Mas não se preocupe... Enquanto Elisa estiver comigo, dona Eunácia irá acompanhá-la, assumindo temporariamente as incumbências da sua dama.

— Mãe??! Dona Eunácia?!! Mas eu não posso...

— Não cabe discussão quanto a isto, Laila! Será assim e está decidido!

Isaboh foi embora, deixando-a para trás, transtornada.

Meu Deus, estou perdida... Convenceu-se, aflita com o imbróglio em que se meteu, de uma hora para outra.

• • •

Elisa apareceu por lá mais tarde, para ajudar a princesa a se recolher.

— Não vai acreditar no que aconteceu...

— Só de falar assim... Já me ponho apavorada. — Elisa contorceu o rosto.

Sem meias palavras, Laila relatou o que se sucederia às duas até o casamento.

A dama, como praxe, se pôs a chorar copiosamente, sendo consolada pela princesa.

— Mas e se... E se eu falhar, Alteza? E se a Rainha não gostar...?!

— Lis, não existe o menor risco. Não se preocupe. Você ficará comigo. É só um tempo de treinamento. E já conhece minha mãe também... É só fazer tudo do jeito dela.

— Mas... E a senhorita?

— Nunca estive tão lascada, Lis. Não sei, de verdade, o que faço com Matheo.

— O que é que a minha esposa fala de mim??!! — e lá estava ele, invadindo o quarto pela varanda, nem esperando que a dama saísse dessa vez.

— Não te disse, Lis...

— Boa noite, senhor.

— Boa, Elisa.

— Com licença. — e a dama os deixou, toda chorosa.

— Que houve? — no habitual tom intimidante.

— Você não vai acreditar... — sua esposa o encara com o semblante desolado, o que o deixou mais receoso que agressivo.

Laila contou o que se sucedeu.

— Não é possível! — e Matheo descontou a raiva com um soco no chão, fazendo a tábua de madeira debaixo do tapete trincar. Tinha se sentado ali, para ficar em frente à esposa, que estava no sofá.

Ela devolveu-lhe a feição em pânico, angustiada com o ato.

— Desculpe-me. — e deu um beijinho em Laila, que deitou a cabeça no ombro dele. — Prometi não fazer mais...

— Pois, é...

— Mas eu tô irritado com sua mãe.

— E veja se eu não estou lascada de vez.

— Nem se preocupe com isso, meu amor. Eu sempre vou dar um jeito de ficar com você. Sempre... Não importa como.

— Esse é o meu medo... — Laila só podia rir de nervoso.

Matheo a beijou. Logo depois, foi até a porta trancá-la e voltou já arrancando a cinta, desabotoando a camisa, descalçando as botas... Sentindo-se em casa. Bem ao estilo dele...

— Fica aqui comigo. — ele a pegou para sente-la em seu colo. — À excessão disso, teve um bom dia?

— Sim... — estava toda encolhida dentro daquele colo confortável, afagada pelas mãos afoitas, assanhadas, mas inegavelmente dóceis.

— Quer dizer que a minha mulher agora, será vigiada vinte e quatro horas por um cão de guarda providenciado pela mãe.

— Nem me fale. E pra completar... Arrumei um marido volumoso, impertinente e insaciável...

Comentário que por si só desencadeou o sorriso mais malicioso em Matheo, que já foi pegando-a de jeito com um beijo desmedido, arrancando sua camisola e possuindo-a sem limites, ali no sofá mesmo.

Laila ainda se surpreendia com as mais variadas formas de amar as quais, aos poucos, era apresentada pelo marido.

— Já que estamos prestes a ser tolhidos, quero curti-la como nunca essa noite... — Matheo pronunciou, ainda mais impulsivo, pondo-se a amá-la até exauri-la.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora