Cap.80 - Nova Dama de Companhia (Parte IV)

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E aqui vai o último capítulo postado hoje... Acredito que mais 1 semana eu concluo o Livro 3 por aqui... ;-)

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Durante o jantar de sexta-feira...

— Mãe... Dona Eunácia não está me respeitando como deveria.

A Rainha mediu a filha de cima a baixo e não se deu o trabalho de replicar.

Fernan decidiu interferir.

— O que há, meu tesouro...?

— Pai... O senhor acredita que ela... — e começou a relatar os episódios da semana atribulada sendo servida pela nova dama.

— Laila! Pare de implicar com dona Eunácia! — exigiu a Rainha, taxativa.

A princesa se enfezou de vez com a repressão da mãe. Tomando uma surpreendente coragem, dessa vez, não se acanhou em devolver uma resposta.

— Mãe... Eu não me importo em continuar sendo servida por ela. E lamento que a senhora pense que tal reclamação é uma mera implicância juvenil de minha parte. Mas estou realmente impressionada em ter de chamar atenção de dona Eunácia para comportamentos tão elementares em como tratar um membro da realeza. O que imaginei que, pelos anos de experiência, ela já tivesse aprendido. Com licença! — levantou-se de sua cadeira e abandonou a refeição, deixando a mãe embasbacada com a audácia.

— Deve ser influência daquele homem sem origens!!! — Isaboh desabafou com o marido, irritada, atirando o guardanapo sobre a mesa com raiva, aproveitando para pontuar sua insatisfação com a escolha do noivo da filha.

Rei Fernan só deu risada. De fato, a Rainha parecia não querer enxergar que sua menina havia crescido e estava prestes a se casar.

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Dia seguinte, Isaboh decidiu saber de Eunácia se a reclamação de Laila tinha fundamento.

A dama, pega de surpresa, não conseguiu disfarçar o desconforto, tampouco desmentir a princesa.

A Rainha inevitavelmente a advertiu. Não deveria deixar de tratar Laila com formalidade, mesmo sendo autorizada pela própria Rainha a vigiá-la dia e noite e a interferir na privacidade de sua filha.

• • •

Outra coisa que havia mudado era o comportamento do Chefe da Guarda.

Pablo e Patrick estavam impressionados com a serenidade dele.

Definitivamente, não era o mesmo que conheciam há tantos anos.

No treino da Guarda, Matheo instruía o contingente com paciência, lutava com eles sem perder as estribeiras, como em regra, além de estar mais participativo das atividades triviais da Capacitação, que antes se irritava ou se recusava a realizar. Era impossível ficar alheio àquela mudança de atitude.

Para completar, ele ainda levou sua noiva para um passeio pela Vila, no sábado, e ficaram horas por lá, visitando os estabelecimentos do comércio e recebendo os cumprimentos de incontáveis súditos pelo noivado.

Matheo, numa tranquilidade ímpar, interagia com todos de bom grado, além de tratar a princesa como um exímio cavalheiro. Exatamente o oposto do que haviam testemunhado dias atrás.

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No domingo, os três almoçavam na Taberna quando surgiu o assunto...

— Aconteceu alguma coisa. — Patrick se manifestou. — Herbert fala aí!!!!

O amigo em silêncio, só ria.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora