Cap.51 - Cerro Compartido (Parte I)

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Olá amores! E aqui está outra invasão a um reino Aliado que  sobrou pra Matheo combater os inimigos. E está IM-PER-DÍ-VEL o diálogo entre ele e o tal do príncipe do reino socorrido...

Não deixem de conferir! ;-)

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(sexta-feira - domingo)

Matheo foi chamado pelo Rei, naquela mesma manhã, que o informou sobre outra invasão em terras de um aliado.

Nem é preciso dizer que se pôs mal humorado. Mas já não achava mais tão ruim ter que cumprir as tais missões, uma vez que esse era o preço a ser pago para ficar perto da "sua mulher".

Soube que o Reino ficava há um dia e meio dali.

Dessa vez, a tarefa de organizar a missão estava nas mãos de Herbert, que convocou poucos guardas, deixando também Patrick e Pablo em LaViera, uma vez que a invasão, segundo o pedido de ajuda, era de saqueadores.

Matheo, após uma rápida ida à sua casa para se preparar para a viagem, retornou ao Castelo, conseguindo dar um jeito de ser convidado para o almoço com a Família.

Herbert o acompanhava.

Laila estava estafada, mas foi muito simpática, sorrindo para ele, sempre que o pegava olhando para ela, o que quer dizer, o tempo inteiro.

— Um brinde a esses bravos homens... E vençam mais essa, por favor! — propôs o Rei, bajulando-os como regra.

Todos ergueram as taças.

No final da refeição...

— Até mais, Alteza. E espero que não abuse da sorte, negligenciando o esquema de segurança que montamos para a senhorita. — Matheo a advertiu, ao se despedir dela.

— Nem se preocupe. — Laila retribuiu o sorriso meigo que recebeu durante toda a refeição. — Boa sorte.

— Obrigado. — ele nem disfarçava o contentamento pela receptividade.

Na relação de altos e baixos que tinham, podia-se dizer que passavam por um momento tranquilo.

• • •

Durante a viagem à Cerro Compartido, Matheo estava irreconhecível.

— Já sei a que recorrer, quando precisar de qualquer favor seu. — Herbert o provocava, zombado com a cara do amigo.

Matheo só balançava a cabeça. Nada iria lhe tirar o bom humor.

Eles viajavam acelerados, instigados pelo líder que não aceitava mais ficar longe de LaViera, parecendo querer chegar em minutos ao destino.

**********

Adentaram a vila de Cerro Compartido, no final da tarde de sábado.

Era um bando "tranquilo" por assim dizer e bastante desastrado.

Dessa vez, os invasores tinham conseguido arrancar parte do ouro de Rei Alonzo, o monarca local, mas queriam mais.

Além do ouro, haviam incontáveis carroças que eles enchiam, afoitos, com os pertences que saquearam dos súditos e da realeza.

Quando Herbert e Matheo viram aquilo, não se aguentaram. Caíram na gargalhada.


— Posso saber o que fazem com essas... coisas? — Matheo, ousado, debochou dos invasores, já se colocando a frente dos carros para dar início a ofensiva.

E não levou segundos para que os infelizes viessem para cima dele.

Matheo abateu os desavisados que tentavam derrubá-lo, sem muito sacrifício, recebendo o reforço de Herbert e dos seis guardas que ficaram escondidos, formando uma emboscada, enquanto seu líder ia lá, peitar os invasores.

Lutaram contra uns cinquenta homens ali.

Os guardas e habitantes de Cerro, ao perceberem que eram aliados, logo partiram para cima dos invasores para reforçar a ofensiva.

Os guardas de Rei Alonzo até tinham alguma experiência em combate.

Já os habitantes... Mais atrapalhavam que ajudavam, geralmente sobrando para Matheo ou Herbert livrar os que tinham sido pegos por algum invasor.

Assim que contiveram a invasão na Vila, Matheo convocou seus homens e os guardas de Cerro para irem ao Castelo.

Ao chegarem, partiram direto para cima dos invasores que estavam do lado de fora.

Depois de dominá-los, Matheo preparou com Herbert um esquema para atrair os que estavam dentro do prédio, enquanto ele ia em busca da Família Real.

E deu certo...

Matheo levou pouco tempo para encontrar o Rei e seus parentes na masmorra, ainda guardados por cinco invasores. Conseguiu derrubar todos em segundos, inclusive o que parecia o líder, já que negociava com o Rei a cessão de mais ouro, com um punhal na jugular de um rapaz, que parecia um nobre.

— Boa... tarde. — o Rei balbuciou, assim que percebeu a situação contornada.

— Boa tarde. Majestade?

— Sim...Sim...! Sou eu mesmo. Rei Alonzo.

— Muito prazer. — e curvou-se, debochado. — Meu nome é Matheo. Sou o Chefe da Guarda de LaViera e estou aqui, atendendo o pedido de ajuda que chegou ontem a Rei Fernan. — explicou-se.

— Já não era sem tempo mesmo...! — Alonzo se manifesta, extremamente grosseiro, pegando Matheo de surpresa com tal "deferência". — Jamais perdoaria Fernan se me negasse ajuda numa situação degradante como esta. — e completa, com a prepotência que não cabia naquela masmorra.

Matheo encarou "Sua Majestade" por segundos, indignado com a postura nada nobre do suposto "aliado".

— Majestade, gostaria de informá-lo que a situação está contornada, dentro e fora do Castelo, e que os senhores estão livres pra saírem daqui... Com os cumprimentos de Rei Fernan. — proclama, no tom mais irônico que conseguia. — Ah... E recuperamos o ouro saqueado, junto com os pertences que os invasores tentavam carregar.

— Como se chama mesmo, rapaz...?

— Matheo, Majestade. — estava sendo bem difícil controlar os ânimos para não avançar contra o velho arrogante.

De novo, Matheo se viu diante do pior espécime de nobre que existia. Aquele que se julgava acima de tudo e todos. Exatamente o perfil que o fazia odiar a realeza mais que tudo na vida. Antes de Laila, obviamente...

Havia quase se esquecido desse tipo de gente, na convivência com Fernan e sua Família, que apresentavam um comportamento exatamente oposto ao de Rei Alonzo.

— Posso servir-lhe de mais alguma coisa... Majestade? — e nem disfarçava o cinismo ao se dirigir ao velho.

— Não... não... Está dispensado. — Alonzo abanou a mão, como se Matheo fosse um de seus criados. Que ousadia...

— Com sua licença... — e curvou-se novamente, sarcástico, deixando-o Rei e sua "corja" do jeito que estavam, sem fazer o mínimo esforço para tirá-los de trás das grades.

Havia cerca de vinte pessoas detidas ali e todos presenciaram a cena bizarra do impensável tratamento que Alonzo deferiu ao Chefe da Guarda de LaViera. Inclusive Orlando, filho do Rei, que por acaso já tinha escutado falar sobre Matheo e o grupo.

Matheo deixou o prédio em busca de Herbert e os guardas, enfurecido e até arrependido por ter salvo um idiota como aquele. 

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora