Cap.75 - Aspirações (Parte I)

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Momentos lindos... Aquele homem perverso se mostrando um noivo exemplar... 

Bem... Nem todo o tempo.. Afinal... ogro que é ogro não perde a essência. 

Mas, não poderia ser melhor. Isso eu garanto. ;-)

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(domingo)

Quando Elisa veio acordá-la, Laila, ao abrir os olhos, deparou-se com um estonteante buquê de rosas vermelhas ocupando a mesa próxima à porta da varanda.

Os olhos se encheram de lágrimas, dessa vez, de alegria.

Era a prova de que não havia sido só um sonho bom. Era real e estava acontecendo ali, diante dela. 

— Minha ama, que lindas rosas. Meu Deus! Nunca vi tão magníficas quanto estas. E tem um bilhete...

— Deixe-me ver.

Elisa trouxe o pequeno envelope.

"Para a razão da minha vida, obrigado por me deixar fazer parte da sua.

Amo você...

M..."

Uau!!!

Laila leu e passou para Elisa.

A dama leu e desabou. 

— Por que chora? 

— É tão... lindo, minha ama. A senhorita vai se casar. — e debulhava-se em lágrimas.

Não se contendo, ainda deu um abraço apertado na princesa.

• • •

Laila aprontou-se rapidamente. Desceria direto para o almoço. 

— Meu tesouro! Que bom que está aqui.

— Boa tarde, pai... Mãe...

— Boa tarde, filha.

— Presumo que tenha tido uma festa incrível...

— Melhor estragaria, meu pai... Foi simplesmente a melhor. — e lançou-lhe um sorriso radiante com os olhos brilhando, grata por ter concedido sua mão para o seu, agora, noivo.

— Aí está! Aproxime-se, meu filho. — e lá foi Matheo, a convite do Rei, para um almoço dominical em família.

— Majestade... Alteza, com licença. — e chegou perto de Laila para beijá-la na mão, adulando-a com os olhos. 

Depois, foi se sentar ao lado da futura sogra como de costume.

— Quero propor um brinde, ao mais novo casal e ao amor...! Que sempre esteja presente, permeando por cada canto deste Castelo. — sugeriu Fernan, empolgando-se além da conta, deixando os dois totalmente encabulados.

Matheo havia lhe antecipado que tinha proposto a filha no Baile, conforme o Rei sugeriu.

E que dera tudo certo no final...

Isaboh, por outro lado, não havia digerido a ideia, mas teve que se esforçar com um sorriso amarelo.

Afinal, era voto vencido ali...

Matheo apontou a taça para o Rei, depois para a noiva, que retribuiu com um sorriso meigo.

E lá ficaram, falando do Baile, dos resquícios da batalha, cujas sequelas ainda eram sentidas no Reino, incluindo o próprio Castelo... Mas logo o assunto do casamento tomou conta da refeição.

Não haveria de ser outro a preencher o espaço com uma alegria sem precedentes, que caía como uma luva para aqueles tempos difíceis pós-invasão.

— Eu sonho com uma festa aqui mesmo, no nosso "lar". Muita bebida, comida... Meus aliados... Os familiares... — e o Rei não parava com sua lista interminável de desejos, parecendo ser ele a noiva.

Isaboh só encarava o marido deslumbrado, visivelmente desgostosa com aquela "escolha".

Laila logo percebeu o descompasso da mãe, mas nem se importou. Tinha o apoio do pai... O amor do noivo... — incondicional e desmedido, é um fato — Mas um amor verdadeiro. E o melhor de tudo... Era da vontade dela. Era o que mais queria. E, para ser perfeito, nem precisou se desentender com o pai, o que sempre lhe tirou o sono em se tratando desse assunto. 

— Mas, conte-nos, meu tesouro. Quais são suas aspirações para a grande festa...? — Fernan seguia estimulando a conversa à mesa, todo derretido pela filha, como sempre.

E o assunto fluiu como nunca...

Após a refeição, Matheo despediu-se dela formalmente.

Laila voltou para o quarto portando um sorriso ultrajante na face.

Chegando, foi até as flores sobre a cômoda, pegou o cartão ao lado do vaso e o leu mais uma dezena de vezes. Sorria para o papel e encostava-o próximo ao coração, ainda admirada com o gesto do noivo.

— E ainda tem mais uma coisa, meu amor... — e, do nada, a voz grave ressoou atrás dela como mágica, junto a outra rosa ainda mais linda, adornada por um pequeno laço de fita, sustentada pela mão gigante que a estendia até a ela.

Laila, sem se recompor do susto, pegou a rosa, virou-se para Matheo e acalentou-o com um sorriso desconcertante, sendo imediatamente entorpecida por um beijo de tirar o fôlego.

— Como entrou aqui?

Ele sorriu.

— Tenho meus truques.

— Não pode entrar aqui e me pegar assim... desprevenida.

— Teria perdido o melhor momento do dia, se não tivesse vindo. — e sinalizou com os olhos, o cartão que Laila segurava com capricho.

Ela retribuiu a declaração, esticando os lábios, meiga, que foram imediatamente cobertos por outro beijo apaixonado.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora