(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)

Cap.70 - Pesadelo (Parte II)

Matheo com certeza farejava como "sua mulher" se sentia. Mas, pela ausência absoluta de luz, não conseguia enxergar a feição dela, o que teria deixado a situação ainda pior.

Chegou a remover o vestido dela, deixando-a com as vestes de baixo somente, naquela completa penumbra.

— Não faz isso... por favor... — clamou, acuada.

— A senhorita... é... linda... demais. E irresistível... pra mim...

— Por favor...

— Tá bem. Mas sabe que não escapa de mim...

Laila soltou um suspiro amuado.

— Vou ter paciência e esperar o momento certo. Pela senhorita...

— Por mim... — ela repetiu, encostando a cabeça no ombro, ainda no colo dele.

— Está cansada?

— Bastante.

— Passou o dia com a mãe.

— Estou a ajudá-la um pouco aqui dentro. Vamos aproveitar e organizar alguns ambientes, mesmo que não tenham sido invadidos. — explicou, cautelosa, procurando lhe dar satisfações sobre tudo o que se passava.

— Conseguiu visitar Pablo hoje?

— Não fui. E você?

— Passei por lá mais cedo. Perguntei da senhorita... Ele disse mesmo, que não tinha ido.

— Amanhã eu vou... Podemos ir juntos. — ela sugeriu.

Sentia novamente receio de fazer qualquer coisa que o desagradasse. Havia perdido, nas últimas vinte e quatro horas, grande parte da autoconfiança que vinha conquistando gradualmente em lidar com Matheo.

— É uma boa mesmo.

— Pode ser depois do almoço.

— Pode... Ou no final do dia. — ele propôs, pensando em criar outra oportunidade como aquela, de esticar o encontro.

— Bem... Por mim, ideal é que fosse após o almoço. Depois, fico com minha mãe pelo resto da tarde.

— Como queira. — e começou a beijá-la outra vez com a costumeira volúpia.


Após mais um bom tempo ali, sem censura...

— Ainda treme...

— Um pouco.

E ele lhe concedeu outra pausa.

Laila ficou lá, no colo de Matheo, num estado pré-choque, recuperando o ar. Respirava pautado, como se tivesse chorado.

— Posso pedir que me abrace?

Ele só expirou um sorriso inconformado.

— E como não...?

E lá ficou, com ela dentro dos braços até que se acalmasse.

Se tivesse alguma sensibilidade em relação ao próximo, teria percebido que "sua mulher" precisava de muito pouco para se sentir melhor.

Ao notar que tinha parado de tremer...

— Acho que vou deixá-la descansar.

— Está bem.

— Boa noite, Alteza.

— Boa noite...

Saiu pela porta do quarto mesmo, indignado por não saber lidar com ela. Outra vez, Matheo se dava conta do quão longo era o percurso para aprender a tratar Laila, de fato, como deveria.

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E será que ele, um dia, aprenderá a lidar com Laila como deveria, hein?! 

Só lendo para saber...

Capítulo que dedico às queridas:

Danileitura

lidianepeixoto

Crisclausen

shayaneeeee

Bjs!