Cap.65 - Invasão - Parte II

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E vamos saber o que houve com Laila... ;-)

Dedico este capítulo à anne_santos15, AmandaMaclaine, @tattyposoni, larissabento509, @albeizamaia e @Marisatiago

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Após um tempo, Matheo escutou o barulho do que parecia uma multidão, nas imediações do Castelo.

Quando espiou de cima do balcão, lá estava outro bando enorme de invasores, talvez bem maior que o primeiro, aproximando-se do portão.

Reunindo toda a fúria que conseguia, ele decidiu ir ao encontro dos malditos invasores para derrubar até o último infeliz. Mas não haveria invasores no mundo em quantidade suficiente, que conseguisse descontar o ódio por terem lhe tirado a mulher de sua vida.

Iria, dessa vez, por dentro do prédio, para se juntar a seus homens e evitar que o tomassem por inteiro.

Ao sair rompendo do quarto de Laila, Matheo olhou de relance para o fundo do corredor e viu a porta do Salão Desativado entreaberta.

Estranhou...

Lembrou-se daquele lugar, quando trouxe Laila de volta de sua casa, depois que ela se entregou a ele.

No dia, Matheo havia escalado as paredes até o balcão e estourado a fechadura da porta externa. Mas aquela, que dava para o corredor, deveria estar fechada.

Eis que resolveu ir até lá.

Já dentro do ambiente, ele caminhou, cauteloso, empunhando a espada.

Estava muito escuro. Só era possível enxergar os vultos dos panos brancos que cobriam os móveis velhos, empilhados por todos cantos.

Seguiu pisando bem leve, quase flutuando, mas a tábua de madeira, rugiu, fazendo um grunhido.

Sem que esperasse, de repente, um suspiro quase inaudível atravessa o ar, chamando a atenção de seus ouvidos aguçados. Ainda mais arisco, ele continuou perseguindo o barulhinho com dificuldade.

Ao se aproximar do suposto local, Matheo espreme os olhos para tentar apurar a visão, quando mal enxerga um vulto, encolhido em um canto, atrás de uma pilha sofás amontoados.

— Laila??!

— Matheo!!??? Meu Deus... Eu não acredito!

Ele se jogou no chão diante dela e a abraçou o mais forte que podia.

Laila soltou o choro angustiado que estava segurando há horas.

— Eu não acredito que está aqui.

— É lógico que eu viria. A senhorita podia ter certeza... — e enchia os lábios dela de beijinhos, enquanto acariciava o rosto delicado que "enxergava" com o toque das mãos.

Na sequencia, colocou debaixo dos braços e ficou com ela daquele jeito, imóvel, sem querer saber de mais nada.

E nada mais importava... Só senti-la e ter certeza que estava ali, de novo, com ele e a salvo.

Foi-se um tanto até reagir.

— Eu preciso te levar a um lugar seguro, Laila.

— Não quero ir!

— Mas não posso deixá-la aqui.

— Fique comigo.

— É o que eu mais quero. Mas tenho que ajudar os guardas... Meus amigos...

— Ainda não acabou?!

— Infelizmente, não.

Ela respirou fundo, ainda chorando...

— Laila... me escuta... — Matheo segurou o rosto dela dentro das mãos, enxugando parte das lágrimas que escorria sob seus dedos. — Nós vamos sair daqui agora. Eu vou te levar até a Biblioteca. Seus pais estão lá, esperando por você pra ir pro esconderijo.

— Eu tenho medo.

— Não fique. A senhorita está comigo. Eu vou acompanhá-la até lá. Também não irei, sem deixá-la fora de perigo.

— E o senhor...?

— Vou me juntar aos guardas e derrubar até o último infeliz que fez isso com a gente. Venha! — já bem mais calmo e recuperado da razão, ele a pegou no colo para deixarem o lugar.

Assim que passaram pela porta dupla, Matheo a colocou de volta no chão.

Havia escutado vozes que pareciam subir pela escadaria principal.

Ele correu com Laila pelo corredor e se ocultou detrás de uma das grandes colunas, ao lado esquerdo da passarela, quase em frente à porta do quarto dela.

Encostou-se na parede e a puxou contra seu corpo, ficando a segurá-la bem firme, com o braço esquerdo atravessado na cintura. Apertava-a o mais forte que podia, sem machucá-la. Queria sentir que estava ali, sob sua proteção e fora de perigo.

Ainda nem acreditava...

— Vamos esperar um pouco.

— Está bem... — e ela apoiou a cabeça no peito de Matheo.

Ele mantinha a atenção ao barulho, mas os olhos permaneciam nela, sem nem piscar. Passou os piores momentos da vida ao pensar que pudesse tê-la perdido. Agora, valorizava cada segundo ali, junto.

E não pode deixar de reparar em quanto "sua mulher" estava deslumbrante naquela camisola para lá de sensual. Uma veste laranja assalmonada, com o corpete frente única feito em renda transparente e um decote ousado, que acabava somente oito dedos acima do umbigo, costurado a uma saia de cetim que ia até os pés. Estava descalça também.

Matheo ficava olhando para aquela renda transparente, respirando fundo... Tentando se controlar ali... diante de "sua mulher"... A mais deslumbrante que existia... E ainda, seminua, colada a seu corpo.

— Como foi parar no Salão...? — ele indaga.

— Eu estava pegando no sono, quando escutei um estrondo. Pulei da cama num susto e corri até a cortina pra espiar. Foi quando vi uma multidão com tochas, ao longe. Pensei que ainda estivessem perto do portão, mas, quando me dei conta, havia vários homens próximos ao prédio. Achei que já tivessem conseguido entrar. — suspirou angustiada com as más lembranças — Eu tinha que deixar o quarto, mas não podia passar pelas escadas. Por isso, o Salão... foi o primeiro lugar que me ocorreu.

Matheo beijava a lateral do rosto, enquanto Laila dava seu relato, fazendo carinho e apertando-a ainda mais forte contra o corpo.

Os invasores logo chegaram ao terceiro piso.

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Curtindo, meus amores?! Me contem tudo, hein?

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(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora