Cap.62 - Festa de "Los Álamos"(Parte I)

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Aleluia! Aleluia! Agora vai... Finalmente! A espera acabou! 

Deliciem-se e me contem TU-DO o que acharam, hein?! 

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(sábado)

A Festa de Los Álamos era tão estranha quanto interessante e atraía hordas de adeptos por suas peculiaridades.

Tinha início somente com a noite escura e corria madrugada a dentro, estendendo-se até bem próximo à alvorada, quando não era raro deparar-se com um ou outro perdido pelo meio das ruelas, em seus trajes típicos.

As pessoas usavam máscaras e vestimentas de cores escuras, sempre com uma capa por cima, geralmente preta e com capuz.

Era praticamente impossível encontrar ou reconhecer pessoas naquele lugar.

• • •

Matheo havia montado um esquema especial de segurança para o evento, preventivo à possibilidade de que inimigos se escondessem por trás das vestimentas e arquitetassem uma ofensiva ali mesmo, criando um pânico geral, machucando muita gente desprevenida.

Andava pela praça, junto aos guardas, devidamente trajado de preto dos pés a cabeça e com uma máscara, para se misturar aos festeiros sem chamar atenção. Havia somente dispensado a capa com o capuz, para evitar que atrapalhasse num eventual confronto.

Lá pelas tantas, ele começou a perceber um cheiro doce, inconfundível no ar... Ficou intrigado.

Como poderia existir alguém com o mesmo cheiro dela...?

O aroma logo desapareceu e ele relaxou, acreditando ter se confundido. Havia muitas donzelas perfumadas por todos os lugares, o que poderia ludibriar até mesmo seu apurado olfato.

Alguns minutos e novamente...

Deixando-o ainda mais perturbado.

Sabia que estava no Castelo, proibida de sair por recomendação dele.

Mas era algo muito inconfundível...

Olhava... Procurava... Mas todos trajavam vestimentas escuras, indiferenciáveis. Ainda haviam as máscaras...

Como identificar alguém naquele lugar?

Caminhou mais um pouco, confuso, atormentado. E, depois de alguns segundos...

Meu Deus, não é possível... Eu tô ficando maluco...

"Sua mulher" não saía da cabeça.

Completamente perturbado, chegou a pensar que estivesse delirando.

Resolveu encostar-se num canto para recuperar a concentração.

Esfregou a mão no rosto algumas vezes, ainda zonzo com aquela balbúrdia, as pessoas não identificáveis, a fogueira, a música, o cheiro que o enfeitiçava...

— Aproveitando a festa? — e, de repente, a voz doce, serena, inconfundível, o pega desprevenido em sua retaguarda.

Virou-se de supetão e lá estava... de capa e máscara, quase irreconhecível e com um sorriso entorpecente escancarado para ele.

Matheo não conseguia atinar o que seria aquilo.

Milésimos de segundos até dar-se que não era um delírio ali, a sua frente.

Não pôde evitar um sorriso largo ao vê-la, indescritivelmente linda... mesmo enfurecido por Laila ter fugido e desobedecido sua recomendação.

— Não acredito que veio pra cá!

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora