Cap.83 - Pré-festa (Parte I)

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(Dois meses depois... segunda - sexta-feira)

E finalmente a semana do evento mais aguardado de todos os tempos.

Na segunda-feira, pós-expediente, os amigos sugeriram um encontro na Taberna, supostamente para celebrar a despedida da vida de solteiro de Matheo.

Mas havia outra intenção oculta por ali.

A comemoração seguia animada, até que... lá pelas tantas, Pablo pediu a palavra e deu início a um descontraído discurso.

— Esse é um grande dia para todos nós, afinal de contas, um membro do grupo resolveu quebrar o juramento e se enroscar para sempre num rabo de saia.

Os presentes gargalharam.

— E por isso... — continuou. — Eu sentencio o senhor Matheo de Luterant às penalidades definidas pelos demais integrantes deste digníssimo grupo. Por favor, senhor Patrick, traga a primeira punição.

E lá se apresentou o amigo, portando uma navalha.

— Essa é pela quebra do juramento. Tem algo a dizer, antes de sofrer a punição?

— Vão se fod* todos vocês!! — Matheo, mais do que previsto, já perdia as estribeiras.

Os três avançaram contra ele. Dois para segurá-lo e Patrick, "o barbeiro", encarregado de executar a pena.

O amigo quadriculou a barba do "noivo" em alusão às grades do cárcere, para insinuar que esta era a sua nova condição.

Matheo nem se opôs.

Nessa hora, a Taberna inteira já interagia com a bagunça, mesmo quem não conhecia os personagens, gritando, brindando, erguendo a caneca em direção ao "réu", assim que a execução fui concluída.

Mas o pior ainda estava por vir...

— E agora... — Pablo retomou o discurso. — Eu condeno o senhor Matheo de Luterant à penalidade máxima, por ter sido impiedoso com os outros três membros, quando tentaram, sem sucesso, fazer algo parecido. Herbert, vá buscar a punição!

Ele levou minutos.

Quando retornou, trazia na mão um pedaço de ferro em brasa com as iniciais da noiva na ponta, especialmente forjado para a ocasião: "LD" — Laila Dómini.

— Nem morto, vocês fazem isso!! — Matheo se levantou bruscamente da mesa.

— Patrick, Pablo... Segurem ele!! — exigiu Herbert.

— Não se atrevam! — pronunciou, ameaçador, com o dedo indicador em punho, recolhendo-se a um canto da Taberna.

Os amigos logicamente recuaram. Seria impossível segurá-lo, se Matheo não se rendesse.

E permaneceram ali, na espreita, de sobreaviso.

Mas, o mesmo instante, uma impensável ajuda surgiu do nada. Os desconhecidos frequentadores do estabelecimento começaram a gritar em coro: "covarde... covarde", colocando mais de lenha na fogueira que já estava prestes a explodir.

Se tinha algo que Matheo não era é covarde, além do desafio que o tirava completamente do controle.

— Vocês... ainda me pagam...

Herbert nem pensou duas vezes. Correu até o fogão à lenha, aqueceu o pedaço de ferro e enterrou sem piedade sobre a pele do amigo, nas costas, do lado direito, um pouco abaixo da linha do cinto.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora