Cap.78 - Operação Casamento (Parte II)

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Em três dias, Laila já tinha todos os apetrechos de noiva e uma desculpa de eficácia duvidosa, mas a única que pensou com Elisa para colocar em prática em tão pouco tempo.

— Matheo?

— Que foi, meu amor?

— Tenho um plano... Pra nos ausentarmos no dia.

— Daqui há três... dias, você quer dizer...?

— Pare de me pressionar! Eu fico ainda mais nervosa.

— Não fique. Não quero te ver assim. — e deixou um beijo carinhoso na têmpora dela, ainda a abraçá-la.

— Pensei em dizer à minha mãe que irei experimentar o vestido em Paloma.

— Sei.

— Quanto tempo até lá?

— Três horas. De carruagem, um pouco mais.

— Então é perfeito! Só tem um ponto...

— Hum...

— Não faz essa cara.

— Tá bem. — e providenciou um sorriso só para ela.

— A capela precisa ser no caminho.

— E por quê??!

— Pois minha ideia é sairmos pela manhã, eu você e Elisa; Herbert acompanhando Padre Alberto. Ele faz a nossa cerimônia. Depois ficamos... — e engoliu o ar de nervoso — Eu e você...

— Adorei essa parte! — já se pondo a mordê-la no pescoço.

— Pare!! Por favor! E me escute até o fim...

— Tá bom.

— Elisa vai com Herbert até Paloma buscar o vestido, pra que eu realmente o prove. Senão, pode acontecer da costureira cometer um percalço diante da minha mãe, no dia do casamento. E, depois, Herbert volta pra devolvê-lo, enquanto nós voltamos pra cá.

Nessa hora, Matheo, impaciente, já não se continha mais em agarrá-la.

— E aí? — Laila questionou, aflita.

— Aí o quê?

— O que achou?

— Ótimo.

— Matheo?! Você não prestou atenção em uma palavra do eu que disse!!

— Hum.... Realmente..... fiquei no 'eu e você'...

— Ai!!!! Por favor!!!! Ajuda vai! Não consigo fazer sozinha. — e se pôs aborrecida de vez com a falta de apoio do noivo.

— Não-faz-esse-beicinho pra mim!

— Por favor...! — ela implorava.

— Tudo bem.

— Me fale qualquer coisa.

— Parece um bom plano.

— Mas...?

— Não sei se à altura de convencer minha futura sogra.

Laila não pode não rir do comentário, mesmo enfurecida com ele.

— De qualquer jeito, é uma opção. Vou discutir com Herbert. Se ele concordar, peço que encontre a capela.

— E se não concordar?!

— Aí... Não respondo por mim.

— Matheo!!!

— A gente vai na Igreja, reza um pouco... E depois...

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora