— Alteza?
— Sim... — Laila parecia apreensiva ao ser pega de surpresa por aquele ser ultrajante e deveras ansioso, estacionado ao lado do sofá.
— Tem alguns minutos...?
— Claro... — e estendeu a mão para Matheo, que a ajudou a se "desenterrar" da confortável mobília. — Com licença, senhores. — e deixou os amigos para trás.
Ele ofereceu o braço a ela e foram deixando o Anexo para tomar o Corredor principal. Estava sério, novamente aparentando tensão... E quieto.
— Muito assédio esta noite, senhor? — ela logo tomou a iniciativa de puxar a conversa.
— Sua Alteza nem imagina...
Os dois se entreolharam no breve diálogo.
— Pelo jeito, conseguiu se desvencilhar das comemorações... — ela emendou.
— Tenho algo bem mais importante essa noite.
O que fez Laila sorrir para ela mesma.
Seguiram pela suntuosa passarela, em direção ao Saguão Principal.
Assim que o atravessaram, Matheo cumprimentou os guardas, que protegiam a Escadaria Principal, com a cabeça e continuou pelo corredor, sentido porta de serviços.
De repente, ele parou.
— Poderia acompanhar-me...? — apontando para a porta de uma sala, que ficava entre o Saguão e o Hall Anexo ao Grande Salão de Refeições, pouco utilizada, mas perfeita para o que tinha em mente.
Atravessou tal ambiente com ela rumo a outra porta que acessava a grande varanda, debruçada sobre o jardim iluminado pelas tochas que contornavam o acesso ao Castelo. Era possível enxergar ao longe as janelas dos Salões ocupados pelo Baile naquela noite. O som abafado da orquestra tocando incessante, fazia um ruído ao fundo.
— Bem, senhor... Por que estamos aqui?
— Não precisa me tratar de senhor... se não quiser... — Matheo parecia ainda mais nervoso. Inspirou profundamente, o que lhe concedeu preciosos segundos para encher os pulmões de coragem.
— Bem... O que nos traz a este lugar...? — ela insistiu, de forma bem direta, impertinente. Meio ríspida até...
— Hum... Hum... — e limpou a garganta de tensão. — Como sabe... eu tenho muito apreço por Sua Alteza...
Laila encarava-o com os olhos semicerrados, desafiando-o, o que o deixava ainda mais nervoso.
— E que a acho deveras encantadora...
— Hummm...
— Inteligente... Intrigante...
— Sei... — e levantou a sobrancelha com certo desdém, segurando o riso.
— Bem... Eu gostaria de... Sabe... acho que...
— Matheo? — ela, de repente, o interrompe. — Eu sei o que quer. Pode ir direto ao ponto.
Ele sorriu aliviado, expirando com força o ar pelo nariz.
— Casa comigo?
As pernas dela cambalearam no mesmo instante ao escutar o arrebatador pedido. Precisou se apoiar no guarda-corpo para não sucumbir. A pele formigando, o estômago contraído, o sangue concentrando-se na face, enrubescendo e provocando um calor descontrolado.
Levou segundos para refazer-se do susto.
— O quê??!
— Você me pediu pra ser direto.
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(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...