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A princesa desceu para o café, com dona Eunácia feito uma sombra em sua retaguarda, certamente que orientada por Isaboh.
Matheo não tinha aparecido, pois sabia que a esposa gostava de dormir até tarde. Além de tê-la deixado esgotada na noite anterior.
Foi encontrá-la somente no almoço.
• • •
— Gostaria de convidá-la para uma volta pelo jardim, Alteza. — ele sugeriu, todo cortês, assim que o Rei deu a refeição por encerrada.
— Eu adoraria.
E lá foi o casal comportado rumo à área externa do Castelo, seguido por dona Eunácia, que ficou de longe os observando.
— O que é aquilo?????!!! — Matheo questionou, em seu habitual tom de voz baixo e intimidante, assim que se afastaram da dama intrometida.
— Você viu? E isso é só um detalhe... Não faz ideia do que ela me aprontou pela manhã. — e se pôs a relatar o que Eunácia havia feito.
— Certeza que é coisa da sua mãe! — nem precisava ser muito esperto para deduzir a origem da repressão, para angústia de Laila, que não queria que o marido tivesse desavenças com Isaboh.
Ao final do passeio, ele deixou a "noiva" à porta principal, despedindo-se com o habitual beijo na mão:
— Até à noite. — e sussurrou ao pé do ouvido de Laila, recebendo dois olhos apavorados em troca.
Nada seria capaz de contê-lo. Matheo não se imaginava passando uma noite sequer longe da esposa, não importando o que tivesse que fazer por isso.
• • •
Laila jantou com os pais, depois recolheu-se a seu quarto.
Estranhou a "nova dama" não ter aparecido. Tão menos seu marido.
Começou a se aprontar para dormir, sem auxílio, removendo o vestido, colocando a camisola... Quando estava indo para a penteadeira...
— Quer que te ajude com o cabelo, Alteza?
— Ahhh!!!! — Laila deu um berro de susto com aquela "assombração" criando vida diante dela.
— Desculpe-me, Alteza. Não percebi que não havia notado minha presença. — cínica.
Laila estava indignada.
— Dona Eunácia. Acho de bom tom a senhora cumprimentar-me, quando chego a um lugar depois da senhora. Não é assim que se tratam os membros da realeza? — e tentou colocar a "nova dama" em seu lugar.
— Perdoe-me. Farei isso, certamente. Com licença, sim...? — e a dama deixou o quarto, muito desconsertada.
Se Eunácia se achava no direito de ensinar bons modos à princesa, deveria começar pelos dela, servindo-lhe de exemplo.
Não demorou segundos para que o marido entrasse.
— Eu vou matar essa velha!!!
— Ai não...! — Laila quase desfaleceu em outro susto.
— Não aceito que trate a minha mulher desse jeito! — praguejava, já com a esposa em seus braços.
— Nem se preocupe, meu amor.
— Não vou aceitar!
— Promete que não fará nada?
— Não!
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(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...