Cap.57 - Marcação Cerrada (Parte I)

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E os ventos sopram a favor de Laila... Confira qual novidade a aguarda. 

Não deixem de me contar o que estão achando. E, preparem os nervos para os próximos acontecimentos. Vai ser de arrasar... Os corações, é lógico! Bjs

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(segunda - sexta-feira)

Outra semana começando... E Matheo já a postos, na porta de serviços, para saudar a princesa antes dela ir à aula.

Estava sendo até bom para ele, vê-la com a marca na testa, para lembrar-se do que fez. Parecia ser o chacoalhão que faltava, impelindo-o a uma mudança de atitude em relação à Laila.

• • •

E os dias correram...

Matheo extremamente arisco e atento a tudo o que ela fazia. E Laila, novamente, angustiada pelo assédio.

**********

Na quinta-feira, assim que retornaram do treino com espadas, Matheo recebeu o recado que Fernan o aguardava para outra reunião extraordinária.

Chegando à Sala de Despachos, encontrou Herbert e o Rei já avançados na conversa.

Com Matheo ausente, Fernan foi se antecipando com seu amigo, já que se tratava de mais uma invasão, cerca de dois dias dali e, dessa vez, de conquistadores querendo tomar o Reino de Valduero.

Outra vez, Matheo escutou e, não havendo jeito, concordou em se embrenhar na tal missão.

Partiriam na manhã seguinte, logo cedo.

• • •

Durante a refeição noturna, Laila estava cabisbaixa.

— Filha minha, o que tem? — Fernan indagou, percebendo seu desalento.

O Rei havia passado a semana com um olhar aborrecido de pena dela, pelo hematoma na testa.

— Nada, meu pai.

— Papai te conhece, filha... O que é?

— O Retiro... Começa nessa segunda-feira. E acabei me lembrando... pela proximidade.

— Ah... — e não diz mais nada.

Laila havia desistido de insistir no assunto, certa de que não havia como fazer o pai mudar de ideia, ainda mais com outra invasão em andamento.

A refeição acabou.

A princesa subiu para o quarto, enquanto os pais ficaram à mesa.

— Ela está abatida novamente.

— Mas nem se preocupe, meu caro. Nossa filha está bem... Com saúde.

— Não sei, não... Esse desmaio... — Fernan estava receoso.

— Foi uma bobeira. É comum às mulheres uma recaída de vez em quando, ainda mais com um calor extenuante como este.

— Mas está aborrecida.

— É certo que está. Por conta desse Retiro. — a Rainha inferiu. — Eu até a entendo. Em seu lugar, também ficaria assim.

O rei franziu a testa para a esposa.

— É um evento aguardado pelos alunos. Todos os colegas devem participar... — e a Rainha seguiu com suas explicações.

— Mas é perigoso.

— Eu sei... Eu sei... E ela nem insistiu mais. Mas é natural que fique abatida com a proximidade. Daqui uns dias deve estar bem de novo.

— Espero.

— Talvez volte a ficar chateada quando retornarem as aulas. Os colegas comentando... Laila à parte, só escutando os relatos.

— É muito ruim ter de privá-la de algo que valoriza tanto. Mas o que posso fazer? Não há como arriscar. — Fernan se justifica outra vez. — E pelo que Laila contou, nem me parece nada d'outro mundo, as atividades desse Retiro.

— Realmente, as atividades oficiais não são muito diferentes das que existem na Escola. — concordou Isaboh. — Mas, nesse evento, o que importa mesmo não é isso.

Fernan espremeu a sobrancelha, desentendido.

— O Retiro de Verão é um marco na vida de qualquer aluno, não pelas atividades oficiais, mas pelo afastamento de casa, já que eles passam a semana inteira fazendo tudo por conta. Não há serviçais para arrumar suas camas, limpar os quartos, organizar as festas e até a preparar a comida em certas refeições. Tais incumbências ficam a cargo dos próprios alunos. — a Rainha explicou. — De tudo a que o Retiro se propõe, eu considero isso o que há de mais importante. O restante, realmente pouco importa...

— Não imaginava que fosse dessa forma.

— Meu caro... Sabe que a decisão final é sempre sua. Mas, às vezes, acho que não ajudamos nossa filha a amadurecer e criar independência. Cobramos isso o tempo todo dela, mas acabamos por não fazer nossa parte em momentos importantes.

— Tens razão... Mas por que não me contou isso antes?

— Porque meu marido não me consultou.

Novamente, uma feição de espanto fixa em Isaboh.

— Ficou concentrado na questão da segurança. E tomou a decisão com base neste aspecto somente...

— Mais uma vez... está coberta de razão, minha cara... — e beijou a mão da esposa, como sempre fez.

Fernan foi dormir encafifado por privar a filha do Retiro e até, com certo peso na consciência. Realmente, não havia ponderado qualquer questão além da segurança dela.

**********

Sexta-feira cedo, Laila desceu para tomar café com os pais. Não tinha conseguido dormir direito.

E permaneceu novamente em silêncio durante toda a refeição.

Assim que ela se retirou do Salão.

— Minha querida... Estive pensando... E se Laila fosse a esse evento, acompanhada de um grupo bem reforçado de nossos guardas...?

— Achei que já tivesse ponderado tal possibilidade.

— Bem... De fato, nem considerei nada a respeito. Matheo me desaconselhou veementemente, quando conversamos.

— Imagino... Ele é muito zeloso mesmo. Mas, neste caso... sinceramente... eu não vejo tantos empecilhos em Laila participar. O local é isolado e extremamente seguro. Sempre foi...

— Vou falar com Pablo para ver se é possível organizar a ida dela. — o Rei se prontifica.

— Laila ficará radiante com a notícia.

— Bem... Deixe-me falar com Pablo primeiro. Se estiver tudo certo, fazemos uma surpresa para ela no almoço.

— Faça isso, meu caro. Ela irá derreter-se de alegria.

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E é claro que vem confusão por aí... ;-)

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora