Aproximou-se dos dois e atravessou as costas dela com o braço, encostando a barba na testa para deixar um beijo, sem nenhum recato mais.
— Já disse à Sua Alteza... Se fizer mal a ela, eu acerto as contas com você.
— Assim...? Desse jeito...? — Matheo desdenhou do amigo.
— Do jeito que for...
— Eu espero você se recuperar. Não duelo com enfermos.
Pablo tentou acertar um chute em Matheo com a perna boa, fazendo-o desviar, na costumeira brincadeira bruta.
— É sério... Não tenho medo de você. Se fizer mal a ela, terá de se ver comigo. — Pablo reforçou a ameaça ao amigo.
Laila só ria de nervoso. De fato, Pablo e Herbert eram os únicos que já tinha visto bater de frente com aquele homem.
Pelo menos, de tentarem...
— Nem se preocupe com ela. Está bem... cuidada. — e beijou a mão de Laila, fazendo-a ruborizar. Aproveitando, não soltou mais sua mão da dela. — Sai quando daí?
— Sei lá... Vão dias ainda, pelo doutor. — Pablo devolveu.
— Quero só ver...
— E você...? Com esse braço aí?
— Acho que mais uma semana. Se não me irritar antes.
— É um bronco mesmo. Depois fica tudo torto.
— Não enche... — Matheo revidou, de pouco caso. — Bom... Tenho que voltar lá. Outra reunião.
— Sei...
— Vamos, Alteza?
— Por que vai levá-la??!! Ela está bem aqui. — Pablo contestou, arrancando um sorriso involuntário dela.
— Eu??! Deixar a minha mulher aqui, com você??! Nem morto!
O que a fez rir de nervoso, vermelha como uma pimenta.
— Vamos? — Matheo insistiu.
— Fique bem, senhor Pablo. E espero que se recupere logo. — e deu um surpreendente beijo na testa dele.
— Vai lá, antes que essa fera venha pra cima de mim. — e acenou para o amigo com a cabeça, que olhava para os dois com uma feição sinistra.
Matheo saiu caminhando com Laila em direção a escada que acessava o corredor dos serviçais, no piso térreo.
— Não sabia que ia vir aqui.
— Vim ver como ele está. Fiquei preocupada. Doutor Euclides disse que o ferimento é sério. — Laila se justificou.
— Hum...
— Por quê?
— Nada...
— Nada?
— De novo... Eu não sabia.
— E?
— Fiquei... com ciúmes...
— Que bobagem, Matheo! Ele nos defendeu. Sinto-me responsável por isso.
— Sei...
— Além de tudo, Pablo é seu amigo. E meu também... Não deveria ter ciúmes dos amigos.
— Tenho até da sombra... quando se trata da senhorita. — e já tinha parado de caminhar, perto da escada dos serviçais que levava aos andares superiores.
— Mas não pode ser assim...
— Assim...? — e dava um beijo no pescoço dela, deixando-a bem preocupada de serem pegos por alguém ali, no meio do caminho. — Ou assim...? — e subia esfregando os lábios pelo rosto até a testa.
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(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...