Cap.72 - Criando Coragem

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Aqui está uma conversa franca entre Herbert e Matheo... 

E o último empurrãozinho que faltava para aquele desfecho mais que esperado...

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(domingo)

Matheo apareceu no domingo e se apresentou ao Rei, deixando-o inconformado.

— Vá para casa, meu jovem.

— Não há como, Majestade. A situação ainda...

— Matheo, tudo que poderíamos fazer por este Reino, já foi feito. Agora, só o tempo vai nos ajudar a colocar o que falta no lugar. Não há mais nada urgente que não possa esperar até amanhã.

— Tudo bem... Com licença. — e despediu-se, contrariado por não poder continuar ali.

Resolveu dar uma escapada até o quarto dela, mas não havia ninguém. Certamente, estava Laila com a mãe ajudando na organização.

O Castelo estava bem tranquilo também. A maior parte dos serviçais de folga, restando um ou outro para servir a Família Real e os Guardas que faziam a segurança.

Decidiu ir até a Hospedaria encontrar-se com Herbert.

Mal se viram naquela semana atribulada.

Pediu ao senhor Divan que avisasse o amigo que estava à sua espera na Taberna.

Ambos estabelecimentos tinha passado ilesos pela ocupação, de tão rápida que foi a derrocada dos invasores.

Herbert logo apareceu. Ainda havia pouca gente por ali naquele horário.

— E aí??! — O amigo o saudou, contente em vê-lo.

— Tudo certo...?! — Matheo retribuiu o cumprimento com a mão, mais uns tapas nas costas.

— Tudo... E você...?

— Melhor estraga... — erguendo as sobrancelhas, expressão que Herbert conhecia muito bem.

— E ela? — o amigo emendou com a previsível pergunta.

Matheo sorriu.

— Estão bem?

Ele levantou as sobrancelhas outra vez, servindo-lhe da resposta.

— Bom saber...

Ficaram por lá um bom tempo conversando, bebendo umas canecas.

Lá pelas tantas...

— Pareço um idiota, Herbert... Não consigo me controlar. Fico lá feito um idiota atrás dela.

— Falou pra ela?

— Várias vezes.

— E ela...?

— Uns dias atrás, embriagada, confessou que gostava de mim também, mas sóbria... Sei lá. Indecifrável...

— Você tá brincando comigo??! Mas isso é excepcional!! — Herbert se animou, socando a caneca com vontade na mesa, enquanto uma expressão desentendida o fitava, não conseguindo acompanhar o que pudesse ser tão "incrível" naquilo.

— Matheo, mulheres nunca entregam o ouro, assim... de bandeja. Mas se você teve a sorte, mesmo com ela embriagada... Mas... 'Pera aí!! Como é que você conseguiu embriagá-la??!! O que foi que aprontou dessa vez??!

— Não tive nada com isso. Deixa pra lá. — não queria que Herbert perdesse o raciocínio.

— Bem... Se ela disse que gostava de você, pode saber que é disso pra muito mais. — explicou. — E ela não fez mais nada? Digo... Não deu mais qualquer outro sinal??!

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora