Ajoelhou-se ao lado dela outra vez e aproveitou para beijá-la de leve.
Laila, ora cochilava, ora retribuía...
— Pega... camisola?
E lá foi ele, buscar a vestimenta pendurada num dos biombos.
Trouxe para ela, mas, antes, teria que descalçar as botas.
Ao começar desamarrá-las, ela, como se quisesse ajudá-lo, tentou desabotoar o corpete, mas não tinha coordenação suficiente. Eis que Matheo, após tirar o calçado, sem nenhum sacrifício, foi concluir o que Laila começou. Em segundos, a deixou com os seios desnudos. Ela parecia nem se incomodar. Ainda trajava a vestimenta de baixo, as meias e a cinta que as segurava.
E ele não se conteve. Começou a beijá-la, dessa vez com volúpia, alisando os cabelos, não conseguindo evitar os seios, prendendo-os dentro os lábios, sugando-os, enquanto os mordiscava alternadamente. Ficava ainda mais enfeitiçado em estar com ela daquele jeito.
Laila correspondia como podia, desajeitada... E não parava de alisar a barba. Parecia gostar realmente de fazer daquilo.
— Não tenho forças... enfrentar você, Matheo... Nunca tive... — e, do nada, ela o surpreende com outra confissão, olhando-o nos olhos.
— Eu tentei te enfrentar de todo jeito também, meu amor, mas não consegui...
—Então... Dois perderam.
— Infelizmente sim. Nós dois perdemos. — concordou, amuado. — Mas eu não vou desistir de você. Nunca...! Nem que seja a última coisa que eu faça na vida.
Ela soltou um sorriso delirante.
— Acho que... mesmo... pai case... outro, eu... nunca... livrar... de você.
Matheo ria com do jeito dela falar, mas o que dizia causava-lhe um incômodo sem precedentes.
— Isso nunca vai acontecer! — praguejou, enquanto a beijava com voracidade por praticamente o corpo inteiro, como se quisesse marcar o território. O que provocava risos aflitos nela, não sabia se de cócegas da barba roçando, ou pelo comentário que fez. — Nem que eu tenha que te raptar e sumir com você daqui... Olha pra mim?! — ordenou, sério, segurando a cabeça dela, quase encostando as duas pontas do nariz.
Laila devolveu-lhe um olhar estranho, como se não entendesse o ato agressivo. Ele tinha mudado o semblante, agora ríspido e ameaçador.
— Você nunca vai ser de mais ninguém! Tá me entendendo??... Nunca! Só minha... Minha...! — e repetia seu termo de posse, enquanto a cobria de beijos possessivos.
— Não... fala assim c'migo. — e fez uma carinha de choro.
— Não se preocupe, meu amor... — ele retomou a calma. — Eu só quero que saiba que nada mais me importa na vida. Só você... — e encheu a mão dela de beijinhos, avançando para a boca para dar-lhe um beijo suave. — Ninguém vai te tirar de mim, Laila. Ninguém nunca vai te tirar de mim... — e balbuciava as palavras de forma doce, mas bem clara, enquanto a beijava.
Ela ainda correspondia à investida, mas já não era capaz de manter os olhos abertos. Começou a cochilar sem perceber.
Matheo, notando que estava apagada, tratou de remover as meias e a cinta, para depois vestir a camisola, que a deixou maravilhosa como sempre.
Fez um esforço enorme para carregá-la até a cama com o braço machucado, pois ainda doía muito. Mas nem se importou. Estava de novo com ela, inesperadamente confessando sentimentos surpreendentes e mútuos por ele. Mesmo que não fosse se lembrar de nada quando acordasse.
Ao colocá-la na cama, sentou-se à beira, ao lado dela, olhou mais um pouco para Laila, puxou a colcha para cobri-la e deu mais alguns beijos, não antes de dizer "amo você" outras várias vezes.
Laila, ao ajeitar-se para dormir, inesperadamente virou-se para o lado e o abraçou de surpresa, impedindo que se levantasse.
E nem precisou de muito esforço para resolver passar o resto da noite ali.
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Surpreendente, hein?! Quem diria que ele iria se segurar... Como um cavalheiro... ;-)
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(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...