Cap.67 - Ajuda ao Reino (Parte IV)

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Ajoelhou-se ao lado dela outra vez e aproveitou para beijá-la de leve.

Laila, ora cochilava, ora retribuía...

— Pega... camisola?

E lá foi ele, buscar a vestimenta pendurada num dos biombos.

Trouxe para ela, mas, antes, teria que descalçar as botas.

Ao começar desamarrá-las, ela, como se quisesse ajudá-lo, tentou desabotoar o corpete, mas não tinha coordenação suficiente. Eis que Matheo, após tirar o calçado, sem nenhum sacrifício, foi concluir o que Laila começou. Em segundos, a deixou com os seios desnudos. Ela parecia nem se incomodar. Ainda trajava a vestimenta de baixo, as meias e a cinta que as segurava.

E ele não se conteve. Começou a beijá-la, dessa vez com volúpia, alisando os cabelos, não conseguindo evitar os seios, prendendo-os dentro os lábios, sugando-os, enquanto os mordiscava alternadamente. Ficava ainda mais enfeitiçado em estar com ela daquele jeito.

Laila correspondia como podia, desajeitada... E não parava de alisar a barba. Parecia gostar realmente de fazer daquilo.

— Não tenho forças... enfrentar você, Matheo... Nunca tive... — e, do nada, ela o surpreende com outra confissão, olhando-o nos olhos.

— Eu tentei te enfrentar de todo jeito também, meu amor, mas não consegui...

—Então... Dois perderam.

— Infelizmente sim. Nós dois perdemos. — concordou, amuado. — Mas eu não vou desistir de você. Nunca...! Nem que seja a última coisa que eu faça na vida.

Ela soltou um sorriso delirante.

— Acho que... mesmo... pai case... outro, eu... nunca... livrar... de você.

Matheo ria com do jeito dela falar, mas o que dizia causava-lhe um incômodo sem precedentes.

— Isso nunca vai acontecer! — praguejou, enquanto a beijava com voracidade por praticamente o corpo inteiro, como se quisesse marcar o território. O que provocava risos aflitos nela, não sabia se de cócegas da barba roçando, ou pelo comentário que fez. — Nem que eu tenha que te raptar e sumir com você daqui... Olha pra mim?! — ordenou, sério, segurando a cabeça dela, quase encostando as duas pontas do nariz.

Laila devolveu-lhe um olhar estranho, como se não entendesse o ato agressivo. Ele tinha mudado o semblante, agora ríspido e ameaçador.

— Você nunca vai ser de mais ninguém! Tá me entendendo??... Nunca! Só minha... Minha...! — e repetia seu termo de posse, enquanto a cobria de beijos possessivos.

— Não... fala assim c'migo. — e fez uma carinha de choro.

— Não se preocupe, meu amor... — ele retomou a calma. — Eu só quero que saiba que nada mais me importa na vida. Só você... — e encheu a mão dela de beijinhos, avançando para a boca para dar-lhe um beijo suave. — Ninguém vai te tirar de mim, Laila. Ninguém nunca vai te tirar de mim... — e balbuciava as palavras de forma doce, mas bem clara, enquanto a beijava.

Ela ainda correspondia à investida, mas já não era capaz de manter os olhos abertos. Começou a cochilar sem perceber.

Matheo, notando que estava apagada, tratou de remover as meias e a cinta, para depois vestir a camisola, que a deixou maravilhosa como sempre.

Fez um esforço enorme para carregá-la até a cama com o braço machucado, pois ainda doía muito. Mas nem se importou. Estava de novo com ela, inesperadamente confessando sentimentos surpreendentes e mútuos por ele. Mesmo que não fosse se lembrar de nada quando acordasse.

Ao colocá-la na cama, sentou-se à beira, ao lado dela, olhou mais um pouco para Laila, puxou a colcha para cobri-la e deu mais alguns beijos, não antes de dizer "amo você" outras várias vezes.

Laila, ao ajeitar-se para dormir, inesperadamente virou-se para o lado e o abraçou de surpresa, impedindo que se levantasse.

E nem precisou de muito esforço para resolver passar o resto da noite ali. 

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Surpreendente, hein?! Quem diria que ele iria se segurar... Como um cavalheiro... ;-)

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora