Cap.79 - Cerimônia Oficial (Parte III)

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O sol perdia força, quando, finalmente, os dois deram um "tempo".

— Temos que voltar... — Laila comentou, contrariada.

— De jeito nenhum! — e já se pôs a beijá-la por todo o corpo. — Não deixo você sair daqui por nada no mundo... — ele passaria, se possível, o resto da vida ali, na cama com a esposa, daquele jeito.

— Matheo... Você sabe que preciso ir. Por mim passava mais uma semana...

— Um ano! No mínimo um ano. Não aceito menos.

— Está bem, vai... Um ano aqui com você. Mas sabe que não podemos.

— Hum... Será que eu sei mesmo...? — mal concluiu a frase, já partindo para cima dela a possuí-la pela enésima vez.

E Laila não resistia. Deveria reprimi-lo, mas a verdade é que não queria sair dali. Estava tão à vontade com a situação... Com ele... Amando de verdade pela primeira vez.

Mais vários minutos se foram, até que ele se acalmasse.

— Temos que ir agora...

— Tá bem. Mas a senhoria fica me devendo uma...

— Eu??! — indignada.

— Na verdade... Várias...!

Ela ria, mesmo querendo parecer séria.

— Sabe que não concebo dever nada para o senhor!

— Então, pode começar a pagar... Agora! — e se pôs a amá-la outra vez.

— Agora vamos...! Por favor... Está ficando arriscado demais.

— Se não tem outro jeito...

Contrariados, ambos se arrumaram rapidamente, juntaram seus pertences, deixando o quarto em seguida.

Laila, desesperada de fome, saiu em busca de algo para comer, pela casa. Encontrou uma maçã junto a outras frutas sobre a mesa da sala, devorando-a em segundos.

Matheo se deleitava com uma risada maliciosa.

— Pare de rir de mim! — ela o repreendeu, irritada.

— Não estou rindo de você, meu amor. Rio da situação.

Recebeu um olhar recriminador em troca, confortado por carinhosos beijinhos.

— Ama??! — Elisa surgiu do nada.

— Oi, Lis. Precisamos ir. Está pronta?

— Eu... Sim... — surpresa com a pergunta. — Mas... E Sua Alteza?

— Sim. Já pegamos tudo.

Saíram de lá direto para o Castelo, distante cerca de uma hora.

No caminho de volta.

— Você tá bem...? — ele perguntou.

— Hum hum...

— Por que essa carinha?

— Acho que é cansaço.

— Eu também... — e sorriu, abraçando-a, muito carinhoso.

— Sinto um pouco de dor também... — e apoiou a mão sobre o ventre, contorcendo as bochechas de leve.

— Imagino. Mas logo deve passar... — e deu um beijo terno na cabeça da esposa.

• • •

— Não queria ter que abandonar você. — Matheo declarou-se para ela, enquanto a deixava em frente à saída de serviços.

— Mas não está. Aliás, com certeza, não.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora