(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)

Cap.58 - Retiro de Verão x Valduero (Parte I)

E aqui está o comecinho de um pedaço alucinante dessa história...! E não vou dizer nada. Confiram vocês com os seus próprios olhos... E depois me contem o que acharam. bjs!

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(sábado - segunda-feira)

Sábado, antes do alvorecer, lá estava a comitiva pronta para partir. Laila, irreconhecível de tão agitada, com um sorriso de orelha a orelha pregado à face.

Elisa nunca a tinha visto tão animada, ainda mais para quem pulou da cama às quatro da manhã.

Fernan e Isaboh também acordaram cedo para se despedirem da filha. Ficaram emocionados ao vê-la deixando o Castelo sem a companhia deles.

— Nossa filha cresceu, minha cara. Já é uma moça...

— Não há dúvidas... Nenhuma dúvida disso. — Isaboh concordou, enxugando os olhos.

Elisa e Jafé foram com Laila dentro do carro para fazerem companhia, mais seis guardas de confiança, a cavalo, que Pablo selecionou a dedo.

Seguiram por todo o dia, fazendo poucas paradas até chegarem num pequeno Reino para repousarem.

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No domingo, o mesmo. Cavalgaram até Del Pont, onde dormiram.

Nesse povoado, Laila pode começar a entrar no clima do Retiro, já que haviam vários alunos rumando para o mesmo lugar.

A Hospedaria estava, literalmente, uma festa. Todos tão ou mais excitados que ela.

Inevitavelmente, fez vários amigos e amigas no jantar.

Alguns rapazes, ao saberem que ela seguia para o mesmo destino, já se puseram animadinhos. Também, pudera... Era de uma beleza tão única que surpreendia a todos que a vissem pela primeira vez.

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Matheo tinha chegado com o grupo a Valduero, no final da manhã de domingo.

E lá estava outra invasão violenta com requintes de crueldade. Súditos presos por todos os cantos, acorrentados ou enjaulados, e já bem judiados pelos invasores; a comida escassa; as condições de higiene péssimas.

Mais uma investida dos "Tomadores de Trono", que o grupo de LaViera não fora poupado de um árduo trabalho na retomada da vila e libertação dos habitantes.

Dessa vez, eles se dividiram em dois grupos. Um ficou na vila e o outro seguiu para o castelo.

Pelo que avaliaram da postura dos invasores, se decidissem por retomar a vila primeiramente, é certo que os inimigos "colocariam as cabeças da realeza a prêmio", dentro do castelo.

Matheo acompanhou o primeiro grupo até dominar os invasores mais agressivos, depois, foi se encontrar com o outro grupo, deixando Patrick responsável por concluir a primeira ação.

O segundo grupo não iniciou a ofensiva antes de Matheo se juntar a eles, mas cuidou para que nenhum inimigo se aproximasse do prédio e avisasse os demais sobre a retomada na vila.

Já dentro do prédio, mais um duro embate se estendeu até a madrugada, para libertar a Família Real, presa numa torre e resguardada por vários inimigos. Assim que Herbert descobriu tal paradeiro, organizou a investida para salvar primeiro a Família e minimizar os riscos de retaliações.

Mesmo depois de libertá-los, ainda havia incontáveis invasores pelos quatro cantos do prédio. O que os ajudou desta vez foi ter achado vários guardas de Valduero presos em diversos cômodos, conforme iam retomando ala por ala.

Apesar da dificuldade, que os levou a contornar a situação somente pela manhã do dia seguinte, venceram outra batalha e mantiveram a invencibilidade como a Guarda Real mais eficiente de que se tinha notícia.

O contraponto era a tal fama, inevitavelmente inflamada a cada conquista, e certa de se espalhar, não só entre os aliados e interessados em alianças com LaViera, mas também entre os grupos de invasores, o que colocava Matheo ainda mais apreensivo em deixar LaViera para combater as invasões.

Quando tiveram a certeza de que a ofensiva estava conclusa...

— Vou embora. — Matheo informa o amigo.

— O quê??!

— Eu vou voltar pra lá, Herbert. Tô indo agora...

— Mas, por que isso?

— Sei lá... Algo me diz...

— Esse algo tem cabelos compridos, curvas estonteantes e um belo par de olhos verdes.

— Não enche... — Matheo riu, mesmo exausto, da piada nada ilógica do amigo.

— Não tem com que se preocupar.

— Fica você aí. E vá falar com o Rei...... — e nem se lembrava do nome do monarca. — Não precisam mais de mim.

— Por mim, não tem nada. O problema é você. Vai dormir em cima do cavalo se sair assim. — Herbert o advertiu.

— Até parece...

— É sério. Passa na Hospedaria antes, dorme um pouco. No final do dia, você sai, já que não se importa de viajar à noite.

Matheo aceitou a sugestão do amigo. Mas fez isso num povoado próximo, já que Valduero estava bastante avariado. Inclusive a hospedaria, que levaria dias para ser reorganizada.

Cavalgou por algumas horas.

Estava, de fato, um zumbi de tão cansado.

Também... Quase dois dias sem dormir...

Chegou ao povoado de Lima, no meio da tarde, almoçou, tomou um bom banho e dormiu, levantando-se de madrugada para se por à estrada.

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Segunda-feira nem bem tinha chegado e a Hospedaria de Del Pont parecia um apêndice de Campesina, o conjunto de prédios onde era sediado o Retiro de Verão, tamanha algazarra dos alunos no café da manhã. Todos entusiasmados e até descontrolados para chegarem logo à Alenda.

Elisa estava adorando participar daquela "festa". Fez várias amizades, conheceu rapazes. Ficou até chateada de não poder passar a semana junto à ama, no Retiro.

Mais quatro horas de estrada e lá estava Laila, diante do suntuoso prédio de Campesina, encantada só de ver a construção imponente.

Ainda não acreditava que tinha conseguido...