E eis um momento tenso... Eu já sofri bastante enquanto escrevia, Laila sofreu, Matheo sofreu... Até Herbert, Elisa, o Rei e a Rainha sofreram também...
Agora chegou a vez de vocês. Não queriam matar a autora por isso... mas...
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(segunda - terça-feira)
Matheo levou horas para chegar à LaViera.
Quando adentrou o Castelo, já noite firme, percebeu que era tarde demais.
Os invasores haviam chegado antes e conseguido entrar. Não havia guardas no grande portão, que estava escancarado, um péssimo sinal. Rumou até as dependências dos serviçais. Tudo uma completa balbúrdia. Homens feridos, alguns invasores detidos, outros sem vida espalhados pelo chão.
— Javier???! — Matheo chama pelo primeiro homem de sua guarda que avistou.
— Senhor...?
— Onde está Herbert...?
Javier aproximou-se.
— Com a Família, senhor.
— E Pablo?! Patrick...?!
— Não sei ao certo.
— Ainda há foco de batalhas?
— Aqui no Castelo não. Já na Vila... Não sei. Abel está com um dos batalhões para contornar a situação.
— Ótimo. — Matheo o deixou e foi direto à Biblioteca, no terceiro piso.
Havia uma passagem da Biblioteca para a ala secreta, oculta dentro das enormes paredes do Castelo, própria para proteger a Família Real em momentos de invasão. Poderia ser acessada de lá ou dos aposentos do Rei e da Rainha, somente.
Enquanto subia a escada, quase chegando ao terceiro piso, encontrou Herbert, feição transfigurada que piorou ainda mais quando o viu.
— Onde ela tá??!!
O amigo não respondeu.
— Herbert... Por favor... Onde-está-a-minha-mulher??!!
O amigo só balançou a cabeça, esfregando os olhos.
Matheo perdeu o fôlego. Incontáveis segundos, paralisado, sem reagir.
Não podia acreditar que a tinha deixado e agora, seu melhor amigo não conseguia dizer onde ela estava.
— Já procuramos por tudo. Interrogamos os invasores.
— E os da Vila????!!!
— Pablo e Patrick foram pra lá com vários homens. Mas ela não saiu daqui, Matheo. É certo que não saiu...
— Então procure por tudo!!!!
— Já estamos.
Ele largou Herbert para trás e subiu, alucinado, o último lance de escada.
Não sabia o que fazer. Estava sem rumo.
Chegando à porta da Biblioteca, encontrou dois guardas de prontidão.
— A princesa??!
— Não está, senhor. Só o Rei e a Rainha. Desceram até aqui para esperá-la. Mas... ninguém sabe... dela... senhor... — e o guarda abaixou a cabeça, num semblante pesado.
Matheo parecia delirar.
Ficou olhando para a cara do guarda sem reagir. Os olhos vermelhos...
De repente, virou as costas e se afastou do rapaz sem dizer palavra, direto para o quarto dela.
Procurou por tudo. Chamou... Berrou por por Laila... Mas nada.
Ao se dar conta que não havia mais o que ser feito, ele encostou na parede com os olhos fechados. Um vazio tomava conta de tudo... A sensação angustiante que parecia arrancar a alma do corpo...
Estava prestes a sucumbir e entregar-se àquela dor, quando, de impulso, tomou um fôlego, enchendo os pulmões de ar e desceu a parede externa do Castelo, direto do balcão do quarto dela, feito um animal hostil e descontrolado, colocando-se a correr o máximo que conseguia, inundado por uma raiva sem precedentes, em busca dos invasores.
Não levou nada para identificar algumas casas tomadas em uma área afastada do centro da Vila.
Estava sozinho, mas isso pouco importava.
Foi para cima dos inimigos sem nem pensar, abatendo-os com um ódio imensurável, não antes de perguntar por Laila a cada um dos infelizes.
Estava tão descontrolado que assustou até os moradores de LaViera, atônitos com a brutalidade e impiedade dele.
Quando derrubou o último, viu que nada lavaria sua dor.
Sem saber que direção tomar, decidiu voltar ao Castelo.
No caminho, encontrou Pablo com alguns invasores detidos próximo a Plaza Mayor.
Feito um bicho faminto, foi para cima do primeiro infeliz que estava na mira.
— Pare, por favor!!! Isso não vai trazê-la de volta!! — o amigo até conseguiu contê-lo por hora, mas Matheo estava fora da si. O jeito que olhava, reagia, alheio a tudo... Parecia em outro planeta.
Pablo estava diante da pior versão de seu líder. Aquela que todos temiam que um dia viesse à tona. E percebeu que ninguém seria capaz de segurá-lo, caso a resposta que procurava não chegasse logo.
Ou pior... Caso alguém trouxesse a notícia que tanto receavam.
• • •
Matheo, já de volta ao Castelo, retornou ao terceiro piso, encontrando-se com vários guardas pelo caminho, sempre fazendo a mesma pergunta... Se alguém a havia achado...
Mas nada... Ninguém lhe dava a resposta que tanto esperava.
Novamente no quarto dela, ele a procurou em cada canto. Mas, infelizmente, não havia qualquer vestígio de "sua mulher".
Entregue, atirou-se no chão em frente à cama dela, apoiou as costas na cabaceira de madeira e, com a cabeça entre as mãos, chorou de ódio, condenando-se por ter sido tão descuidado e a perdido daquele jeito estúpido.
Ainda não acreditava que aquilo era real...
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(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...