Cap.49 - Recaída (Parte I)

842 146 30
                                    

Agora, vários capítulos de Laila e Matheo para vocês... Divirtam-se, lindonas! bjs

❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎

(domingo)

Quando Laila acordou, Elisa estava sentada numa cadeira, à beira de sua cama, com a boneca desajeitada no colo, olhando com cara de espanto para a ama. Parecia uma assombração.

— O que faz aqui??! — Laila se assustou.

Elisa não respondeu.

— Não é seu dia de folga...? Ai, Meu Deus, que horas deve ser...?!

A dama, com olhos esbugalhados, não pronunciava uma palavra sequer.

— Que foi, Elisa?! — já irritada.

— Minha... ama... Estou desde às oito horas aqui... porque... não conseguia mais dormir...

— E o que houve...?

— A senhorita que deve me explicar... O que é que foi aquilo... ontem...

— Ai, Elisa...! Você aí, de novo, me interrogando. — e enfiou a cabeça debaixo do travesseiro, tentando fugir de dar satisfações.

— Eu não vou... sair daqui... enquanto a senhorita não falar.

— Lis... Pare com isso, está bem? Não suporto interrogatórios.

— Por... favor...

Laila respirou fundo. Queria não precisar falar daquilo, mas não tinha como se esquivar da dama.

— Matheo conseguiu convencer meus pais para que eu ficasse na festa um pouco mais...

E a dama não dizia nada.

—Desde que fosse com ele...

Elisa estava ainda mais aterrorizada.

— Acabou até me fazendo... uma boa companhia no final.

Os olhos só aumentavam...

— E foi só isso.

Mas a dama não voltava do estado de choque.

— Lis... Por favor! Não torne as coisas mais difíceis e confusas que já estão.

Elisa ainda não mexia um músculo, petrificada.

— Lis!! — Laila dá um grito para "acordá-la".

A dama estava pálida.

— Lis... por favor... Vá aproveitar seu dia de descanso.

Laila deixou a cama, ajeitando os cabelos.

— Tome aqui. Pegue essas moedas e vá se divertir. Quem sabe até, comprar alguma coisa... Um presente... — e esticou o braço para a dama, depois de tirar as moedas de uma pequena caixa sobre a penteadeira.

Elisa só abriu a mão, sem dizer nada.

— Quando descer, avise quem estiver na cozinha, que irei tomar o café na copa dos serviçais, sim?

— Está bem... Alteza. — Elisa seguia apática, como se fosse um ventríloquo assustador. — Quer que eu dê fim... nisso...? — pergunta, com a boneca enrolada nos braços.

Laila pensou por segundos, olhou para a boneca desengonçada...

— Não... Pode deixar por aí. — e tentou fingir indiferença.

— Não creio... que vá ficar... com ela. — e a dama arregalou ainda mais os olhos, já prestes a saltar da face.

— Resolvo depois.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora