(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)

Cap.77 - Mudança de Planos (Parte I)

E agora se preparem... pois essa #princesinhasapeca vai aprontar. 

Só me digam o que acharam depois, hein...?! E vamos nessa!!

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(segunda - quinta-feira)

De fato, Laila vinha passando sufoco com Matheo, que intensificava a abordagem, criando cada vez mais oportunidades de aproximar-se dela, sem medidas.

As aulas tinham voltado, para o alívio dela, junto às atividades extra-escolares, que lhe concediam boas razões para ficar fora do Castelo e distante do noivo, o tempo que conseguisse.

Mas, à noite, ele sempre a pegava desprevenida no quarto, deixando-a sem meios de ver-se livre, já que porta ou janela alguma no mundo pareciam imunes aos instintos descontrolados daquele homem pela noiva.

Sem ver saída, Laila saiu em busca de uma solução, pois era claro que não conseguiria contê-lo por muito mais tempo. Inclusive, mais se desentendiam que ficavam juntos, transformando a vida dela num inferno.

Ela foi até a Igreja para uma conversa com Padre Alberto, na quinta-feira daquela mesma semana.

Quando deixava a paróquia, lá estava o noivo a aguardá-la.

Era impressionante como não conseguia manter nada oculto de Matheo, por mais de meia hora...

— Padre Alberto, à propósito, este é o meu noivo, Matheo.

— Ahh... Muito prazer em vê-lo, meu jovem.

Matheo, apesar de não ser nada ligado a Igreja, sabia que deveria beijar a mão do Padre em respeito.

— Benção, Padre.

— Deus o abençoe, meu filho. — o sacerdote era muito carismático. — Que coisa maravilhosa... O casamento... Estou muito feliz por nossa princesa estar de casamento marcado. Espero que a faça muito feliz, meu jovem. — discursou. — Ah... Me lembrei de uma coisa. Espere aqui um instantinho, sim?

O noivo, indiferente, acenou para o Padre.

Aproveitando que ele se ausentou...

— E posso saber o que a minha noiva veio fazer aqui na Igreja? Sem me avisar??!

— Vim resolver o nosso problema.

Ele olhou intrigado para Laila.

— E desde quando, nós temos um problema??! — já agarrando-a por trás, entrelaçando os braços em sua cintura, dando vários beijos pelo rosto, pescoço, orelha, sem se conter, como sempre.

— Matheo, pare por favor!! — Laila tentava se livrar dos braços enormes, que nem se mexiam. — Comporte-se, homem!! Estamos em frente à Igreja.

Em dois minutos, o Padre retornou presenciando a cena de Matheo com a noiva. Ele a soltou a contragosto, mas não evitou um constrangimento perante Alberto.

— Hum, Hum... — e agora, além da noiva, lá estava o sacerdote, bem incomodado com a falta de compostura do rapaz.

— Esse é o problema... — ela disse, baixinho, enquanto Alberto se aproximava.

— Aqui está, meu filho. Um exemplar dos ensinamentos do Senhor, para que você se ilumine e esteja em paz com os Céus, no dia do casamento e para todo o sempre, ao lado de nossa fabulosa princesa. — discursou, em timbre repressivo.

— Obrigado, Padre... — e Matheo chacoalhou o pequeno livro na mão.

— Benção, Padre. — Laila deu um beijo respeitoso na mão de Alberto.