Cap.58 - Retiro de Verão x Valduero (Parte IV)

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E sua Alteza finalmente se rendeu... Mas a quem será? Vamos descobrir...

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Sebastián voltou um tempo depois e a chamou para dançar novamente.

— Aproveitando, Alteza?

— Muito... E o senhor...?

— Bastante também.

Mais alguns segundos em silêncio...

— E a senhorita, conheceu muita gente neste Retiro?

— Certamente.

— E há alguém... especificamente... que tenha lhe chamado atenção...?

— Bem... Todas as pessoas que conheci até agora foram muito adoráveis comigo.

— Todas...?

— Sim...

— E há algo assim... que tenha se destacado dos demais... para Sua Alteza? — já deixando claro onde queria chegar com aquela conversa.

— Sebastián... Eu realmente me afeiçoei a várias pessoas aqui. Mas, talvez... ainda seja muito cedo para te dar essa resposta. Quem sabe até o final do evento eu já não esteja mais certa sobre... isso...

Comentário que atendeu satisfatoriamente às expectativas dele. Não tirou sua esperança, apesar de Laila não ter sido específica em relação a qualquer coisa.

Ao colocar a cabeça no travesseiro, outra vez lá estava ela, aflita com a avalanche de pensamentos.

Não era justo afeiçoar-se a alguém que lhe fez tal mal... Não havia lógica nisso... Mas o amor é ilógico... E racional... E ela descobria o efeito prático de tal teoria da pior forma possível.

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No outro dia, mais atividades, entrosamento e um vazio que a acompanhava por onde fosse. No fundo, no fundo, sentia-se ridícula por gostar dele. Não conseguia assumir nem para si mesma tamanho absurdo de afeiçoar-se àquele ser-do-mal, tentando lutar contra um destino caprichoso que colocou seu coração numa cilada sem precedentes.

• • •

Mais uma noite de festa e Sebastián fazia-se presente logo na entrada do Salão improvisado.

Com o objetivo de sabotar seus sentimentos inaceitáveis por aquele homem perverso, lá foi Laila permitir-se novamente ser adulada pelo rapaz, que estava ali... Todo entregue... disponível, bonitinho, educado, conhecido, previsível e com olhares deslumbrados a admirá-la...

Realmente os homens são óbvios demais... Concluiu.

— Boa noite, Alteza.

— Boa noite, Sebastián.

— Me daria a honra de uma dança? 

— Certamente.

E lá foram para o meio do Salão a bailar, naquela encalorada noite de verão.

Sebastian não pode deixar de notar o decote ousado, logo abaixo de seu queixo. E conferia o conteúdo sempre que encontrava uma oportunidade. 

Os dois se desprenderam durante um tempo, cada qual com seu grupo de amigos, mas Sebastián procurou não se afastar muito.

Lá pelas tantas, ele ressurgiu com um "convite" para tomarem um ar, no jardim. Era arriscado, surpreendente e contra seu genuíno desejo. Mas, no fundo, Laila não tinha nada a perder.

(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora