Dia seguinte, Laila sentiu-se estranha ao acordar ao lado do marido. Estava nua e esgotada. Não descansou nem a metade do que precisava.
Além do pouco de frio que passou, Matheo ainda se mexeu, inquieto, durante a noite inteira, fazendo-a despertar assustada inúmeras vezes. Isso fora o peso do corpo de seu marido sobre o seu, já que ele dormiu parcialmente em cima dela, como se quisesse evitar que fugisse.
— Já acordou, meu amor? — e beijou os lábios, amável.
— Acho que não dormi direito. — coçando os olhos que ardiam.
— Melhor se acostumar...
— Preciso mesmo. Mas leva um tempo.
— Com certeza. — e intensificou os beijos, afobado, prenúncio do amor que estavas prestes a fazer na esposa, mais um vez...
• • •
— Tenho que ir.
— Está bem... — ela só pensava em dormir. Dois dias inteiros, se pudesse.
— Vai sentir falta de mim...?
— Acho que não vai dar tempo. — e devolveu-lhe um meio-sorriso, ainda com o marido em cima dela, mal conseguindo manter os olhos abertos.
— Não mesmo... — e a beijou outra vez. — Amo você, Laila. — e declarou-se, antes de se levantar e vestir a roupa.
Ela pegou no sono profundo outra vez, nem vendo quando Matheo foi embora.
Acordou com Elisa esmurrando a porta trancada.
A dama foi providencial. Trouxe o café da manhã, certa de que sua ama precisava daquela refeição como nunca antes.
— Minha ama, são sete e meia da manhã. Tem que se aprontar, senão, chegará atrasada à Escola.
— Nossa... Estou acabada, Lis.
— Faço ideia... Venha comer.
Laila se sentou à pequena mesa e devorou seu café. Depois, precisou apressar-se com a toilette para recuperar parte do atraso.
Próximo a carruagem, Matheo a aguardava feito um poste.
— Passou bem, meu amor...?
— Muito.
— Boa aula. — e a beijou na testa, sem se acanhar, na frente dos guardas e de Jafé.
— Obrigada.
Herbert foi procurar por ele, logo pela manhã, na área de treino.
— E foi tudo bem?
— Melhor estraga.
Os dois se cumprimentam com um aperto forte de mãos.
— Valeu... Mais uma vez... — Matheo agradeceu o amigo.
— Ela é sua agora, meu irmão... Cuide bem dela.
— Nem se preocupe.
E a duríssima missão finalmente estava conclusa.
• • •
Laila assistiu as aulas sonolenta. Era estranho imaginar-se casada e tudo o que se passou desde o dia anterior, sem poder contar a ninguém. Nem para as melhores amigas.
Aliás, o clima por ali era de pré-festa de casamento, com Anabella e Luzia a importunarem querendo saber todos os detalhes, os convidados, o local, a cerimônia e principalmente sobre vestido, já que Laila havia faltado a aula para ir prová-lo, no dia anterior. E lá ela ficou, respondendo a cada indagação com a empolgação que não tinha, para as entusiasmadas amigas.
Já Matheo, passou uma manhã tranquila.
Pablo, que treinava os guardas com ele, nem o reconhecia. Estava sereno, sem qualquer sinal da típica inquietude que lhe era companhia inseparável.
• • •
À noite, depois do jantar...
— Boa noite, ama.
— Boa, Lis.
Deu segundos que Elisa deixou o quarto...
— Já tá linda demais, meu amor. — e ele surpreendeu, enquanto Laila, em sua penteadeira, preparava uma trança para dormir.
— Ai, Meu Deus!!! De novo, Matheo... Me pegando desprevenida.
Ela vestia a mesma camisola cor de pérola do dia anterior.
Ele a tomou no colo, no segundo seguinte, ajeitou-a sobre o leito e se pôs a amá-la intensamente, como era de se prever.
Depois ficaram lá, se curtindo.
Era impressionante a habilidade dele em fazê-la se sentir adorada, desejada...
— Você não pode me pregar esse susto, sempre que entrar aqui.
— Eu sei. Desculpa. É que eu tava ansioso... E Elisa não saía nunca.
— Ela sempre ajuda a me preparar para dormir.
— Precisa começar a se livrar dela antes.
— Mas sempre foi assim...
— Agora não mais. A senhora é uma mulher casada e seu marido a quer... Só dele... O quanto antes... Pelo maior tempo possível...
O que a fez sorrir da impertinência.
— Vamos ter que mudar toda a rotina.
— Com certeza... Até porque não ficaremos aqui por muito tempo.
— Vou sentir falta desse quarto. É meu desde que nasci.
— Mas pequeno pra nós dois.
— Quem mandou eu arranjar esse marido volumoso, não??!
— Agora não adianta mais lamentar... — e se pôs a morder as costas dela, que não controlava os gritos aflitos.
Nem era preciso dizer aonde aquele assédio todo ia dar.
• • •
— Hora de ir... — Laila anuncia.
Matheo ficou a encará-la, sorrindo lindo, sem dizer nada.
Depois, ajeitou-se de lado despejando o braço gigante sobre o torso dela.
— Ei...??! Tem que ir.
— Não existe... a menor chance... de eu sair daqui agora.
— Que intransigente.
• • •
Dormiram do jeito que estavam.
Laila acordou no outro dia, soterrada sob uma montanha de músculos, com dores pelo corpo inteiro.
❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎
Meus amores... O Livro 3 de Laila está revisado na Amazon com capítulos e trechos extras... Quem puder, dê uma passada por lá! Custa apenas R$12,99. Obrigada!
VOCÊ ESTÁ LENDO
(COMPLETO) Laila Dómini - Quando é para ser... (Livro 3)
RomanceE finalmente o 3º, último e derradeiro livro da história de **LAILA**. Quem ainda não leu o 1º ou o 2º livro, ambos estão na minha página @vivianevmoreira no wattpad. ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ Até chegarmos no desfecho dessa impensável história...