Erling, para de desespero

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Como prometido, Haaland foi me buscar na hora de ir embora. Eu ainda precisava ir buscar meu carro novo na loja, com tudo que aconteceu no final de semana, havia esquecido. Em todo caso, queria voltar pra casa com ele, então deixei pra ir buscar a noite, junto com Beca.

- Oi meu amor. - Ele me deu um selinho assim que abri a porta. - Pronta pra ir embora?

- Sim. - Segurei sua mão e tranquei a porta da sala.

- Estava dando uma olhada na minha agenda hoje. - Comentou enquanto caminhávamos até o elevador. - Vi que tenho um jogo pela seleção da Noruega.

- Isso é bom, não é? - Fingi que não sabia de nada.

- É. - Deu de ombros. - Sempre tentamos, mas nunca conseguimos nos classificar.

- Pode ser diferente esse ano. - Tentei lhe encorajar. - O importante é que você faça o melhor que pode.

- Eu sempre faço, mas não muda muita coisa. - Nós entramos no elevador, ele parecia cabisbaixo.

- Fica tranquilo, amor. - Deixei um beijinho em sua bochecha. - E me traz a camisa que você usar no jogo.

- Tá bom. - Ele esboçou um sorrisinho. - Amanhã você já vem com seu carro novo?

- Isso mesmo. - Devo confessar que estava animada com isso. - Vou buscar hoje a noite.

- Com a Rebeca? - Assenti. - Tudo bem.

- Você quer dormir lá em casa hoje? - Convidei. - Pode ir com a gente buscar o carro.

- Dormir na sua casa, pela primeira vez. - Ele fingiu pensar. - Eu adoraria.

- Ótimo. - O abracei de lado e saímos do elevador juntos.

Como eu não poderia finalizar o dia ilesa, demos de cara com Ethan no estacionamento, ao lado do carro dele. O carro não estava lá quando chegamos de manhã cedo. Respirei fundo e senti meu estômago se revirar, Ethan não mexia comigo de maneira alguma, mas eu me sentia mal por estar tão feliz, como se esfregasse minha alegria na cara dele. Ele não disse nada, olhou para nós dois abraçados e rapidamente entrou em seu carro, dando partida logo em seguida.

- Idiota. - Ouvi Haaland resmungar, mas preferi não dar importância.

- Vamos? - O puxei para perto do carro e ele abriu a porta pra que eu pudesse entrar.

- Quer que eu compre o jantar? - Ele perguntou enquanto dava partida no carro.

- Não precisa, eu cozinho. - Coloquei o cinto de segurança.

- Gosto da sua comida. - Ele sorriu. - Embora só tenha comido duas vezes.

- Vai comer mais vezes. - Afirmei.

- Vai cozinhar pra mim quando nos casarmos? - Perguntou, com um sorriso no rosto. - Não precisa ser sempre..

- Claro que vou cozinhar. - Eu ri. - Também preciso comer.

- Eu vou aprender a cozinhar também, prometo. - Ele colocou a mão ma minha coxa e fez carinho.

- Em todos esses meses, nunca vi a moça que mantém você vivo e seu apartamento limpo. - Comentei e ele riu.

- Sarah sempre vai lá quando não estou em casa. - Explicou. - Acho que eu a irrito, é uma senhora muito metódica.

- E você é bagunceiro. - Ele assentiu.

- Acho que ela só continua indo lá por causa da minha mãe. -  Deu de ombros. - As poucas vezes que nos encontramos ela me olha de cima a baixo, julga até minha alma e me diz pra cortar o cabelo.

Yuànfèn - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora