Mas, se eu quiser, você deixa?

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As mãos dele seguraram minha cintura com força, finalmente reagindo ao meu toque. Não sei o que me deu na cabeça, mas, depois de ouvir Haaland dizer tudo que disse, a única coisa que pareceu certa a ser feita foi pular em seu pescoço. Nos afastamos quando o ar faltou, ele manteve as mãos onde estavam, continuei segurando seu rosto e encostei minha testa na dele.

- Você acabou de me confundir pra caramba. - Ele abriu os olhos e me encarou.

- Bem, eu estou do mesmo jeito, sobre quase tudo. - Sussurrei de volta.

- Quase tudo? - Suas mãos desceram para o meu quadril, me segurando contra seu corpo.

- Tenho certeza de que quero muito beijar você. - Ele abriu um sorriso enorme e avançou na minha direção novamente.

Segurei sua nuca, enfiado os dedos entre os fios de cabelo ainda úmidos. Os braços de Haaland se enroscaram ao meu redor, acabando completamente com qualquer distância que ainda restava entre nós. Senti meu corpo formigar e esquentar, vibrações gostosas se espalhando pela minha pele a medida em que era tocada por ele.

- Doutora. - Ele afastou o rosto. - Estamos indo por um caminho arriscado.

- É mesmo? - Parte da minha mente gritava a plenos pulmões pra que eu saísse correndo, mas o meu corpo se recusava a sair de perto dele. - Que caminho?

- Ellie.. - O jeito como ele sussurrou meu nome já me disse tudo. - Não pode brincar comigo assim.

- Não estou brincando com você, loirinho. - Tirei o óculos do seu rosto. - Mas, se eu quiser, você deixa? - Haaland fechou os olhos com força e respirou pesadamente.

- Eu deixo você fazer tudo o que quiser comigo. - Respondeu ainda de olhos fechados. - Tem certeza que você quer isso? - Ele roçou os lábios nos meus, me fazendo ansiar por mais um beijo.

- Desde que te vi entrar por aquela porta hoje de manhã. - Respondi e ele riu.

Haaland levou uma das mãos até o meu cabelo e soltou o coque que eu havia feito, logo emaranhou os dedos entre meus cabelos e me segurou com mais força, inclinando minha cabeça para o lado. Ele deslizou os lábios vagarosamente por meu maxilar até chegar ao meu pescoço. Senti arrepios terrivelmente bons enquanto ele fazia isso.

- É pouco tempo. - Disse baixinho e passou a deixar alguns chupões leves no meu pescoço. - Eu te quero desde que te vi naquele corredor. - Meu coração acelerou, ele deixou um chupão mais forte, que fez com que eu me mexesse em seu colo. Haaland arfou. - Eu só vou te perguntar mais uma vez, doutora. - Ele levantou a cabeça e me encarou. - Tem certeza disso? - Assenti. - Não vai surtar comigo depois?

- Estou surtando com você agora. - Me remexi em seu colo novamente.

- Eu não vou mesmo perguntar de novo. - Ele riu e me beijou.

Haaland se recostou no sofá, fazendo meu corpo se inclinar sobre ele. Sua mão segurava firme minha nuca, como se tivesse receio de que eu me afastasse a qualquer momento, coisa que eu, definitivamente, não iria fazer. Passei minhas unhas sobre o abdômen dele e seus músculos se contorceram em baixo de mim. Não conseguíamos manter nossas bocas distantes por mais de um segundo, os beijos foram se tornando algo desesperado e até mesmo feio, porquê, sinceramente, estávamos quase nos engolindo. Dei um pulinho em seu colo quando meu telefone tocou em cima da mesa.

- Não.. - Ele me segurou quando tentei levantar.

- Preciso atender, deve ser a Beca. - Consegui me desvencilhar de suas mãos.

- Que saco.- Resmungou quando saí de cima dele.

Tentei regular minha respiração antes de atender o telefone, realmente era beca e ela percebe absolutamente tudo.

- Alô? - Falei assim que atendi.

- Porquê você ainda não está em casa? - Ouvi o barulho dela jogando as chaves em cima do balcão da cozinha do nosso apartamento.

- Eu ainda estou aqui no Haaland. - Respondi e me assustei quando senti as mãos dele circundando minha cintura.

- Ele ainda não acordou? - Perguntou.

- Acordou. - Prendi minha respiração pra evitar um gemido quando senti ele deslizar as mãos por minha cintura e deixar um beijo na minha nuca. - É que nós estamos toman..

- Ocupados. - Haaland pegou o celular da minha mão. - Ela te liga daqui duas ou três horas.

- Vocês o quê? - Ouvi Beca gritar do outro lado, mas Haaland simplesmente desligou o telefone e o largou em cima da mesa.

- Você é louco. - Tentei brigar com ele, mas já estava entorpecida demais pra conseguir me sentir brava.

- Por você, doutora. - Ele me beijou novamente.

O beijo de Haaland é quase uma anestesia para mim, é a mesma coisa que senti quando nos beijamos da primeira vez, só que mil vezes mais amplificado. Ele agarrou minha cintura de novo e começou a caminhar comigo em direção ao quarto, não ofereci resistência, queria mesmo é que ele me virasse do avesso. Eu não estava enxergando por onde estávamos andando e acredito que tampouco ele, porquê tropeçamos no sofá e na mesa de centro antes dele me prensar contra a parede.

Puxei o ar quando minhas costas bateram contra o concreto e a boca dele se afastou da minha por mais de dois segundos. Mas, não tive muito tempo, Haaland apoiou uma das mãos na parede e segurou meu rosto com a outra, me beijando novamente. Fiquei na ponta dos pés e me segurei em seu pescoço, aprofundando nosso beijo, ele sorriu ainda com os lábios contra os meus e prendeu meu corpo contra a parede novamente, sobrepondo seu corpo sobre mim.

Ele me segurou com as duas mãos novamente, apalpando meu corpo, arfei em sua boca quando ele enfiou as mãos por dentro da camisa e as deslizou até em baixo dos meus seios.

- Você dormiu com as minhas roupas, sem lingerie? - Se afastou o suficiente pra perguntar.

- Você molhou todas as minhas roupas ontem. - Arfei, sentindo o calor do seu toque se espalhar por meu tórax.

- Ao menos uma coisa eu fiz certo. - Ele riu.

Haaland me segurou com mais força e me ergueu do chão, cruzei minhas pernas em sua cintura e ele me sustentou, segurando minha bunda. O beijei novamente, enquanto completávamos o caminho até o quarto dele.

Ele não me pôs no chão quando entramos, apenas fechou a porta como se me segurar com um único braço não fizesse diferença alguma. As cortinas do quarto ainda estavam fechadas, assim como os lençóis ainda estavam bagunçados. Ele sentou, me colocando em seu colo.

- Preciso perguntar, antes de qualquer coisa. - Disse baixinho. - Tenho permissão pra tocar mais intimamente em você?

- Tem sim. - Assenti e ele não disse mais nada, me beijou mais uma vez, nos virando na cama e ficando por cima de mim.

Haaland é enorme, foi estranho ter um homem tão grande pairando sobre mim, porquê Luck não é alto e nunca teve tanta presença ou controle sobre mim quanto Erling tem.

Mas, ter um homem gostoso pra caralho como esse em cima de mim é mais do que eu pedi a Deus.

Yuànfèn - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora