Avisamos à Jena que nos atrasaríamos e seguimos para minha casa. Eu não pretendia usar nenhuma das camisas que Haaland havia comprado, mas, cá estou eu vestindo uma delas. Tenho que confessar que fiquei bonita, até mesmo a saia curta que Jena me emprestou ficou legal, mas eu me sentia desconfortável com ela. Não sou acostumada com roupas curtas e o frio estava arrepiando minhas pernas.
Percebi os olhos de Haaland brilhando quando me viu usando a roupa que ele me deu. Eu gostei disso, gostei dele me elogiar, gostei do modo como seus olhos me encararam com admiração. Eu gostava de ser olhada por ele e gostava de olhar pra ele também. Mesmo tremendo de frio, consegui notar seus músculos sutis e definidos marcados pelo tecido molhado da camisa de treino, sua pele sequer se arrepiou com a água fria e isso me deixou ainda mais interessada. Me odeio por gostar dele em tudo que ele faz, por me sentir mais atraída a cada vez que nos trombamos. Isso não é vai acabar bem se continuar assim, porquê percebo que ele não tem feito o mínimo esforço pra esconder o interesse que tem por mim e isso me confunde.
- Você está bem? - Ethan perguntou antes de permitir que eu entrasse no carro. - Seus lábios estavam roxos.
- Estou. - Afirmei. - Só tenho muita sensibilidade a temperaturas muito baixas.
- Posso checar os seus reflexos, rapidinho? - Pareceu um pouco constrangido. - Você pode ter batido a cabeça e não percebeu por conta do torpor da água gelada.
- Tudo bem. - Acabei rindo.
Ethan se aproximou de mim e segurou meu rosto entre as mãos, me centralizando em sua visão. Logo pegou o celular do bolso e ligou a lanterna, apontando para meus olhos.
- Pupilas reativas. - Informou. - Pode acompanhar meu dedo?
- Sim. - Acompanhei seu dedo indicador enquanto ele o movimentava de um lado pra outro.
- Sente tontura, dificuldade em manter o equilíbrio ou manchas na visão? - Perguntou por fim.
- Me sinto bem. - Segurei suas mãos e ele desativou o modo médico. - Não bati em lugar algum, só fiquei com frio.
- Tudo bem. - Ele encarou nossas mãos juntas. - Pode não beber álcool essa noite, só pra garantir?
- Não prometo nada. - Soltei suas mãos. - Estou liberada?
- Por hora. - Ele riu. - Vamos.
Entramos no carro e seguimos em direção ao meu apartamento.
- Será que a Jena vai ficar chateada se eu convidar a Beca? - Questionei quando chegamos no condomínio.
- Acho que não. - Ethan deu de ombros. - Jena é animada, quanto mais gente melhor.
- Acho que Beca ainda está de folga hoje. - Comentei vagamente. - Ela gosta de bares, bem mais do que eu.
- Se você não gosta, porquê estamos indo? - Me encarou quando entramos no elevador.
- Porque minha prima psiquiatra me disse que preciso viver minha vida ou vou enlouquecer. - Respondi, o fazendo rir.
- Faz sentido. - Maneou a cabeça, concordando.
Beca estava assistindo televisão quando entramos, ela nos ignorou no primeiro momento porque pensou que era apenas eu.
- Boa noite! - Ethan cumprimentou e somente aí recebemos atenção.
- Boa noite! - O sorriso dela bateu nas orelhas. - Bom te ver, Ethan.
- Bom te ver também. - Ele riu.
- Se arruma, vamos a um bar. - Avisei pra ela. - Quinze minutos.
- Sério? - Ela se levantou animada. - Adoro bares.
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Yuànfèn - Erling Haaland
Fiksi PenggemarA força de um vínculo entre dois indivíduos. Um relacionamento unido pela fé e pelo destino. O amor que existe entre duas pessoas. || Esta história é composta por dois livros, ambos de mesmo nome, disponíveis no meu perfil. ||