A motorista é uma gata

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Erling Braut Haaland

Irei jantar com a família da Ellie hoje e por algum motivo, estou nervoso. Teremos que sair mais cedo do trabalho, pra conseguir chegar na hora certa, vamos precisar dormir por lá e sair bem cedo pra voltar direto pra o centro de treinamento. Combinamos de ir no carro dela, então a doutora passou na minha casa pra me buscar.

- Seu táxi, senhor. - Ela buzinou quando me viu saindo.

- A motorista é uma gata. - Comentei quando entrei no carro. - Bom dia, amor.

- Bom dia. - Ela se inclinou e me deu um beijo. - Dormiu bem?

- Sim e você? - Ela assentiu. - Estou ansioso pra hoje a noite.

- Não precisa ficar assim. - Ellie riu e deu partida no carro novamente. - Meus pais já gostam de você.

- Mas eles me conhecem a pouco tempo. - Retruquei.

- Erling, nós já estamos juntos a alguns meses. - Ela pareceu pensar um pouco. - Mesmo que não oficialmente.

- Eu sei, amor. - Retruquei, mas meu estômago insistia em continuar gelado. - Mas eles não sabem disso e eu nem quero que saibam.

- Porquê? - Perguntou com um sorrisinho no rosto, ela estava se divertindo com meu nervosismo.

- Eu me sinto um idiota quando penso que te fiz passar por tantas coisas. - Confessei. - Tenho vergonha e fico constrangido de imaginar que eles possam ficar sabendo disso.

- Relaxa. - Ela já não sorria mais. - São coisas do passado que não me impediram de amar você.

- Você não sabe o quanto isso me conforta. - Respirei fundo. - Mas ainda são coisas pelas quais eu sinto que devo te compensar.

- Eu tenho algumas ideias de como você pode me compensar.

- É mesmo? - Perguntei inocentemente antes de notar o tom ambíguo na voz dela. - Doutora, que pouca vergonha é essa?

- Mas eu não disse nada. - Ela começou a rir. - Você que tem a mente poluída.

- Sei. - Acabei rindo também. - Sabe, ontem foi a maior algazarra durante o treino.

- Sério? - Ela me olhou de relance. - O que houve?

- Os caras viram as notícias sobre nós. - Expliquei. - Acho que nunca levei tantos tapinhas nas costas.

- Eles te parabenizaram por estar namorando comigo? - Perguntou, incrédula.

- Sabe quantos daqueles caras queriam estar no meu lugar nem que fosse por uma noite? - Retruquei. - Você é assunto naquele vestiário desde que chegou no clube.

- Que machista! - Ralhou, mas riu. - Nossa, vocês são idiotas demais.

- Eu conquistei a gata. - Me gabei. - Eu sou o rei daqueles caras, exemplo de vida, líder inabalável, figura de respeito.

- Quanta bobagem. - Ela revirou os olhos, mas caiu na risada logo em seguida. - Você é maluco da cabeça.

- Desde a minha adolescência que eu sou polêmico. - Brinquei.  - Adorei ver o Alvaréz se mordendo de raiva.

Yuànfèn - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora