As arquibancadas estavam lotadas, haviam muitos torcedores do Fluminense, mas a torcida do City era maior, o que fazia sentido. Nos sentamos em uma área privilegiada, juntamente com Kevin, que também estava lesionado. O ruivo estava tão infeliz quanto Haaland, mas tentava manter o bom humor. Ederson estava nervoso, a torcida adversária estava xingando ele, embora pertencessem ao mesmo pais, as pessoas pareciam esquecer disso durante os jogos.
Como esperado, o City venceu e foi campeão do mundial. Haaland esperou até considerar minimamente seguro e pegou minha mão, me levando para o campo. Os jogadores estavam felizes, trocando camisas e tirando fotos com os filhos uns dos outros, o loiro parecia ter esquecido do pé ruim e saiu abraçando todo mundo, sempre me puxando pela mão, como um chaveiro.
- Parabéns por mais esse troféu, pessoal. - Eu sorri quando a maior parte do time se aglomerou perto de nós.
- Vem tirar uma foto comigo. - Haaland enlaçou minha cintura e me puxou.
Ele pegou o troféu e me abraçou de lado, parando em um lugar qualquer do campo. Imediatamente inúmeros fotógrafos focaram em nós e flashes dispararam. Eu fiquei impactada com o poder que ele tinha somente de parar em um lugar.
- Segura o troféu, doutora. - Eu precisei segurar com as duas mãos, por conta do peso.
- Eu poderia estar fazendo isso? - Perguntei, constrangida.
- É claro. - Ele aproveitou que eu estava olhando pra ele e me beijou. Um selinho longo o suficiente pra que os fotógrafos pegassem todos os ângulos.
- Erling. - Sussurrei e ele apenas riu.
- Você é minha namorada e nós não precisamos esconder isso. - Deu de ombros e entregou o troféu pra outra pessoa.
- Bem discretos, graças a Deus. - Foden se aproximou de nós.
- Estou saindo com o troféu mais valioso daqui, meus amigos. - Ele deu um beijo na minha bochecha. - E eu nem joguei a partida.
- Sem exageros. - Segurei a mão dele, mas eu ainda estava sorrindo. - Já podemos ir? - Ele assentiram. - Estou morrendo de calor aqui.
- Nossa, eu também! - Foden concordou. - Lugarzinho quente.
Logo já estávamos de volta ao hotel e combinando de jantar com os rapazes antes de irmos embora. Haaland parecia se animar a cada vez que checava as notícias sobre nós no celular, depois de tantas especulações da mídia, agora eles podiam dizer que realmente estamos juntos e ele não havia deixado dúvidas sobre isso.
As páginas na internet estavam comparando tanto a minha aparência com a de Isabel, como o comportamento de Erling com uma e com a outra. As pessoas estavam comentando que ele sempre parecia distante, que sempre parecia esconder ela e levantando hipóteses de um namoro infeliz. Bem, eles estavam certos. Quanto a mim, diziam que ele parecia querer me exibir, pra que todos nos vissem juntos e que sua atitude tem sido completamente oposta. Eles também estavam certos nisso. Mas, o que mais me chamou a atenção foi o comentário específico de uma fã, que dizia que o brilho do Haaland havia voltado e que ele parecia muito feliz ao meu lado. Isso me deixou imensamente satisfeita.
- Gabrielle está surtando. - Ele deitou ao meu lado na cama, sem camisa, somente de bermuda. Realmente, está muito quente.
- Surtando porquê? - Estranhei.
- Por termos nos assumido publicamente. - Explicou. - Ela já estava me dizendo pra fazer isso a um tempo.
- Me pegou de surpresa. - Admiti. - Mas foi legal.
- Estamos apenas começando. - Ele se virou de lado e me encarou com um sorrisinho meigo no rosto.
- Eu sei disso. - Acariciei seu rosto e ele fechou os olhos, apreciando meu toque.
- E essa história do Grealish passar o natal com a sua família? - Nós começamos a rir imediatamente.
- Beca não me disse nada sobre isso. - Reclamei. - Inclusive, vou mandar mensagem pra ela depois.
- Vai ser engraçado. - Ele continuou rindo.
- De lá nós já podemos ir pra sua família. - Sugeri.
- Eu gostei da ideia. - Concordou. - Concordo com qualquer coisa que envolva passar bastante tempo com você.
- Como se eu já não estivesse colada em você.
- É pouco. - Ele estalou a língua. - Posso colar você em mim de verdade?
- Que exagero. - Eu ri. - Vamos nos arrumar pra jantar?
Eu me levantei pra procurar uma roupa na mala enquanto ele ficou me observando, Haaland se vestia mais rápido do que eu, então ele me dava um tempo de sobra sempre que íamos sair juntos.
Difícil escolher uma roupa em um país como esse, não quero problemas, então peguei um vestido longo de alcinhas e um lenço pra cobrir os ombros e a cabeça caso necessário. Tudo que eu queria era ir embora logo. Me vesti e enfiei o lenço na bolsa, só então meu namorado se levantou pra escolher a roupa dele e se vestir, e fez tudo isso enquanto eu passava uma máscara de cílios.
- Tá bonita. - Ele me deu um selinho.
- Não me sinto a vontade aqui. - Confessei. - Me sinto insegura.
- Não precisa se sentir assim. - Ele segurou minha mão. - Eu estou com você e, sabe, eu sou meio louco quando se trata de você.
- Obrigada. - Soltei uma risadinha e beijei seu braço.
- Voltamos logo pra cá. - Garantiu.
- Tudo bem. - Nós saímos do quarto e seguimos para o hall do hotel, ainda não sabíamos onde iríamos jantar.
Encontramos metade do elenco do City lá.
- Grealish abriu o bocão dele. - Foden reclamou. - Agora temos um jantar em grupo.
- Eu falei sem querer! - Ele tentou se defender. - E metade deles se convidaram.
- Alvaréz tinha que estar entre eles? - Haaland resmungou. - Esse cara não dá um tempo?
- Vamos comer. - Me intrometi. - Estou com fome e quero voltar pra o quarto logo.
- Ela não se sente muito a vontade aqui. - Erling explicou.
- Relaxa, Ellie. - Grealish sorriu. - Fazemos sua segurança.
- Obrigada. - Sorri pra ele também. - Mas, vocês vão precisar de segurança se eu continuar com fome.
- É verdade. - Haaland assentiu veementemente.
O jantar foi animado, embora meu namorado estivesse emburrado com a presença de Alvaréz, nós ainda nos divertimos. Acabamos por ficar no restaurante do hotel, todos queriam jantar e ir dormir, pra ir embora cedo no outro dia, ninguém se sentia muito a vontade por lá.
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Yuànfèn - Erling Haaland
FanficA força de um vínculo entre dois indivíduos. Um relacionamento unido pela fé e pelo destino. O amor que existe entre duas pessoas. || Esta história é composta por dois livros, ambos de mesmo nome, disponíveis no meu perfil. ||