Vamos passar o natal juntinhos

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Erling Braut Haaland

Não sei o quê e nem quando vou fazer, mas, eu vou fazer alguma coisa pra mostrar ao Alvaréz definitivamente que a doutora está comigo. Sei que ela não dá nenhuma abertura pra ele, que somente o fato dela ter aceitado meu pedido de namoro já é o suficiente, mas eu não sou tão maduro assim. Esse cara tem tirado a minha paciência desde que Ellie chegou no clube e embora eu já tenha dado um tranco nele a alguns meses atrás, ele não tem noção.

Estamos a caminho do aeroporto, pra encontrar com o pessoal do time e pegar o avião para Arábia Saudita. Ellie não estava muito animada, devido a todas as regras e preconceitos que existem contra as mulheres nesses países de origem árabe, mas, como ficaríamos pouco tempo, não estávamos muito preocupados.

- É uma vantagem enorme namorar a médica do time. - Comentei enquanto tirava nossa mala de dentro do carro.

- É mesmo? - Ela riu, já imaginando que viria alguma besteira.

- A maioria dos caras ficam longe das esposas e namoradas porquê viajamos com o time. - Expliquei. - Eu não.

- Então você só me namora por isso? - Ela pôs a mão no peito e fingiu choque.

- Droga, você me descobriu. - Estalei a língua e neguei com a cabeça.

- Foi uma boa ideia colocar nossas coisas em uma única mala. - Observou. - Levo só minha bolsinha.

- Você estaria somente com a sua bolsa mesmo que houvesse mais malas. - Dei de ombros. - Acha que eu deixaria minha mulher carregando peso por ai?

- Muito masculino. - Ellie engrossou a voz e andou de um jeito engraçado, não aguentei e comecei a rir.

- Vamos. - Estendi minha mão e ela logo a segurou.

Parte do time já estava aguardando o horário da decolagem, o olhar de Alvaréz recaiu sobre Ellie desde o primeiro momento em que pusemos nossos pés na sala reservada. Ele é tão previsível e nada discreto, devo dizer, porque deixou Bernardo falando sozinho só pra prestar atenção na minha mulher.

- Bom dia, pessoal! - Ela cumprimentou, sem perceber o olhar de cobiça do idiota em cima dela.

- Bom dia. - Também fui educado.

- Oi queridos. - Grealish acenou, ele estava sentado ao lado de Foden e em frente a ele haviam duas poltronas vagas, puxei Ellie pra lá. - Como vai o tornozelo?

- Quase zerado. - Respondi. - Tenho uma médica particular, sabe?

- Tô sabendo. - Foden riu. - Ele tem dado trabalho, Ellie?

- Sabe como é, né? - Ela estalou a língua. - Chato demais.

- Ei! - Ralhei. - Eu sou apenas sensível.

- Nós te entendemos, amigo. - Grealish me apoiou.

- Eu vou buscar um café. - Ellie avisou. - Vocês querem? - Os rapazes negaram. - Amor?

- Olha que bonitinho. - Foden brincou e eu vi as bochechas dela assumirem um tom vermelho.

- Eu quero. - Assenti.

Yuànfèn - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora